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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
ALINE TEIXEIRA MACIEL E SILVA
SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE ÉSTERES DERIVADOS DO BORNEOL
Belo Horizonte 2014
UFMG/ ICEx/ DQ 1005a D 545a
ALINE TEIXEIRA MACIEL E SILVA
SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE ÉSTERES DERIVADOS DO BORNEOL
Dissertação apresentada ao Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Química – Química Orgânica.
Belo Horizonte 2014
.
S586s 2014 D
Silva, Aline Teixeira Maciel e Síntese e avaliação biológica de ésteres derivados do borneol [manuscrito] / Aline Teixeira Maciel e Silva. 2014. [xii], 146 f. : il. Orientadora: Grácia Divina de Fátima Silva. Coorientadora: Roqueline Rodrigues Silva. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Química. Inclui bibliografia. 1. Química orgânica - Teses 2. Ésteres – Teses 3. Produtos naturais – Teses 4. Síntese orgânica – Teses I. Silva, Grácia Divina de Fátima, Orientadora II. Silva, Roqueline Rodrigues, Coorientadora III. Título. CDU 043
O trabalho descrito nesta dissertação foi realizado sob orientação da Professora Doutora Grácia Divina de Fátima Silva e coorientação da Professora Doutora Roqueline Rodrigues Silva.
O
trabalho
descrito
nesta
dissertação foi desenvolvido sob a colaboração da professora Doutora Lucienir Pains Duarte.
“...e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé .” 1 Jo. 5:4
Dedico este trabalho à minha querida avó Maria Margarida Maciel e Silva.
Agradecimentos
AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por sempre se fazer presente na minha vida, guiando meus passos e me abençoando em todas as minhas escolhas. A Ti, Senhor, toda minha gratidão! Aos meus pais Arlinda e Luiz por todo o amor, apoio e incentivo. Aos meus irmãos Camilla e André pelo carinho e amizade. À minha avó Margarida e minha tia Dé que nunca mediram esforços para que eu pudesse realizar os meus sonhos. Tenho certeza que sem a ajuda de vocês eu jamais teria chegado até aqui. À Professora Drª. Grácia Divina de Fátima Silva pela contribuição com seus conhecimentos e por todos estes anos de convivência tão agradável. À Professora Drª. Roqueline Rodrigues Silva por sua colaboração, sugestões e discussões que contribuíram para meu crescimento científico e pessoal. À Professora Drª. Lucienir Pains Duarte, obrigada por sempre estar disposta a ajudar e pelas contribuições ao longo destes seis anos de convivência. Você é um exemplo de uma profissional dedicada e compromissada com o ensino e com o conhecimento. Serei eternamente grata a você por tudo! Aos Professores Dr. Sidney Augusto Vieira Filho (Bibo) e Dr. Daniel Crístian Ferreira Soares pela amizade e discussões que muito contribuíram para meu crescimento. Aos Professores Dr. Marcelo Henrique dos Santos, Drª. Jacqueline Aparecida Takahashi, Dra. Ana Lúcia Tasca Gois Ruiz, Drª. Ana Lúcia Teles Rabello pela realização dos testes biológicos. À minha querida “aluna” Laila, por me ajudar com tanta dedicação e compromisso. Obrigada por tudo! Aos Professores Fernando Carazza (in memoriam) e Adriana Akemi Okuma por terem iniciado o trabalho com o borneol. Agradeço a colaboração do Professor Ângelo de Fátima e a doutoranda Débora pela contribuição para a realização das sínteses no reator de micro-ondas.
Agradecimentos Aos examinadores, pela participação na banca de mestrado e por contribuírem para essa dissertação. Aos amigos de laboratório: Grasi, Vinícius, Fernando, Vanessa, Josana, Débora, Fernanda, Larissa, Carol, Dani, Nathany, Jeff, Jailton e Mariana pelo convívio, companheirismo e amizade. À Comunidade Apostólica pelas contínuas orações e pelo carinho que transmitem a mim. À minha amiga Betânia pelo carinho, apoio e por transmitir tanta alegria nos momentos que precisei. Aos amigos do time (Lê, Carol e Bruno), que mesmo distantes torceram por mim! Aos Professores do Departamento de Química da UFMG, pelos conhecimentos transmitidos e aos técnicos pela assistência. Ao Departamento de Química e a Universidade Federal de Minas Gerais, pela oportunidade de realização deste trabalho. À CAPES pelo apoio financeiro. Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram para realização deste trabalho, MUITO OBRIGADA!
Sumário
SUMÁRIO
ÍNDICE DE FIGURAS...................................................................................... ÍNDICE DE ESQUEMAS.................................................................................. ÍNDICE DE TABELAS...................................................................................... LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS....................................... RESUMO.......................................................................................................... ABSTRACT......................................................................................................
i x xi xiii xvi xvii
INTRODUÇÃO Produtos naturais como fonte de novos fármacos........................................... A classe dos terpenos...................................................................................... Substâncias derivadas dos terpenos................................................................
01 05 08
OBJETIVOS Objetivos do trabalho........................................................................................
11
CAPÍTULO 1: SÍNTESE DOS ÉSTERES DO BORNEOL 1.1 Parte Experimental..................................................................................... 1.1.1 Materiais e Métodos................................................................................ 1.1.2 Procedimentos......................................................................................... 1.1.2.1 Obtenção dos ésteres derivados do borneol........................................ 1.1.2.1.a Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando DIC/DMAP (KANE et al., 2004, adaptado)........................................................... 1.1.2.1.b Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando SOCl2 (MIRANDA, 2007).............................................................................. 1.1.2.1.c Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando DIC/DMAP com irradiação por micro-ondas........................................................ 1.1.3 Descrição dos ésteres obtidos................................................................ 1.1.3.1 Hexanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (1)...................... 1.1.3.2 Octanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (2)....................... 1.1.3.3 Decanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (3)...................... 1.1.3.4 Duodecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (4)................ 1.1.3.5 Tetradecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (5)..............
12 12 13 13 13 14 14 16 16 17 18 19 20
Sumário 1.1.3.6 Hexadecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (6).............. 1.1.3.7 Octadecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (7)............... 1.1.3.8 Ácido 4-oxo-4-[(1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila]oxi] butanoico (8)......................................................................................................... 1.1.3.9 Succinato de bis(1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (9).................. 1.1.3.10 4-{Isopropil[isopropilamino)carbonil]amino}-4-oxobutanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (10).......................................... 1.1.3.11 Benzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (11).................... 1.1.3.12 4’-Metoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (12)...... 1.1.3.13 Isopropilcarbamato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (13)..... 1.1.3.14 3’,4’-Dimetoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (14)..................................................................................................... 1.1.3.15 3’,4’,5’-Trimetoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (15)..................................................................................................... 1.1.3.16 3’,5’-Dinitrobenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (16)... 1.1.3.17 3’,5’-Dinitrosalicilato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (17).... 1.1.3.18 Nicotinato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (18).................... 1.1.3.19 4’-Aminobenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (19)....... 1.1.3.20 2’-Acetilbenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (20)........ 1.2 Resultados e Discussão............................................................................. 1.2.1 Síntese dos ésteres................................................................................. 1.2.2 Síntese e caracterização dos ésteres graxos.......................................... 1.2.3 Síntese e caracterização dos ésteres aromáticos...................................
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 40 42 60
CAPÍTULO 2: ESTUDO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA 2.1 Introdução Geral......................................................................................... 2.2 Atividade Antimicrobiana............................................................................ 2.2.1 Introdução................................................................................................ 2.2.2 Teste antimicrobiano............................................................................... 2.2.2.1 Avaliação da atividade antimicrobiana em ensaio de CIM (Concentração Inibitória Mínima)......................................................... 2.2.2.2 Metodologia.......................................................................................... 2.2.2.3 Resultados e discussão........................................................................ 2.3 Atividade Antiproliferativa........................................................................... 2.3.1 Introdução................................................................................................ 2.3.2 Teste antiproliferativo.............................................................................. 2.3.2.1 Resultados e discussão........................................................................ 2.4 Atividade Anti-inflamatória.......................................................................... 2.4.1 Introdução................................................................................................
72 73 73 74 75 76 78 80 80 82 83 86 86
Sumário 2.4.2 Teste anti-inflamatório............................................................................. 2.4.2.1 Metodologia.......................................................................................... 2.4.2.1.1 Avaliação da atividade anti-inflamatória: edema de pata induzido por carragenina................................................................................. 2.4.2.2 Resultados e discussão........................................................................ 2.5 Atividade Leishmanicida............................................................................. 2.5.1 Introdução................................................................................................ 2.5.2 Teste leishmanicida................................................................................. 2.5.2.1 Metodologia.......................................................................................... 2.5.2.1.1 Método colorimétrico empregando o reagente MTT......................... 2.5.2.2 Resultados e Discussão.......................................................................
87 87
CONCLUSÃO...............................................................................................
96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................
98
88 88 91 91 92 92 93 94
ANEXO........................................................................................................... 107
Índice de Figuras
i
ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Obtenção do ácido acetilsalicílico (aspirina). (Foto: Richard Webb).................
02
Figura 2: Catharanthus roseus (vinca) e estrutura química das substâncias vincristina e vimblastina. (Foto: P. Schönfelder)...............................................
03
Figura 3: Estrutura química do paclitaxel e do docetaxel...........................................
04
Figura 4: Estrutura química do trans-cariofileno e do -humuleno............................
05
Figura 5: Mecanismo simplificado da biossíntese dos monoterpenos cíclicos borneol e cânfora. As estruturas sombreadas em azul correspondem aos intermediários comuns à biossíntese de todos os monoterpenos cíclicos.........................................................................................................
07
Figura 6: Estrutura do ácido betulínico e do bevirimat...............................................
08
Figura 7: Benzoatos do Borneol sintetizados por Corrêa et al., 2012........................
09
Figura 8: Salicilato de bornila sintetizado por Vasconcelos et al., 2012.....................
10
Figura 9: Deslocamento de sinal do hidrogênio H2 observado quando ocorre formação do éster.......................................................................................
43
Figura 10: Espectro na região do IV do éster 9 (KBr).................................................
46
Figura 11: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do composto 9 em CDCl3.........................................................................................................
46
Índice de Figuras
ii
Figura 12: Estrutura do composto 9...........................................................................
47
Figura 13: Espectro na região do IV do éster 8 (KBr).................................................
48
Figura 14: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 8 em CDCl3........................
49
Figura 15: Espectro na região do IV do éster 10 (NaCl).............................................
51
Figura 16: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 10 em CDCl3......................
51
Figura 17: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 10 em CDCl3
52
Figura 18: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 10 em CDCl3.......................
53
Figura 19: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 10 em CDCl3..........................
53
Figura 20: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.........................................................................................................
54
Figura 21: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.........................................................................................................
55
Figura 22: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.........................................................................................................
56
Figura 23: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.........................................................................................................
57
Figura 24: Mapa de contornos COSY (400 MHz) do composto 10 em CDCl3...........
58
Figura 25: Fragmentos do composto 10.....................................................................
58
Índice de Figuras
iii
Figura 26: Estrutura proposta para o composto 10....................................................
59
Figura 27: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 12 em CDCl3.
63
Figura 28: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 13 em CDCl3.
64
Figura 29: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 13 em CDCl3.......................
64
Figura 30: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 13 em CDCl3..........................
65
Figura 31: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 13 em CDCl3.........................................................................................................
66
Figura 32: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 13 em CDCl3.........................................................................................................
67
Figura 33: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 13 em CDCl3.........................................................................................................
68
Figura 34: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 13 em CDCl3.........................................................................................................
68
Figura 35: Mapa de contornos COSY (400 MHz) do composto 13 em CDCl3...........
69
Figura 36: Estrutura proposta para o composto 13....................................................
70
Figura 37: Fotos dos micro-organismos avaliados.....................................................
75
Figura 38: Estimativa de incidência de câncer no Brasil em 2014 por região............
81
Índice de Figuras
iv
Figura 39: Medicamento Taxol® (Paclitaxel)...............................................................
81
Figura 40: Efeito do borneol e seus ésteres na proliferação de células tumorais......
85
Figura 41: Reação de redução do MTT a Formazan..................................................
93
Figura 42: Espectro na região do IV do éster 1 (ATR)...............................................
108
Figura 43: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 1 em CDCl3........................
108
Figura 44: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 1 em CDCl3...
109
Figura 45: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 1 em CDCl3.........................
109
Figura 46: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 1 em CDCl3............................
110
Figura 47: Espectro na região do IV do éster 2 (ATR)...............................................
110
Figura 48: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 2 em CDCl3........................
111
Figura 49: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 2 em CDCl3.........................
111
Figura 50: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 2 em CDCl3............................
112
Figura 51: Espectro na região do IV do éster 3..........................................................
112
Figura 52: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 3 em CDCl3........................
113
Figura 53: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 3 em CDCl3.........................
113
Figura 54: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 3 em CDCl3............................
114
Índice de Figuras
v
Figura 55: Espectro na região do IV do éster 4..........................................................
114
Figura 56: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 4 em CDCl3........................
115
Figura 57: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 4 em CDCl3.........................
115
Figura 58: Expansão do subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 4 em CDCl3.......
116
Figura 59: Espectro na região do IV do éster 5 (ATR)...............................................
116
Figura 60: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 5 em CDCl3........................
117
Figura 61: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 5 em CDCl3...
117
Figura 62: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 5 em CDCl3.........................
118
Figura 63: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 5 em CDCl3............................
118
Figura 64: Espectro na região do IV do éster 6 (ATR)...............................................
119
Figura 65: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 6 em CDCl3.........................
119
Figura 66: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 6 em CDCl3.........................
120
Figura 67: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 6 em CDCl3............................
120
Figura 68: Espectro na região do IV do éster 7 (ATR)...............................................
121
Figura 69: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 7 em CDCl3........................
121
Índice de Figuras
vi
Figura 70: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 7 em CDCl3..
122
Figura 71: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 7 em CDCl3........................
122
Figura 72: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 7 em CDCl3...........................
123
Figura 73: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 8 em CDCl3........................
123
Figura 74: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 8 em CDCl3...........................
124
Figura 75: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 9 em CDCl3........................
124
Figura 76: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 9 em CDCl3........................
125
Figura 77: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 9 em CDCl3...........................
125
Figura 78: Espectro na região do IV do éster 11 (ATR).............................................
126
Figura 79: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 11 em CDCl3......................
126
Figura 80: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 11 em CDCl3
127
Figura 81: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 11 em CDCl3......................
127
Figura 82: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 11 em CDCl3.........................
128
Figura 83: Espectro na região do IV do éster 12 (NaCl)............................................
128
Figura 84: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 12 em CDCl3......................
129
Figura 85: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 12 em CDCl3......................
129
Índice de Figuras
vii
Figura 86: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 12 em CDCl3.........................
130
Figura 87: Espectro na região do IV do éster 13........................................................
130
Figura 88: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 13 em CDCl3......................
131
Figura 89: Espectro na região do IV do éster 14........................................................
131
Figura 90: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 14 em CDCl3......................
132
Figura 91: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 14 em CDCl3
132
Figura 92: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 14 em CDCl3......................
133
Figura 93: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 14 em CDCl3.........................
133
Figura 94: Espectro na região do IV do éster 15 (ATR).............................................
134
Figura 95: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 15 em CDCl3......................
134
Figura 96: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 15 em CDCl3......................
135
Figura 97: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 15 em CDCl3.........................
135
Figura 98: Espectro na região do IV do éster 16 (ATR).............................................
136
Figura 99: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 16 em CDCl3......................
136
Figura 100: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 16 em CDCl3........................................................................................................
137
Índice de Figuras
viii
Figura 101: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 16 em CDCl3.....................
137
Figura 102: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 16 em CDCl3........................
138
Figura 103: Espectro na região do IV do éster 17 (KBr).............................................
138
Figura 104: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 17 em CDCl3....................
139
Figura 105: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 17 em CDCl3.....................
139
Figura 106: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 17 em CDCl3........................
140
Figura 107: Espectro na região do IV do éster 18 (NaCl)...........................................
140
Figura 108: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 18 em CDCl3....................
141
Figura 109: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 18 em CDCl3.....................
141
Figura 110: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 18 em CDCl3........................
142
Figura 111: Espectro na região do IV do éster 19......................................................
142
Figura 112: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 19 em CDCl3....................
143
Figura 113: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 19 em CDCl3.....................
143
Figura 114: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 19 em CDCl3........................
144
Figura 115: Espectro na região do IV do éster 20......................................................
144
Índice de Figuras
ix
Figura 116: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 20 em CDCl3....................
145
Figura 117: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 20 em CDCl3.....................
145
Figura 118: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 20 em CDCl3........................
146
Índice de Esquemas
x
ÍNDICE DE ESQUEMAS
Esquema 1: Mecanismo da reação de esterificação de Steglich……………………
37
Esquema 2: Rearranjo 1,3 do intermediário O-acil-isouréia......................................
37
Esquema 3: Reação com participação do DMAP.......................................................
38
Esquema 4: Mecanismo da reação com SOCl2.........................................................
39
Esquema 5: Ácidos utilizados na esterificação do borneol.........................................
40
Esquema 6: Reação de obtenção do derivado do ácido p-metoxibenzoico…………
62
Esquema 7: Proposta de mecanismo para formação do composto 13......................
70
Índice de Tabelas
xi
ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Rendimento e tempo de reação nas diferentes metodologias para obtenção dos ésteres do borneol…………………………………………….. Tabela 2: Dados de RMN e de IV dos ésteres 1 – 10................................................
41
44
Tabela 3: Condições de reação usada na tentativa de obtenção do éster derivado do ácido succínico......................................................................................
45
Tabela 4: Dados de RMN 1D e 2D (400 MHz, CDCl3) do composto 10 e comparação com dados de RMN 13C do borneol.......................................
59
Tabela 5: Dados de RMN e de IV dos ésteres 11 – 20..............................................
61
Tabela 6: Condições de reação usada na tentativa de obtenção do éster derivado do ácido p-metoxibenzoico…………………………………………………….
62
Tabela 7: Dados de RMN 1D e 2D (400 MHz, CDCl3) do composto 13 e comparação com dados de RMN 13C do borneol.......................................
71
Tabela 8: Amostras utilizadas no teste antimicrobiano..............................................
77
Tabela 9: Avaliação biológica do borneol e seus ésteres...........................................
79
Tabela 10: Valores de concentração (GI50 em μg/mL) necessários para inibir a proliferação de células em 50%.................................................................
84
Tabela 11: Média, erro padrão da média e percentual de inibição do edema de pata em relação ao controle negativo (P<0,05)........................................
89
Índice de Tabelas
xii
Tabela 12: Atividade biológica do borneol e seus ésteres testados em dose única 20 g mL-1...................................................................................................
95
Abreviaturas, siglas e símbolos
xiii
ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS – Deslocamento químico ºC – Graus Celsius 1D – Uma dimensão 2D – Duas dimensões 786-0 – Linhagem de células de carcinoma de rim AINEs – Anti-inflamatórios não esteroides ATCC – American Type Culture Collection ATR – Attenuated Total Reflection (Reflectância Total Atenuada) BHI – Broth Heart Infusion CC – Cromatografia em Coluna CCD – Cromatografia em Camada Delgada CDTN/CNEN – Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear / Comissão Nacional de Energia Nuclear CI50 – Concentração da substância em teste que inibe 50% do crescimento celular CPQBA – Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas COSY – “Correlation Spectroscopy” d – Dupleto ddd – Duplo dupleto duplo DEPT135 – Distortionless Enhancement by Polarization Transfer 135 DIC – Di-isopropilcarbodi-imida DIU – N’,N’-Di-isopropiluréia DMAP – 4-Dimetilaminopiridina
Abreviaturas, siglas e símbolos
xiv
DOX – Doxorrubicina DQ – Departamento de Química Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz HaCaT – Célula humana normal de queratinócitos hept – Hepteto HIV – Human immunodeficiency virus HMBC – Heteronuclear Multiple Bond Correlation Spectroscopy HSQC – Heteronuclear Single Quantum Coherence Spectroscopy HRMS-ESI – High Resolution Mass Spectra using Electrospray Ionization HT-29 – Linhagem de células de carcinoma de cólon humano IC50 – Concentração da substância em teste que inibe 50% do crescimento celular IMO – Irradiação de Micro-ondas IV – Infravermelho J – Constante de acoplamento K562 – Linhagem de células de tumor de medula óssea LAREMAR – Laboratório de Ressonância Magnética de Alta Resolução m – Multipleto MCF-7 – Linhagem de células de tumor de mama MIC – Mínima Concentração Inibitória MO – Micro-ondas NCI-ADR/RES – Linhagem de células de tumor de ovário resistente a múltiplos fármacos NEPLAM – Núcleo de Estudo de Plantas Medicinais NO – Óxido Nítrico
Abreviaturas, siglas e símbolos
oct – Octeto OMS – Organização Mundial da Saúde OVCAR-3 – Linhagem de células de tumor de ovário humano ppm – Partes por milhão Rf – Fator de retenção RMN – Ressonância Magnética Nuclear RMN de 13C – Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13 RMN de 1H – Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio s – Simpleto sl – Sinal largo SNC – Sistema Nervoso Central t – Tripleto td – Tripleto duplo TMS – Tetrametilsilano UFC – Unidades Formadoras de Colônias UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais UNIFAL – Universidade Federal de Alfenas Unicamp – Universidade Estadual de Campinas
xv
Resumo
xvi
RESUMO Os terpenos e seus derivados representam compostos de grande interesse para os pesquisadores em função do grande potencial como fonte de novos fármacos. Neste trabalho foram sintetizados ésteres a partir do terpeno borneol utilizando duas metodologias (DIC/DMAP e SOCl2). Também foi avaliada a irradiação de microondas, para obter estes compostos, em ausência de solvente. Foram sintetizados 20 ésteres do borneol, dentre eles 18 não estão descritos na literatura. Algumas das reações conduzidas sob irradiação com micro-ondas e na ausência de solvente levaram a produtos de rearranjo. Os ésteres do borneol tiveram suas estruturas elucidadas através de métodos espectrométricos e espectroscópicos. O meio reacional no qual se utilizou DIC/DMAP e irradiação de micro-ondas, em menor tempo proporcionou os melhores rendimentos. Os compostos sintetizados foram submetidos a testes de avaliação de sua atividade
como
antimicrobiano,
leishmanicida,
antiproliferação
celular
e
anti-
inflamatório. Os melhores resultados no teste antimicrobiano foram encontrados para 4’-metoxibenzoato
de
bornila,
3’,4’-dimetoxibenzoato
de
bornila
e
3’,4’,5’-
trimetoxibenzoato de bornila. Não foi observado nenhum efeito leishmanicida significativo produzido pelos ésteres do borneol submetidos ao teste. Em relação à atividade antiproliferativa, os compostos octanoato de bornila, benzoato de bornila e 3’,4’,5’-trimetoxibenzoato de bornila apresentaram resultados mais promissores, com efeitos citotóxicos para as linhagens de células de câncer de ovário (OVCAR-3), ovárioresistente (NCI-ADR/RES), mama (MCF-7), medula óssea (K562) e rim (786-0). No teste de atividade anti-inflamatória, o hexanoato de bornila, octanoato de bornila, tetradecanoato de bornila, hexadecanoato de bornila, octadecanoato de bornila, benzoato de bornila, 3’,5’-dinitrobenzoato de bornila e nicotinato de bornila foram aqueles que proporcionaram melhor redução do edema induzido por carragenina.
Abstract
xvii
ABSTRACT The terpenes and its derivatives represent compounds of great interest to researchers because of the great potential as a source of new drugs. In this work, esters from the terpene borneol were synthesized using two methodologies (DIC/DMAP and SOCl2). It was also evaluated the microwave irradiation to obtain these compounds, without the use of solvent. It was synthesized 20 borneol esters, among them 18 are not described in the literature. Some of the reactions conducted under microwave irradiation and in the absence of solvent, led to products of rearrangement.
The
borneol
esters
had
their
structures
elucidated
through
spectroscopic and spectrometric methods. The reaction condition in which were used DIC/DMAP and microwave irradiation, in less time produced better yields. The synthesized compounds were subjected to assays to evaluate its activity as antimicrobial, leishmanicidal, cellular antiproliferation and anti-inflammatory. The best results on the antimicrobial assays were found for bornyl 4’-methoxybenzoate, bornyl 3’,4’-dimethoxybenzoate and bornyl 3’,4’,5’-trimethoxybenzoate. It was not observed significative leishmanicidal effect produced by the borneol esters subjected to assay. In relation to the antiproliferative cells assays, bornyl octanoate, bornyl benzoate and bornyl 3’,4’,5’-trimethoxybenzoate showed more promising results, with cytotoxic effects to cell lines of ovarian cancer (OVCAR-3), ovarian-resistant (NCI-ADR/RES), breast (MCF-7), bone marrow (K562) and kidney (786-0). In the anti-inflammatory assays, the bornyl hexanoate, bornyl octanoate, bornyl tetradecanoate, bornyl hexadecanoate, bornyl octadecanoate, bornyl benzoate, bornyl 3’,5’-dinitrobenzoate and bornyl nicotinate were those that provided better reduction in the edema induced by carrageenin.
Introdução
1
INTRODUÇÃO
Produtos naturais como fonte de novos fármacos Ao longo dos tempos os seres humanos têm contado com a natureza para atender as suas necessidades básicas. As plantas, em particular, formam a base de diversos sistemas tradicionais de medicina, com os primeiros registros que datam de cerca de 2600 a.C., que documentam o uso de aproximadamente 1000 substâncias derivadas de plantas, na Mesopotâmia. Os gregos e os romanos contribuíram substancialmente para o uso e desenvolvimento racional de drogas a partir de plantas. Dioscórides, um médico grego (40-90 d.C.), registrou com precisão a coleta, o armazenamento e o uso de ervas medicinais durante suas viagens com exércitos romanos (CRAGG E NEWMAN, 2013). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 80% da população em alguns países asiáticos e africanos dependem da medicina tradicional para cuidados de saúde primários. Os tratamentos à base de plantas são a forma mais popular da medicina tradicional e são altamente lucrativos no mercado internacional. O mercado global de produtos à base de plantas deve chegar a R$ 10 trilhões em 2050 (KHAZIR et al., 2014; CHAUDHARY E SINGH, 2011). Em 1804, Friedrich Sertürner foi o primeiro a isolar o alcaloide morfina da papoula (Papaver somniferum), fato que marcou uma busca constante por outros medicamentos a partir de plantas. Em 1824, Pierre-Jean Robiquet isolou a codeína (antitussígeno) também da papoula. Porém, o marco histórico no processo de desenvolvimento da indústria farmacêutica mundial foi a descoberta da salicina por Raffaele Piria em 1829 a partir da planta Salix alba. A primeira modificação estrutural realizada foi a partir da salicilina, que levou à obtenção do ácido salicílico em 1839. A partir do ácido salicílico, Felix Hoffman sintetizou a aspirina (ácido acetilsalicílico) em 1897 (Figura 1, pág 2). Nasceu então a famosa e poderosa indústria farmacêutica da Alemanha e também a primeira patente que se tem conhecimento na área de medicamento (CALIXTO E SIQUEIRA JR, 2008).
Introdução
2
OH
O HO
O
HO
OH
OH
Salicilina 1829 O
OH
OH
O
OH
O
Salix alba
Ácido Salicílico 1839
Ácido acetilsalicílico 1897
Figura 1: Obtenção do ácido acetilsalicílico (aspirina). (Foto: Richard Webb). Fonte: http://www.forestryimages.org. Acesso em: 02/01/2012.
A descoberta de várias substâncias utilizadas no tratamento do câncer está ligada ao uso de plantas na medicina tradicional. Os primeiros agentes derivados de plantas que avançaram para o uso clínico no tratamento do câncer foram os alcaloides vinblastina e vincristina, isolados da planta Catharanthus roseus (vinca) (CRAGG et al., 2009) (Figura 2, pág. 3). A planta inicialmente foi investigada por ser utilizada pela população de Madagascar como hipoglicemiante. Porém, foi observado durante os estudos da vinca que seus extratos levavam a granulocitopenia, em consequência da supressão da medula óssea dos animais. A confirmação da atividade em modelos experimentais de leucemia e linfoma levou ao isolamento dos alcaloides que, atualmente, são de grande utilidade no tratamento de linfoma de Hodgkin, sarcoma de Kaposi, câncer de ovário e testículos e leucemia linfoblástica aguda infantil (BRANDÃO et al., 2010).
O
Introdução
3
N OH N O
N H O
H O OH
O O
Vincristina; R=CH3
N
H O
R
O
Vimblastina; R=CHO
Figura 2: Catharanthus roseus (vinca) e estrutura química das substâncias vincristina e vimblastina. (Foto: P. Schönfelder). Fonte: http://www.biologie.uni-regensburg.de/Botanik/Schoenfelder/ Acesso em: 03/01/2014.
O paclitaxel (Figura 3, pág. 4), um terpeno extraído a partir da casca de Taxus brevifolia (Taxaceae), também confirma o sucesso de produtos naturais na descoberta de novas drogas. O paclitaxel foi isolado pela primeira vez em 1971, por Wall e colaboradores, nos Estados Unidos. Nenhum agente anticancerígeno natural teve um impacto tão grande sobre o tratamento do câncer como o paclitaxel (KHAZIR et al., 2014). O paclitaxel foi o primeiro composto descoberto capaz de inibir a divisão celular pela despolimerização dos microtúbulos, um mecanismo de ação até então desconhecido. Ele é comercializado pela companhia americana Bristol-Meyer Squibb com o nome de Taxol® e atualmente está disponível como medicamento em mais de 60 países (SOUZA, 2004). O paclitaxel tem sido utilizado no tratamento do câncer, principalmente o de ovário e mama (KHAZIR et al., 2014). Diversos derivados semi-sintéticos têm sido desenvolvidos a partir do paclitaxel. O primeiro aprovado para utilização clinica foi o docetaxel (Figura 3, pág. 4), que demonstrou atividade significativa em diversos tipos de tumores, e um padrão de toxicidade diferente do seu composto de origem. No entanto, os dois compostos
Introdução
4
aprovados possuem certas limitações, que os cientistas ainda estão tentando superar através da síntese de outros análogos. Modificações nas estruturas destes compostos têm sido feitas com o objetivo de se descobrir novos agentes com maior citotoxicidade em tumores resistentes, baixa toxicidade e maior solubilidade (KHAZIR et al., 2014). . O O
O
O
OH
O O N
H
O OH O
H
OH
C6H5 O
O
Paclitaxel
HO
O
O
O
OH
O O
O
N H
H
O OH
OH O
O
C6H5 O
O
Docetaxel
Figura 3: Estrutura química do paclitaxel e do docetaxel.
Cragg e Newman analisaram as fontes de novos medicamentos ao longo do período de 01/1981 a 12/2010. Eles observaram que 69% dos anti-infecciosos (compostos que englobam os agentes antibacterianos, antifúngicos, antiparasitários e antivirais) são derivados de produtos naturais ou são compostos inspirados em produtos naturais. Já na área do tratamento do câncer, esse número é ainda maior, correspondendo a 75% dos medicamentos (CRAGG E NEWMAN, 2013). Um exemplo nacional de medicamento desenvolvido a partir de estudos com plantas é o Acheflan®, um anti-inflamatório tópico totalmente desenvolvido no Brasil. O laboratório Aché, uma das maiores indústrias farmacêuticas da América do Sul, após
Introdução
5
vários anos de pesquisas, lançou em 2005 este produto. A descoberta foi feita a partir da planta conhecida como “erva baleeira” (Cordia verbenacea). Do óleo essencial desta planta foram isolados dois compostos ativos, responsáveis pela ação anti-inflamatória relatada, o -humuleno e o trans-cariofileno (Figura 4) (PASSOS et al., 2007; FERNANDES et al., 2007; QUEIROZ et al., 2009). Fica claro a partir desse exemplo como a biodiversidade pode auxiliar a indústria de países emergentes na descoberta de novos compostos para o tratamento de diversas doenças existentes.
trans-cariofileno
-humuleno
Figura 4: Estrutura química do trans-cariofileno e do -humuleno.
Além de serem fonte de novas drogas, os produtos naturais têm inspirado o desenvolvimento da química orgânica sintética, levando a avanços em metodologias de síntese e possibilitando a criação de análogos do composto original com propriedades farmacológicas melhoradas (HARVEY, 2008).
A classe dos terpenos Com base na sua estrutura e na origem biossintética, os produtos vegetais podem ser classificados em diferentes grupos, tais como os terpenos, alcaloides e compostos fenólicos (CROTEAU et al., 2000). Os terpenos estão entre a classe mais estruturalmente variada dos produtos vegetais. Todos os terpenos são derivados da fusão repetitiva de uma unidade de isopreno (C5H8) e o número de unidades determina a sua classificação (MOSES, et al., 2013). Os terpenos com 10 unidades de carbono (C10) são chamados de monoterpenos e foram os primeiros compostos a serem isolados a partir da terebintina
Introdução
6
(resina líquida obtida de coníferas) na década de 1850. Os monoterpenos são conhecidos como componentes voláteis das essências das flores e dos óleos essenciais de ervas e especiarias. Em geral, são isolados por processo de destilação ou extração e encontra uso industrial considerável em indústria de flavorizantes e perfumes (CROTEAU et al., 2000). A síntese de todos os monoterpenos passa por um mecanismo comum, iniciado pela formação de um cátion geranila (Figura 5, pág. 7). Este intermediário sofre isomerização, ciclizações até a reação final, que geralmente é finalizada através da perda de um próton ou a adição de um nucleófilo (DEGENHARDT et al., 2009). Os monoterpenos borneol e cânfora são formados através do intermediário difosfato de bornila (CROTEAU E KARP, 1977). Neste processo, uma enzima terpeno sintase catalisa a formação do difosfato de bornila a partir do cátion de bornila. O produto é então hidrolisado ou oxidado, levando à formação de borneol ou cânfora, respectivamente (Figura 5, pág. 7) (CROTEAU E KARP, 1979). O borneol é um monoterpeno bicíclico presente no óleo essencial de numerosas plantas medicinais das famílias Dipterocarpaceae (Dipterocarpus turbinatus tree), Lamiaceae (Rosmarinus officinalis e Salvia officinalis), Valerianaceae (Valeriana officinalis) e Asteraceae (Matricaria chamomilla) (HORVÁTHOVÁ et al., 2009). Na medicina popular chinesa, o borneol é empregado para diversos fins, como por exemplo, tratamento da dor de garganta, aftas, feridas, queimaduras e infecções da pele (LIU et al., 2011). Ele também tem sido frequentemente encontrado em muitos medicamentos populares para o tratamento de doenças do Sistema Nervoso Central (SNC), tais como a doença de Alzheimer e Acidente Vascular Cerebral (YU et al., 2013). Muitos estudos mostram que o borneol possui ação analgésica, anti-inflamatória, antioxidante, antibacteriana e cicatrizante (CANDAN et al., 2003; HORVÁTHOVÁ et al., 2009; LIU et al., 2011; BARRETO, 2013). Além disso, diversas publicações têm mostrado que o borneol aumenta a penetração de drogas através da pele e da córnea (CUI et al., 2011; QI et al., 2013, JINGJING et al., 2012) e acelera a abertura da barreira hemato-encefálica, aumentando a distribuição de drogas no tecido cerebral (YU et al., 2013).
Introdução
7
10 OPP
OPP
1 3 4
OPP
2
isomerização
5 6
OPP
7
8
9
difosfato de geranila
difosfato de trans-linalina
cátion geranila
difosfato de cis-linalina OPP
OPP
fechamento 3,7
OPP
difosfato de bornila
cátion bornila cátion -terpinila
O
H2O
fechamento 6,1
cátion linalina
O OH
borneol
cânfora
Figura 5: Mecanismo simplificado da biossíntese dos monoterpenos cíclicos borneol e cânfora. As estruturas sombreadas em azul correspondem aos intermediários comuns à biossíntese de todos os monoterpenos cíclicos.
Introdução
8
Substâncias derivadas dos terpenos Devido às diversas atividades atribuídas aos terpenos, muitos estudos vêm sendo conduzidos no sentido de se obter derivados destes compostos e testá-los frente a diversos alvos biológicos (BORGATI, 2013; CORRÊA et al., 2012). Um dos exemplos de grande êxito na obtenção de derivados de terpenos é o antiviral bevirimat, um análogo do triterpeno pentacíclico ácido betulínico (Figura 6). O bevirimat é o primeiro composto de uma nova classe de terapia antirretroviral, conhecido como inibidores de maturação do vírus HIV (SMITH, et al,. 2007). Kashiwada e colaboradores (1996) isolaram o ácido betulínico de Syzigium claviflorum e observaram a moderada atividade anti-HIV do composto. Porém, quando foi realizada a modificação na cadeia lateral do ácido, com a adição de um grupo na posição 3, a atividade do novo composto mostrou ser 1000 vezes maior que do acido betulínico (KASHIWADA, et al., 1996). Devido à necessidade cada vez maior de novos agentes antirretrovirais com novos mecanismos de ação, a fim de prevenir a resistência do vírus HIV e fornecer terapias alternativas para aqueles pacientes que não conseguem ou não toleram os medicamentos existentes no mercado, o bevirimat mostra-se como uma esperança, já que apresenta um mecanismo de ação novo, diferente de todas as drogas utilizadas para tratamento do HIV.
H
H
OH
OH
O
O
O
HO HO
O O
Ácido betulínico
Bevirimat
Figura 6: Estrutura do acido betulínico e do bevirimat.
Introdução
9
Corrêa e colaboradores relataram a síntese de dois benzoatos do borneol (Compostos 1 e 2, Figura 7) e estes apresentaram considerável atividade in vitro contra as formas epimastigotas do Trypanosoma cruzi. O composto 1, quando testado com concentração igual 100 µg/mL, inibiu mais de 98% do crescimento do parasita após 72h de incubação. Na mesma concentração, o composto 2 inibiu completamente a proliferação do parasita. O IC50/72h encontrado para 1 e 2 foram 10,1 e 12,8 µg/mL, respectivamente. O IC50/72h do benzonidazol (padrão utilizado) para T. cruzi foi de 2,5 µg/mL (CORRÊA et al., 2012).
8
9 7 1
O
2 O
4
14
R1
11
1: R1 = R2 = R3 = OCH3 2: R1 = R2 = R3 = H
16
R2
R3
Figura 7: Benzoatos do Borneol sintetizados por Corrêa et al., 2012.
Vasconcelos e colaboradores também estudaram a atividade biológica de um derivado do borneol. No estudo realizado, o éster salicilato de bornila (Figura 8, pág. 10) foi sintetizado e avaliado frente às atividades de toxicidade e anti-inflamatória (VASCONCELOS et al., 2012). Como resultado do teste realizado, os pesquisadores observaram que não houve sinal de toxicidade aguda do éster nos animais estudados. Além disso, o derivado do borneol apresentou boa atividade anti-inflamatória, relacionada possivelmente com a diminuição de mediadores como prostaglandina E2 (PGE2), óxido nítrico (NO) e citocinas pró-inflamatórias.
Introdução
10
O
OH
O
Figura 8: Salicilato de bornila sintetizado por Vasconcelos et al., 2012.
Devido às diversas atividades já atribuídas ao borneol e o fato de existirem poucos estudos com derivados deste monoterpeno, propõe-se sintetizar derivados desta molécula e avaliar a atividade farmacológica dos mesmos.
Objetivos
11
OBJETIVOS DO TRABALHO Sintetizar e caracterizar os ésteres derivados do borneol utilizando duas metodologias diferentes; Avaliar o rendimento e eficácia das metodologias utilizadas; Avaliar in vitro a atividade leishmanicida, antimicrobiana e antiproliferativa dos compostos sintetizados; Avaliar a atividade anti-inflamatória in vivo dos ésteres sintetizados.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
12
1 SÍNTESE DOS ÉSTERES DO BORNEOL
1.1 Parte Experimental 1.1.1 Materiais e métodos
Nesse trabalho, a purificação dos produtos obtidos da síntese foi realizada por cromatografia em coluna (CC), utilizando sílica gel 60 (0,063-0,2mm, Macherey-Nagel) como fase estacionária. Os solventes empregados como fase móvel foram hexano, clorofórmio e acetato de etila (puros ou combinados e em ordem crescente de polaridade). Para
acompanhamento
das
reações
foram
executadas
análises
de
cromatografia em camada delgada (CCD). Na preparação das cromatoplacas utilizouse como fase estacionária sílica gel 60G (0,045mm, Merck) na espessura de aproximadamente 0,25 mm; como fase móvel utilizaram-se os solventes hexano, clorofórmio e acetato de etila (puros ou combinados). Como reveladores usou-se vanilina perclórica (solução de vanilina etanólica a 1% (p/v) e ácido perclórico a 3% (v/v), misturados na proporção de 1:1), seguido por aquecimento em estufa a 130 ºC. As temperaturas de fusão não corrigidas foram determinadas em aparelho Microquímica MQAPF-302. Espectros de absorção na região do infravermelho foram obtidos utilizando o espectrômetro modelo Spectrum One Perkin Elmer do Laboratório de Química Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da UFMG. Este possui dispositivo ATR, permitindo que o espectro seja obtido diretamente da amostra sólida ou oleosa, sem a necessidade do uso de pastilha. Também foi utilizado o espectrômetro Shimadzu IR408 do Departamento de Química, UFMG, neste caso utiliza-se pastilhas de KBr [1% (m/m)] ou janela de NaCl e o espectrômetro Nicolet, modelo Nexus 470 da Thermo Scientific do Laboratório de Química de Nanoestruturas de Carbono do CDTN/CNEN. O equipamento está acoplado a um microscópio Nicolet Centaurus com uma ampliação de 10 vezes, com amostra aplicada diretamente em janela de silício.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
13
Os espectros de RMN de 1D e 2D foram obtidos em espectrômetros Bruker Avance DPX-200 e DRX-400 do Laboratório de Ressonância Magnética de Alta Resolução (LAREMAR) do Departamento de Química, UFMG. Os solventes deuterados utilizados encontram-se indicados em cada caso. Os deslocamentos químicos () foram registrados em ppm usando tetrametilsilano (TMS) como padrão de referência interna e as constantes de acoplamento (J) dadas em Hz. Os espectros de massas de alta resolução foram obtidos em Espectrômetro de Massas com Fonte de Ionização Electrospray (ESI-MS) modelo SHIMADZU LC-ITTOF (Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG). A numeração utilizada na nomenclatura dos compostos segue a regra da IUPAC, porém a utilizada nas estruturas químicas não segue a regra da IUPAC. As estruturas foram numeradas de modo a auxiliar na atribuição e no detalhamento dos dados espectroscópicos. Os ácidos empregados para a síntese dos ésteres foram aqueles disponíveis no laboratório (Esquema 5, pág. 40).
1.1.2 Procedimentos
1.1.2.1 Obtenção dos ésteres derivados do borneol
1.1.2.1.a Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando DIC/DMAP (KANE et al., 2004, adaptado)
Foram solubilizados, sob agitação magnética, em um balão de fundo redondo acoplado a um tubo contendo cloreto de cálcio, 3 mmol do ácido, 1 mmol de borneol e uma quantidade catalítica de DMAP (0,25 – 0,33 mmol) em diclorometano, (exceto para o ácido succínico (Tabela 3, pág. 45), onde as concentrações foram alteradas). Após 10 minutos foram adicionados a esta mistura, sob banho de gelo, 3 mmol de DIC. A mistura foi mantida sob agitação magnética, à temperatura ambiente, e o desenvolvimento da reação foi seguido por CCD. Após o fim da reação evaporou-se o
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
14
solvente da mistura em evaporador rotatório. Os produtos obtidos foram purificados por cromatografia em coluna.
1.1.2.1.b Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando SOCl2 (MIRANDA, 2007)
Foram adicionados, sob agitação magnética, em um balão bitubulado, 2 mL (27,5 mmol) de SOCl2 e 3 mmol do ácido. O balão foi acoplado a um condensador de bolas com terminação ligada a um tubo com cloreto de cálcio. A mistura foi mantida sob agitação magnética e refluxo durante 3 horas. Após o fim da reação, o excesso de SOCl2 foi removido com o auxílio de uma bomba de vácuo, acoplada a 2 tubos imersos em nitrogênio líquido. Após remoção total do SOCl2, adicionaram-se 1 mmol de borneol ao balão e 2 mL de tolueno. A mistura foi mantida sob agitação magnética e refluxo e o desenvolvimento da reação foi seguido por CCD. Após o fim da reação adicioram-se lentamente, 5 mL de solução aquosa de bicarbonato de sódio (NaHCO3) 5% (p/v) ao balão. A mistura reacional foi levada para o funil de separação e foi lavada três vezes com clorofórmio (3 x 25 mL). Em seguida, a fase orgânica foi lavada com 20 mL de água destilada, posteriormente com 30 mL de solução de bicarbonato de sódio 5% (p/v) e por fim com 20 mL de água destilada. Esta fase foi colocada em contato com sulfato de sódio anidro, filtrada e, finalmente, o solvente foi destilado em evaporador rotatório. O material obtido foi purificado por cromatografia em coluna (CC), conduzindo ao éster de interesse.
1.1.2.1.c Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando DIC/DMAP com irradiação por micro-ondas
Adicionaram-se em um balão de fundo redondo 3 mmol do ácido, 1 mmol de borneol e uma quantidade catalítica de DMAP (0,25 – 0,33 mmol) na ausência de solvente. A mistura foi mantida sob banho de gelo e, em seguida, foram adicionados 3 mmol de DIC. A mistura reacional foi submetida à irradiação de micro-ondas (IMO) em um reator DISCOVER CEM®. As condições empregadas foram: temperatura de 25, 70,
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
15
130 ou 170 ºC (indicada em cada caso), potência de 250 watts, tempo de rampa: 2 minutos, tempo de irradiação de micro-ondas: 3 ou 5 minutos, em agitação máxima e tubo aberto. Após o término da IMO o bruto da reação foi purificado por cromatografia em coluna. Na Tabela 1 (pág. 41) encontram-se os rendimentos, as condições e o tempo de reação para cada produto obtido. Apenas os produtos 11 (benzoato de bornila, pág. 26) e 15 (3,4’,5’trimetoxibenzoato de bornila, pág. 30) estão descritos, os demais são inéditos na literatura.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
16
1.1.3 Descrição dos ésteres obtidos 1.1.3.1 Hexanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (1) 8
9 7
10 O
6
2
1
O
4
11
13
15
Fórmula Molecular: C16H28O2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação:
Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
2h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
62
103
2
Tolueno
26 h
Refluxo
SOCl2
1
3
36
91
3
-
3 min
25 °C
1
3
51
85
4
-
3 min
70 °C
1
3
76
126
5
-
5 min
70 °C
1
3
61
102
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (ATR, cm-1): 1160, 1175, 1454, 1782, 2873, 2954. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,4, J3 = 10, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,011,87 (m, 1H) 1,78-1,56 (m, 4H), 1,35-1,16 (m, 6H), 0,99 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,93-0,91 (6H, H9 e H16), 0,87 (s, 3H, H8), 0,83 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,1 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),
13
45,1 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,4 (C13), 28,1 (C5), 27,2 (C14), 24,9 (C6), 22,3 (C15), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,9 (C16), 13,5 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 275,1987; encontrado: 275,1922; erro: 23,6 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
17
1.1.3.2 Octanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (2) 8
9 7
10 O
6
2
1
O
4
11
13
15
17
Fórmula Molecular: C18H32O2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
1h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
79
144
2
Tolueno
29 h
Refluxo
SOCl2
1
3
44
125
3
-
3 min
25 °C
1
3
83
153
4
-
3 min
70 °C
1
3
87
160
5
-
5 min
70 °C
1
3
93
175
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (ATR, cm-1): 1160, 1175, 1732, 2873, 2933, 2954. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,92-4,85 (m, 1H, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,01-1,87 (m, 1H) 1,76-1,60 (m, 4H), 1,29 (sl, 10H, H13 ao H17), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,91-0,87 (9H, H18, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,2 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),
13
44,9 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,7 (C13), 29,1 (C14), 29,0 (C15), 28,1 (C5), 27,1 (C16), 25,2 (C6), 22,6 (C17), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C18), 13,5 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 303,2300; encontrado: 303,2387; erro: 28,7 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
18
1.1.3.3 Decanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (3) 8
9 7
10 O
6
2
1
11
O
4
13
15
17
19
Fórmula Molecular: C20H36O2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação:
Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
3h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
85
171
2
Tolueno
17 h
Refluxo
SOCl2
1
3
34
80
3
-
3 min
70 °C
1
3
92
186
4
-
5 min
70 °C
1
3
95
194
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (KBr, cm-1): 1160, 1178, 1456, 1736, 2856, 2926, 2956. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3,4, J3 = 10, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,011,87 (m, 1H) 1,76-1,59 (m, 4H), 1,27 (sl, 14H, H13 ao H19), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,91-0,87 (9H, H20, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,2 (C11), 79,6 (C2), 48,7 (C7), 47,8 (C1),
13
44,9 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,9 (C13), 29,5 (C14), 29,3 (C15), 29,3 (C16), 29,2 (C17), 28,1 (C5), 27,1 (C18), 25,2 (C6), 22,7 (C19), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C20), 13,5 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 331,2613; encontrado: 331,2563; erro: 15,1 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
19
1.1.3.4 Dodecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (4) 8
9 7
10 O
6
1
2 11
O
4
13
15
17
21
19
Fórmula Molecular: C22H40O2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
14 h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
72
157
2
Tolueno
19 h
Refluxo
SOCl2
1
3
43
95
3
-
3 min
70 °C
1
3
82
82
4
-
5 min
70 °C
1
3
76
171
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (Si, cm-1): 1025, 1160, 1180, 1736, 2854, 2925. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,4, J3 = 10, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,011,87 (m, 1H) 1,78-1,59 (m, 4H), 1,26 (sl, 18H, H13 ao H21), 0,99 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,91-0,87 (9H, H22, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10). RMN de
13
C (50 MHz, CDCl3):C (ppm): 174,0 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),
45,0 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,9 (C13), 29,6 (CH2), 29,5 (CH2), 29,3 (CH2), 29,2 (CH2), 28,1 (C5), 27,2 (CH2), 25,2 (C6), 22,6 (CH2), 19,7 (C9), 18,8 (C8), 14,0 (C22), 13,4 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 359,2926; encontrado: 359,2956; erro: 8,3 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
20
1.1.3.5 Tetradecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (5) 8
9 7
10 O
6
1
2 O
4
13
11
15
17
21
19
23
Fórmula Molecular: C24H44O2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
2h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
82
194
2
Tolueno
24 h
Refluxo
SOCl2
1
3
17
62
3
-
3 min
70 °C
1
3
89
213
4
-
5 min
70 °C
1
3
87
213
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (ATR, cm-1): 721, 1024, 1159, 1177, 1247, 1734, 2853, 2923, 2953. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,92-4,85 (m, 1H, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,01-1,87 (m, 1H) 1,69-1,61 (m, 4H), 1,26 (sl, 22H, H13 ao H23), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,91-0,87 (9H, H24, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,1 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),
13
45,1 (C4), 36,9 (C3), 34,8 (C12), 32,0 (C13), 29,7 (CH2), 29,5 (CH2), 29,4 (CH2), 29,2 (CH2), 28,1 (C5), 27,2 (CH2), 25,2 (C6), 22,7 (CH2), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C24), 13,5 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 387,3239; encontrado: 387,3294; erro: 14,5 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
21
1.1.3.6 Hexadecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (6) 8
9 7
10 O
6
2
1
11
O
4
13
15
17
19
21
23
25
Fórmula Molecular: C26H48O2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação:
Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
1h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
73
186
2
Tolueno
47 h
Refluxo
SOCl2
1
3
36
140
3
-
3 min
70 °C
1
3
77
196
4
-
5 min
70 °C
1
3
82
212
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (ATR, cm-1): 721, 1024, 1159, 1177, 1734, 2853, 2922. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3, J3 = 10, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,00-1,87 (m, 1H) 1,69-1,60 (m, 4H), 1,26 (sl, 26H, H13 ao H25), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,900,87 (9H, H26, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,2 (C11), 79,6 (C2), 48,7 (C7), 47,8 (C1),
13
44,9 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,9 (C13), 29,7 (CH2), 29,6 (CH2), 29,5 (CH2), 29,4 (CH2), 29,3 (CH2), 29,2 (CH2), 28,1 (C5), 27,1 (CH2), 25,2 (C6), 22,7 (CH2), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C26), 13,5 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 415,3552; encontrado: 415,3561; erro: 2,2 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
22
1.1.3.7 Octadecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (7) 8
9 7
10 O
6
2
1
O
4
11
13
15
17
21
19
23
25
27
Fórmula Molecular: C28H52O2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
19 h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
65
182
2
Tolueno
47 h
Refluxo
SOCl2
1
3
41
175
3
-
3 min
70 °C
1
3
85
234
4
-
5 min
70 °C
1
3
92
253
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (ATR, cm-1): 721, 1159, 1176, 1734, 2852, 2922. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,4, J3 = 9,8, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,011,87 (m, 1H) 1,76-1,59 (m, 4H), 1,26 (sl, 30H, H13 ao H27), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,91-0,87 (9H, H28, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,1 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),
13
45,1 (C4), 36,9 (C3), 34,8 (C12), 32,0 (C13), 29,7 (CH2), 29,5 (CH2), 29,4 (CH2), 29,2 (CH2), 28,1 (C5), 27,2 (CH2), 25,2 (CH2), 22,7 (CH2), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C28), 13,5 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 443,3865; encontrado: 443,4183; erro: 71,7 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
23
1.1.3.8 Ácido 4-oxo-4-[(1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-il)oxi] butanoico (8) 8
9 7
10 O
6
1
2 O
4
11
OH
13 O
Fórmula Molecular: C14H22O4 Aspecto: sólido branco Condições da Reação: Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia 1
CH2Cl2
26 h
T. a.
DIC/DMAP
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
5
35
58
Faixa de temperatura de fusão: 50-52 °C IV (KBr, cm-1): 642, 804, 1018, 1160, 1182, 1328, 1386, 1714, 1738, 2882, 2928, 2954, 2988, 3448. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,93-4,89 (m, 1H, H2), 2,67 (sl, 4H, H12, H13), 2,42-2,27 (m, 1H), 1,97-1,65 (m, 3H) 1,35-1,15 (m, 3H), 1,00 (d, 1H, J = 3,2, H3), 0,90 (s, 3H, H9), 0,87 (s, 3H, H8), 0,82 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 178,1(C14), 172,3 (C11), 80,5 (C2), 48,8 (C7),
13
47,8 (C1), 44,8 (C4), 36,6 (C3), 29,2 (C12), 29,1 (C13), 28,0 (C5), 27,0 (C6), 19,7 (C9), 18,8 (C8), 13,4 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M - H]-: 253,1440; encontrado 253,1428; erro: 4,6 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
24
1.1.3.9 Succinato de bis(1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (9) 8
9 7
10 O
6
1 4
4'
2 O O
11
1'
12'
6'
2' O
10'
7' 9'
8'
Fórmula Molecular: C24H38O4 Aspecto: sólido branco Condições da Reação: Condição Solvente Tempo Temp. 1
CH2Cl2
26 h
T. a.
2
-
3 min
25 °C
3
-
5 min
25 °C
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
DIC/DMAP
2
1
20
155
1
3
2
4
1
3
17
44
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
Faixa de temperatura de fusão: 75-77 °C IV (KBr, cm-1): 1022, 1156, 1212, 1352, 1386, 1456, 1730, 2876, 2956, 3446. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,94-4,87 (ddd, 2H, J1 = 2,2, J2 = 3,2, J3 = 10, H2, H2’), 2,65 (s, 4H, H12, H12’), 2,422,27 (m, 2H), 1,99-1,60 (m, 8H) 1,36-1,16 (m, 6H), 1,02-0,93 (dd, 2H, J1 = 3,4, J2 = 10,2, H3, H3’), 0,90 (s, 6H, H9, H9’), 0,87 (s, 6H, H8, H8’), 0,83 (s, 6H, H10, H10’). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 172,4 (C11, C11’), 80,3 (C2, C2’), 48,8 (C7,
13
C7’), 47,8 (C1, C1’), 45,0 (C4, C4’), 36,7 (C3, C3’), 29,7 (C12, C12’), 28,1 (C5, C5’), 27,2 (C6, C6’), 19,7 (C9, C9’), 18,9 (C8, C8’), 13,5 (C10, C10’). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 413,2668; encontrado 413,2700; erro: 7,7 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
25
1.1.3.10 4-{Isopropil[isopropilamino)carbonil]amino}-4-oxobutanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (10) 8
9 7
18 10
18 17 H
O
6
1
2 O
4
11
12
13
14
O
N
15
19
N
20
O
16 19
Fórmula Molecular: C21H36N2O4 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo Temp. 1
-
3 min
25 °C
2
-
5 min
25 °C
Metodologia DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
3
20
50
1
3
17
44
IV (NaCl, cm-1): 1022, 1170, 1366, 1386, 1456, 1524, 1662, 1704, 1732, 2878, 2956, 2970, 3314. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 7,63-7,61 (sl, 1H, H20), 4,94-4,86 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,3, J3 = 10, H2), 4,52-4,32 (hept, 1H, J = 6,8, H17), 4,10-3,86 (oct, 1H, J = 7, H16), 2,73 (sl, 4H, H12, H13), 2,412,25 (m, 1H, H3), 1,93-1,84 (m, 1H, H6) 1,79-1,72 (m, 1H, H5), 1,69-1,65 (m, 1H, H4), 1,31-1,24 (m, 2H, H5 e H6), 1,38 (d, 6H, J = 6,6, H18), 1,19 (d, 6H, J = 6,6, H19), 1,020,95 (dd, 1H, J1 = 3,3, J2 = 10,2, H3), 0,87 (s, 3H, H9), 0,90 (s, 3H, H8), 0,82 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 173,5 (C11), 172,2 (C14), 154,0 (C15), 80,5
13
(C2), 48,9 (C7), 47,9 (C1 e C17), 45,0 (C4), 42,8 (C16), 36,6 (C3), 30,5 (C13), 29,8 (C12), 28,0 (C5), 27,2 (C6), 22,4 (C19), 20,8 (C18), 19,7 (C9), 18,8 (C8), 13,5 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 403,2573; encontrado 403,2655; erro: 20,3 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
26
1.1.3.11 Benzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (11) 8
9 7
6
10 1
O
13'
2 O
14`
11
4 13
15 14
Fórmula Molecular: C17H22O2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
4h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
59
99
2
Tolueno
17 h
Refluxo
SOCl2
1
3
3
8
3
Tolueno
30 h
Refluxo
SOCl2
1
3
26
68
4
Tolueno
100 h
Refluxo
SOCl2
1
3
6
13
5
-
3 min
122 °C
1
3
62
107
6
-
5 min
122 °C
1
3
81
140
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (ATR, cm-1): 710, 978, 1112, 1270, 1451, 1714, 2879, 2953. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 8,07 (d, 2H, J = 6,8, H13, H13’), 7,60-7,41 (m, 3H, H14, H14’ e H15), 5,16-5,08 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3, J3 = 9,8, H2), 2,56-2,40 (m, 1H, H3), 2,21-2,07 (m, 1H, H6) 1,86-1,74 (m, 2H), 1,46-1,27 (m, 2H), 1,17-1,08 (dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,6, H3), 0,97 (s, 3H, H9), 0,92 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
13
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 166,8 (C11), 132,7 (C-15), 130,9 (C12), 129,5
(C13 ou C14), 128,3 (C13 ou C14), 80,5 (C2), 49,1 (C7), 47,9 (C1), 45,0 (C4), 36,9 (C3), 28,1 (C5), 27,4 (C6), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 281,1517; encontrado: 281,1525; erro: 2,8 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
27
1.1.3.12 4’-Metoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (12) 8
9 7
6
10 1
O
13'
2 O
14'
11
4 15
13
O
14
16
Fórmula Molecular: C18H24O3 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
24 h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
30
57
2
Tolueno
31 h
Refluxo
SOCl2
1
3
5
14
3
-
3 min
130 °C
1
3
56
105
4
-
5 min
70 °C
1
3
15
29
5
-
5 min
130 °C
1
3
50
95
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (ATR, cm-1): 696, 770, 848, 1032, 1102, 1118, 1168, 1280, 1510, 1606, 1712, 2838, 2880, 2954. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 8,02 (d, 2H, J = 9, H13 e H13’), 6,93 (d, 2H, J = 8,8, H14 e H14’), 5,13-5,05 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,2, J3 = 10, H2), 3,86 (s, 3H, H16), 2,54-2,38 (m, 1H, H3), 2,19-2,06 (m, 1H, H6), 1,88-1,72 (m, 2H), 1,45-1,22 (m, 2H), 1,15-1,06 (dd, 1H, J1 = 3,5, J2 = 13,6, H3), 0,96 (s, 3H, H9), 0,91 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
13
C (50 MHz, CDCl3):C (ppm): 166,6 (C11), 163,3 (C15), 131,5 (C13, C13’),
123,5 (C12), 113,6 (C14, C14’), 80,2 (C2), 55,4 (C16), 49,1 (C7), 47,9 (C1), 45,1 (C4), 37,0 (C3), 28,1 (C5), 27,5 (C6), 19,8 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 311,1623; encontrado 311,1609; erro: 4,5 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
28
1.1.3.13 Isopropilcarbamato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (13) 8
9 7
10
13
O
6
1
2 O
4
11
14 N
12
13'
H
Fórmula Molecular: C14H25NO2 Aspecto: sólido branco Condições da Reação:
Condição Solvente
Tempo
Temp.
1
-
5 min
70 °C
2
-
5 min
130 °C
3
-
3 min
170 °C
Metodologia DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
3
13
20
1
3
17
28
1
3
12
19
Faixa de Temperatura de Fusão: 63-65 °C IV (Si, cm-1): 1087, 1259, 1546, 1708, 1683, 2876, 2954, 3298. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 4,85-4,80 (m, 1H, H2), 4,48 (sl, 1H, H14) 3,91-3,68 (m, 1H, H12), 2,41-2,26 (m, 1H, H3), 1,94-1,82 (m, 1H, H6), 1,79-1,71 (m, 1H, H5), 1,67-1,63 (m, 1H, H4), 1,25-1,23 (m, 2H, H5 e H6), 1,16 (d, 6H, J = 6,4, H13, H13’), 1,01 (d, 1H, J = 3,1, H3), 0,90 (s, 3H, H8), 0,86 (s, 3H, H9), 0,84 (s, 3H, H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 156,3 (C11), 79,9 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),
13
45,0 (C4), 43,1 (C12), 36,9 (C3), 28,1 (C5), 27,2 (C6), 23,1 (C13, C13’), 19,7 (C9), 18,8 (C8), 13,5 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 262,1783; encontrado 262,1834; erro: 19,4 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
29
1.1.3.14 3’,4’-Dimetoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (14) 8
9 7
6
10 1
18
O
13
2 O
14
11
O
4 19
15
17
O
16
Fórmula Molecular: C19H26O4 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
72 h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
77
161
2
Tolueno
43 h
Refluxo
SOCl2
1
3
23
47
3
-
3 min
130 °C
1
3
51
106
4
-
5 min
130 °C
1
3
60
127
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (Si, cm-1): 763, 1025, 1114, 1177, 1224, 1271, 1290, 1453, 1514, 1601, 1710, 2878, 2954. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 7,73-7,68 (dd, 1H, J1 = 1,8, J2 = 8,4, H17), 7,58 (d, 1H, J = 2, H13), 6,90 (d, 1H, J = 8,4, H16), 5,13-5,06 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3,4, J3 = 9,8, H2), 3,94 (s, 6H, H18, H19), 2,552,39 (m, 1H, H3), 2,18-2,05 (m, 1H, H6) 1,84-1,71 (m, 2H), 1,48-1,23 (m, 2H), 1,16-1,08 (dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,8, H3), 0,97 (s, 3H, H9), 0,92 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 166,6 (C11), 153,1 (C15), 148,9 (C14), 123,7
13
(C12), 123,4 (C17), 112,5 (C16), 110,5 (C13), 80,4 (C2), 56,1 (C18 e C19), 49,2 (C7), 47,9 (C1), 45,2 (C4), 37,0 (C3), 28,2 (C5), 27,5 (C6), 19,8 (C9), 19,0 (C8), 13,6 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 341,1729; encontrado 341,1703; erro: 7,6 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
30
1.1.3.15 3’,4’,5’-Trimetoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (15) 8
9 7
6
10
O
13'
2
1
O
14'
11
O
16
4 15
13
O
14
17
O
Fórmula Molecular: C20H28O5
18
Aspecto: sólido branco Condições da Reação:
Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
5h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
54
123
2
Tolueno
72 h
Refluxo
SOCl2
1
3
35
122
3
-
3 min
170 °C
1
3
82
193
4
-
5 min
130 °C
1
3
80
182
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
Faixa de Temperatura de Fusão: 69-71 °C IV (ATR, cm-1): 767, 873, 1122, 1228, 1333, 1415, 1586, 1708, 2836, 2952. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 7,32 (s, 2H, H13, H13’), 5,12-5,07 (m, 1H, H2), 3,92 (s, 9H, H16, H17 e H18), 2,54-2,42 (m, 1H, H3), 2,16-2,05 (m, 1H, H6) 1,81-1,75 (m, 2H), 1,47-1,26 (m, 2H), 1,12 (d, 1H, J = 13,6, H3), 0,98 (s, 3H, H9), 0,92 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 166,4 (C11), 152,9 (C14, C14’), 142,2 (C15),
13
126 (C12), 106,8 (C13, C13’), 80,7 (C2), 60,9 (C17), 56,2 (C16 e C18), 49,1 (C7), 47,9 (C1), 45,0 (C4), 37,0 (C3), 28,1 (C5), 27,5 (C6), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 371,1834; encontrado 371,1892; erro: 15,6 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
31
1.1.3.16 3’,5’-Dinitrobenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (16) 8
9 7
6
10 1
O
13'
2 O
14'
11
NO2
4 15
13 14 NO2
Fórmula Molecular: C17H20N2O6 Aspecto: sólido branco Condições da Reação:
Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
1h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
84
381
2
Tolueno
19 h
Refluxo
SOCl2
1
3
7
27
3
-
3 min
130 °C
1
3
56
128
4
-
5 min
130 °C
1
3
75
174
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
Faixa de Temperatura de Fusão: 145-147 °C IV (ATR, cm-1): 702, 729, 822, 913, 1286, 1302, 1343, 1541, 1723, 2879, 2956, 3018. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 9,23 (t, 1H, J = 2,1, H15), 9,15 (d, 2H, J = 2, H13 e H13’), 5,27-5,20 (m, 1H, H2), 2,622,46 (m, 1H, H3), 2,14-2,01 (m, 1H, H6) 1,88-1,80 (m, 2H), 1,58-1,36 (m, 2H), 1,21-1,12 (dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,8, H3), 0,99 (s, 3H, H9), 0,95 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 162,7 (C11), 148,7 (C14, C14’), 134,6 (C12),
13
129,3 (C13, C13’), 122,2 (C15), 83,2 (C2), 49,3 (C7), 48,1 (C1), 44,9 (C4), 36,8 (C3), 28,1 (C5), 27,4 (C6), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,7 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M+H]-: 349,1400; encontrado 349,1408; erro: 2,3 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
32
1.1.3.17 3’,5’-Dinitrosalicilato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (17) 8
9 7
6
10
O
OH
2
1
13 O
14
11
NO2
4 15
17 16 NO2
Fórmula Molecular: C17H20N2O7 Aspecto: sólido laranja Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
21 h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
41
97
2
Tolueno
24 h
Refluxo
SOCl2
1
3
traços
-
3
-
3 min
170 °C
1
3
13
16
4
-
5 min
170 °C
1
3
21
25
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
Faixa de Temperatura de Fusão: 135-136 °C IV (KBr, cm-1): 720, 742, 806, 1086, 1178, 1262, 1338, 1352, 1454, 1546, 1622, 1682, 1710, 2884, 2958, 3098. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 12,93 (s, 1H, H13), 9,03 (1H, H15), 8,97 (1H, H17), 5,28-5,23 (m, 1H, H2), 2,60-2,48 (m, 1H, H3), 2,09-1,98 (m, 1H, H6), 1,89-1,83 (m, 2H), 1,55-1,37 (m, 2H), 1,14 (1H, H3), 0,99 (s, 3H, H9), 0,96 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
13
C (50 MHz, CDCl3):C (ppm): 168,3 (C11), 159,9 (C13), 138,2 (C16), 137,8
(C14), 129,7 (C17), 126,5 (C15), 116,2 (C12), 84,6 (C2), 49,3 (C7), 48,1 (C1), 44,7 (C4), 36,6 (C3), 28,0 (C5), 27,3 (C6), 19,6 (C9), 18,8 (C8), 13,6 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M - H]-: 363,1192; encontrado 363,1191; erro: 0,3 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
33
1.1.3.18 Nicotinato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (18) 8
9 7
6
10
O
13
2
1
O
11
N
14
4 15
17 16
Fórmula Molecular: C16H21NO2 Aspecto: óleo incolor Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
3h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
72
123
2
Tolueno
40 h
Refluxo
SOCl2
1
3
10
26
3
-
3 min
70 °C
1
3
43
73
4
-
5 min
70 °C
1
3
60
101
5
-
5 min
130 °C
1
3
38
64
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
IV (NaCl, cm-1): 702, 740, 1024, 1124, 1286, 1302, 1590, 1718, 2880, 2954, 3040, 3054. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 9,26-9,25 (sl, 1H, H13), 8,80-8,76 (dd, 1H, J1 = 1,8, J2 = 4,8, H15), 8,34-8,28 (td, 1H, J1 = 1,8, J2 = 8,0, H17), 7,44-7,37 (dd, 1H, J1 = 4,8, J2 = 8,0, H16), 5,19-5,12 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3,2, J3 = 9,8, H2), 2,57-2,41 (m, 1H, H3), 2,17-2,03 (m, 1H, H6), 1,84-1,74 (m, 2H), 1,50-1,26 (m, 2H), 1,18-1,09 (dd, 1H, J1 = 3,6, J2 = 13,8, H3), 0,98 (s, 3H, H9), 0,93 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
13
C (50 MHz, CDCl3):C (ppm): 165,5 (C11), 153,2 (C13), 150,9 (C15), 136,9
(C17), 126,8 (C12), 123,2 (C16), 81,2 (C2), 49,2 (C7), 48,0 (C1), 45,0 (C4), 36,9 (C3), 28,1 (C5), 27,4 (C6), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + H]+: 260,1651; encontrado 260,1651; erro: 0 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
34
1.1.3.19 4’-Aminobenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (19) 8
9 7
6
10 1
O
13'
2 O
14'
11
4 15 13
NH2
14
Fórmula Molecular: C17H23NO2 Aspecto: sólido branco Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Quant. (mg)
1
CH2Cl2
96 h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
24
43
2
Tolueno
18 h
Refluxo
SOCl2
1
3
0
0
3
-
3 min
70 °C
1
3
7
13
4
-
5 min
70 °C
1
3
6
11
5
-
5 min
130 °C
1
3
8
15
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
Faixa de Temperatura de Fusão: 114-115 °C IV (Si, cm-1): 773, 1120, 1172, 1286, 1311, 1598, 1630, 1681, 2954, 3369, 3478. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 7,87 (d, 2H, J = 8,6, H13, H13’), 6,65 (d, 2H, J = 8,6, H14, H14’), 5,10-5,02 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,4, J3 = 9,8, H2), 4,06 (sl, 2H, H16), 2,52-2,36 (m, 1H, H3), 2,19-2,06 (m, 1H, H6), 1,80-1,71 (m, 2H), 1,40-1,23 (m, 2H), 1,14-1,05 (dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,8, H3), 0,96 (s, 3H, H9), 0,90 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 166,9 (C11), 150,7 (C15), 131,6 (C13, C13’),
13
120,7 (C12), 113,8 (C14, C14’), 79,8 (C2), 49,1 (C7), 47,9 (C1), 45,1 (C4), 37,0 (C3), 28,2 (C5), 27,5 (C6), 19,8 (C9), 19,0 (C8), 13,6 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 296,1626; encontrado 296,1581; erro: 15,2 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
35
1.1.3.20 2’-Acetilbenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (20) O
8
9 7
6
10 1
O
O
2
18
19
13 O
14
11
4 15
17
Fórmula Molecular: C19H24O4
16
Aspecto: sólido branco Condições da Reação: Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. Quant. (%) (mg)
1
CH2Cl2
96 h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
10
21
2
Tolueno
22 h
Refluxo
1
3
5
16
3
-
3 min
70 °C
1
3
traços
-
4
-
5 min
70 °C
1
3
9
19
5
-
5 min
130 °C
SOCl2 DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
1
3
8
16
Faixa de Temperatura de Fusão: 53-54 °C IV (Si, cm-1): 669, 1081, 1194, 1263, 1722, 1776, 2882, 2955. RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição): 8,05-8,00 (dd, 1H, J1 = 1,6, J2 = 7,8, H14), 7,60-7,51 (td, 1H, J1 = 1,8, J2 = 7,6, H16), 7,36-7,27 (td, 1H, J1 = 1,2, J2 = 7,6, H15), 7,13-7,08 (dd, 1H, J1 = 1,0, J2 = 8,0, H17), 5,11-5,03 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3,2, J3 = 10, H2), 2,53-2,39 (m, 1H, H3), 2,36 (s, 3H, H19), 2,14-2,00 (m, 1H, H6), 1,81-1,72 (m, 2H), 1,44-1,26 (m, 2H), 1,14-1,05 (dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,8, H3), 0,95 (s, 3H, H9), 0,90 (s, 6H, H8 e H10). RMN de
C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 169,5 (C18), 164,5 (C11), 150,8 (C13), 133,4
13
(C15), 131,4 (C17), 125,9 (C14), 124,0 (C12), 123,8 (C16), 80,8 (C2), 49,1 (C7), 47,9 (C1), 45,0 (C4), 36,8 (C3), 28,1 (C5), 27,4 (C6), 21,1 (C19), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10). HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 339,1572; encontrado 339,1571; erro: 0,3 ppm.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
36
1.2 Resultados e Discussão Todos os ésteres foram sintetizados através de duas metodologias distintas, onde foram avaliados o tempo de reação, temperatura, rendimento e a eficiência do uso da irradiação de micro-ondas na preparação destes. As metodologias avaliadas seguem mecanismos de reações distintos. A primeira metodologia aplicada utiliza a DIC (di-isopropilcarbodi-imida) como reagente de acoplamento e o DMAP (4-dimetilaminopiridina) como catalisador. Esta reação é conhecida como esterificação de Steglich (LAUE e PLAGENS, 2005) e consiste no uso de um reagente de acoplamento que ao reagir com o ácido carboxílico forma um intermediário (O-acil-isouréia), que apresenta reatividade semelhante ao anidrido correspondente do ácido carboxílico.
O mecanismo desta reação está descrito no
Esquema 1 (pág. 37). Na primeira etapa da reação a DIC desprotona o ácido carboxílico 1. Em seguida, a DIC protonada 3, que apresenta um carbono com grande caráter eletrofílico, é atacada pelo carboxilato 2, originando a O-acil-isouréia 4. Após uma nova protonação deste intermediário, há uma adição nucleofílica do álcool 5 ao carbono carbonílico de 6, levando à formação do éster protonado 7 e conduzindo à eliminação da N´,N´-di-isopropiluréia (DIU) (excelente grupo abandonador). Após desprotonação de 7, obtém-se o produto desejado 8 Quando a reação ocorre na presença de nucleófilos fortes, tais como aminas, há uma rápida adição deste nucleófilo ao intermediário protonado O-acil-isouréia (6), levando à obtenção do produto desejado. Entretanto, para nucleófilos mais fracos, como álcoois, onde a esterificação ocorre de maneira mais lenta, existe a possibilidade de um rearranjo 1,3 do intermediário O-acil isouréia (6) resultando na N-acil-isouréia (10), o que impossibilita a reação com o álcool (Esquema 2, pág. 37). Assim, o uso de DMAP (um nucleófilo mais forte que o álcool) impede que esta reação paralela ocorra (Esquema 3, pág. 38), pois esta base substitui o grupo O-acil-uréia como grupo abandonador, formando a nova espécie acilante 11. Esta nova espécie, que não pode formar produtos secundários de rearranjo, reage rapidamente com o álcool, conduzindo à formação do éster 8 (RODRIGUES, 2011).
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
37
O R
O O
1
N
H
C
N
R
DIC
2
O
N H
N 3
H
O R 7
HN
R1
O
R1
OH
C
R
5
H
N
HN
RCOOH -RCOO
O
R
6
O
C DIU
C O
N 4
O O
O N H
C
DMAP N H
-DMAP -DIU
R
O
R1
8
Esquema 1: Mecanismo da reação de esterificação de Steglich.
HN
C N 6
O
H
R O
H
H O
-H
N
R
N
N
N R
O
H
9
Esquema 2: Rearranjo 1,3 do intermediário O-acil-isouréia.
O
O 10
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
38
N HN
C N
6
O
N
N
N
R +
H
N
- DIU
O N DMAP
R
O
11
R
R1
- DMAPH+
O
OH
O R
O
R1
8
Esquema 3: Reação com participação do DMAP.
Para as reações utilizando-se DIC e DMAP foi avaliado o uso da irradiação de micro-ondas na preparação dos ésteres. Inicialmente, todos os ésteres foram submetidos a 3 minutos de reação; porém, observou-se que para alguns deles o tempo era insuficiente para consumir todo o borneol do meio reacional. Assim, aumentou-se o tempo de reação para 5 minutos para obter melhores rendimentos. Como a reação no reator de micro-ondas ocorre na ausência de solvente, faz-se necessário que um dos reagentes esteja na forma líquida para que ocorra maior contato entre as substâncias do meio reacional, levando a formação do produto desejado. Portanto, como a maior parte dos reagentes eram sólidos à temperatura ambiente, foi necessário o aquecimento da reação para que ocorresse a fusão de um dos reagentes. A temperatura da reação variou de acordo com o ácido utilizado, sendo observado bons rendimentos à temperatura de 70 °C, mesmo não sendo essa temperatura correspondente ao ponto de fusão da maioria dos ácidos utilizados.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
39
Na segunda metodologia avaliada, utiliza-se o cloreto de tionila (SOCl2) com o objetivo de produzirmos um cloreto de acila (cloreto de ácido), para posterior adição do álcool. O mecanismo dessa reação consiste no ataque nucleofílico da hidroxila do ácido ao enxofre polarizado, com a saída do íon cloreto, formando o composto 1 (Esquema 4). Logo após, ocorre desprotonação de 1, seguida de ruptura de ligação, levando à formação do cloreto de acila 2 e dióxido de enxofre 3. Em seguida, com a adição do álcool ao meio reagente, ocorre um ataque nucleofílico da hidroxila alcoólica ao carbono altamente polarizado do cloreto de ácido, originando o intermediário 4. Finalmente, há saída de cloreto e desprotonação, levando à formação do éster 5. Um dos maiores problemas desta reação é a instabilidade do cloreto de ácido formado durante o mecanismo, pois, sendo uma espécie muito reativa, pode ocorrer sua hidrólise pela umidade do ar, levando a formação do ácido carboxílico de origem.
O
O R
OH
+ Cl
S
R - Cl-
O
Cl
O H
Cl
-
R
R
Cl
4 - H+
O R1
O
Cl
S
+
R
Cl
O
1
H
S
O
R
O
O
O
+
S 1
O
- H+
H
O
R1
O
O
R 5
Esquema 4: Mecanismo da reação com SOCl2.
R1
OH
R
Cl 2
O
O 3
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
40
1.2.1 Síntese dos ésteres
Para síntese dos ésteres derivados do borneol foram utilizados dezessete ácidos, sendo oito graxos e nove aromáticos (Esquema 5). Destes, foi possível obter 20 ésteres, sendo 18 inéditos. Os rendimentos das reações variaram de 02 a 95% (Tabela 1, pág. 41). Os melhores resultados foram obtidos utilizando os reagentes DIC/DMAP com irradiação de micro-ondas, uma vez que o tempo de reação diminuiu consideravelmente e os rendimentos foram satisfatórios.
+ OH
O
A ou B
RCOOH ou ArCOOH
O
R
A= DIC/DMAP (com ou sem micro-ondas) B= SOCl2
R= -(CH2)4CH3 -(CH2)6CH3 -(CH2)8CH3 -(CH2)10CH3 -(CH2)12CH3 -(CH2)14CH3 -(CH2)16CH3 -(CH2)2COOH
Ar=
O OMe MeO OMe
OMe
OMe
OH O2N
NO2
OMe
O
N O2N
NO2
NH2
Esquema 5: Ácidos utilizados na esterificação do borneol. As reações conduzidas com SOCl2 apresentaram rendimentos muito inferiores quando comparados ao DIC/DMAP. Isso se explica devido à formação do cloreto de ácido, uma espécie muito instável que é facilmente hidrolisada na presença de umidade no ar. Assim, como as reações de esterificação conduzidas por esta metodologia não foram realizadas em atmosfera inerte, pode-se concluir que o cloreto de ácido formado retornava ao ácido original, diminuindo os rendimentos destas reações. De todos os ésteres sintetizados, apenas o benzoato de bornila (11) e 3’,4’,5’trimetoxibenzoato de bornila (15) não são inéditos.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
41
Tabela 1: Rendimento e tempo de reação nas diferentes metodologias para obtenção dos ésteres do borneol Metodologias ,c
DIC/DMAP (sem IMO) *
, d
DIC/DMAP (com IMO) *
SOCl2 *
Acido Carboxílico Tempo (h)
Rendimento/ a (Produto)
Hexanoico
2
62 / (1)
Octanoico
1
79 / (2)
Decanoico Dodecanoico Tetradecanoico Hexadecanoico Octadecanoico
3 14 2 1 19
3 minutos
5 minutos
85 / (3) 72 / (4) 82 / (5) 73 / (6) 65 / (7)
Temperatura (°C) 25 70 25 70 70 70 70 70 70
Rendimento a (Produto) 51 / (1) 76 / (1) 83 / (2) 87 / (2) 92 / (3) 82 / (4) 89 / (5) 77 / (6) 85 / (7)
26
20 / (9)
70
26
35 / (8)
25
Benzoico
4
59 / (11)
p-metoxibenzoico
24
30 / (12)
Butanodioico
Tempo (h)
b
Rendimento a (Produto)
Temperatura (°C)
Rendimento a (Produto)
70
61 / (1)
26
36 / (1)
70
93 / (2)
29
44 / (2)
70 70 70 70 70
95 / (3) 76 / (4) 87 / (5) 82 / (6) 92 / (7)
17 19 24 47 47
34/ (3) 43 / (4) 17 / (5) 36 / (6) 41 / (7)
0 20 / (10) 2 / (9)
25
17 / (9) 17 / (10)
46
8 / (9)
122
62 / (11)
122
81 / (11)
17 30 100
3 / (11) 26 / (11) 6 / (11)
130
50 / (12)
130
56 (12)
15 / (12) 13 / (13) 60 / (14) 80 / (15) 75 / (16) 17 / (13)
31
5 / (12)
43 72
23/ (14) 35 / (15)
19
7 / (16)
24
- / (17)
40
10 / (18)
18
0
22
5 / (20)
70 3,4-dimetoxibenzoico 3,4,5-trimetoxibenzoico
72 5
77 / (14) 54 / (15)
130 170
51 / (14) 82 / (15)
130 130
3,5-dinitrobenzoico
1
84 / (16)
130
56 / (16)
130
2-hidroxi-3,5-dinitrobenzoico
21
41 / (17)
170
13 / (17) 12 / (13)
170
21 / (17)
70 130 70 130 70 130
60 / (18) 38 / (18) 6 / (19) 8 / (19) 9 / (20) 8 / (20)
Nicotínico
3
72 / (18)
70
43 / (18)
p-aminobenzoico
96
24 / (19)
70
7 / (19)
Acetilsalicílico
96
10 / (20)
70
- / (20)
* Em todas as reações foram utilizados a proporção de 1 mol borneol para 3 mol do ácido, exceto para ácido Butanodioico (Ver tabela 3, pág. 45). a Os produtos encontram-se descritos por números, a estrutura de cada um deles está descrita no item 1.1.3. b Tempo de reação entre cloreto de ácido e o borneol. O tempo para formar o cloreto de ácido foi padronizado em 3h (MIRANDA, 2007). c A reação conduzida por essa metodologia foi realizada sob temperatura ambiente. d A reação conduzida por essa metodologia foi mantida em aquecimento, sob refluxo.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
42
1.2.2 Síntese e caracterização dos ésteres graxos
Para obtenção dos ésteres de cadeia graxa foram utilizados oito ácidos, que seguem uma série homóloga na qual se varia o número de carbono na cadeia graxa, com exceção do ácido butanodioico (succínico), que apresenta dois grupos carboxila na sua estrutura. Os rendimentos dos ésteres obtidos variaram de 20 a 85%, utilizandose DIC/DMAP sem IMO (Tabela 1, pág. 41). Quando foi utilizada a metodologia do cloreto de tionila, os rendimentos foram muito inferiores (8 a 44%). O uso de DIC/DMAP com IMO forneceu melhores rendimentos (2 a 95%), e menor tempo de reação (3 e 5 minutos) quando comparados com cloreto de tionila (17 a 47 horas) e DIC/DMAP sem IMO (1 a 26 horas). Para as reações conduzidas sob irradiação de micro-ondas, não foi observado grande diferença nos rendimentos quando se utilizou 3 minutos ou 5 minutos de aquecimento. Como os ácidos graxos possuem baixo ponto de fusão, 3 minutos de aquecimento já foram suficientes para que houvesse fusão de todo material de partida. Para os ácidos hexanoico e octanoico, utilizou-se em um primeiro momento a temperatura de 25 °C, uma vez que estes são líquidos a temperatura ambiente e, portanto, não seria necessário o aquecimento para que ocorresse a sua fusão. Porém, foi observado para o ácido hexanóico um rendimento abaixo do obtido pela metodologia DIC/DMAP sem IMO. Assim, decidiu-se aquecer a reação a 70 °C para observar se haveria um aumento na formação do produto. Todos os ésteres obtidos foram caracterizados utilizando espectroscopia de IV, RMN de 1H e 13C e espectrometria de massas. Alguns sinais observados nos espectros no IV e de RMN de 1H e
13
C são
fundamentais para a caracterização e confirmação da formação dos ésteres graxos:
a) deslocamento do sinal do hidrogênio (H2) ligado ao carbono carbinólico para região mais desblindada do espectro em relação ao borneol (Figura 9, pág. 43);
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
43
b) aparecimento do espectro de RMN de
13
C dos sinais correspondentes ao
carbono carbonílico do éster (~174 ppm) e a cadeia alifática do ácido (~29 ppm); c) presença de uma banda intensa no espectro no IV, referente ao estiramento da ligação C=O de éster (~1730 cm-1).
Nos espectros de todos os derivados graxos sintetizados foi possível observar os sinais característicos que comprovavam a obtenção do produto desejado (Tabela 2,
H
H
O
OH
4.000
5.058
R
1.00
4.050
5.074 5.068
O
1.00
4.100 ppm (t1)
5.107 5.084
Éster
5.124 5.117
5.134
Borneol
3.997 3.989 3.982
4.039 4.031
pág. 44). Todos os compostos obtidos são inéditos na literatura.
3.950
3.900
5.200 ppm (t1)
5.150
5.100
5.050
5.000
Figura 9: Deslocamento de sinal do hidrogênio H2 observado quando ocorre formação do éster.
Como os ésteres de cadeia graxa apresentam grande similaridade estrutural, será discutida detalhadamente apenas a caracterização dos ésteres derivados do ácido succínico. A caracterização dos demais produtos foi feita de modo semelhante e seus dados espectroscópicos encontram-se descritos no item 1.1.3 (pág. 16).
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
44
Tabela 2: Dados de RMN e de IV dos ésteres 1 – 10 RMN de 1H
RMN de 13C
IV
H (ppm)
C (ppm)
(cm-1)
H-C-O
C=O
C=O
1
4,92-4,85 (ddd)
174,1
1732
2
4,92-4,85 (m)
174,2
1732
3
4,92-4,85 (ddd)
174,2
1710
4
4,92-4,85 (ddd)
174,0
1736
5
4,92-4,85 (m)
174,1
1734
6
4,92-4,85 (ddd)
174,2
1734
7
4,92-4,85 (ddd)
174,1
1734
8
4,93-4,89 (m)
172,3
1738
9
4,94-4,87 (ddd)
172,4
1730
10
4,94-4,86 (ddd)
173,5
1732
Composto
Para todos os ésteres sintetizados, foi utilizado excesso do ácido numa quantidade três vezes maior que o álcool. Porém, para o ácido succínico foram avaliadas outras quantidades de reagente, uma vez que este substrato apresenta dois grupos carboxila passíveis de esterificação. Portanto, devido à possibilidade de ocorrerem a adição do álcool em ambas carboxilas do ácido, decidiu-se utilizar primeiro um excesso do álcool em relação ao ácido (Condição 1, Tabela 3, pág. 45). Nesta reação, foi observada a formação de dois produtos. Um deles apresentou um Fator de Retenção (Rf) maior que o Borneol (material de partida) e o outro um Rf menor que o Borneol.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
45
Tabela 3: Condições de reação usada na tentativa de obtenção do éster derivado do ácido succínico
Condição
Solvente
Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido (mmol)
Rend. (%)
Produto
1
CH2Cl2
26 h
T. a.
DIC/DMAP
2
1
20
9
2
CH2Cl2
26 h
T. a.
DIC/DMAP
1
5
35
8
4
Tolueno
46 h
Refluxo
SOCl2
2
1
8
9
5
-
3 min
70 °C
1
3
0
-
6
-
3 min
25 °C
1
3
2 e 20
9 e 10
7
-
5 min
25 °C
1
3
17 e 17
9 e 10
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
Após purificação em coluna cromatográfica foi possível isolar apenas o composto que apresentou maior Rf. Este se apresentou como óleo incolor, solúvel em
clorofórmio. O espectro na região do IV (Figura 10, pág. 46) de 9 apresenta bandas em 2956 cm-1 característica de estiramento assimétrico da ligação CH de grupos CH2 de compostos alifáticos. A banda em 1730 cm-1 é característica de estiramento de ligação dupla CO de éster. Não foi observada nenhuma banda correspondente a estiramento OH, ou CO de ácido. Para espectros obtidos com pastilha de KBr, pode-se observar uma banda larga em torno de 3400 cm-1, que caracteriza estiramento OH de água, uma vez que o KBr é muito higroscópico, sendo muito difícil mantê-lo seco (BARBOSA, 2007). Isto foi observado no espectro do éster 9, onde verificamos uma banda em 3446 cm-1. Na expansão do espectro de RMN de 1H (Figura 11, pág. 46) de 9 observou-se um duplo dupleto duplo (ddd) em H 4,94-4,87 (J1 = 2,2, J2 = 3,2, J3 = 10), integrando para um hidrogênio, que foi atribuído ao hidrogênio do carbono carbinólico H2, que acopla com os hidrogênios H6, H3 e H3 respectivamente (Figura 24, pág. 58). Em H 2,66 observou-se um simpleto, integrando para dois hidrogênios. Este sinal foi atribuído aos hidrogênios metilênicos H12 e H12’ vizinhos à carbonila.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 8
9 7
10
75
O
6
70
46
4'
2
1
O
11
O
4
1'
12'
6'
2'
65
O
10'
7' 9'
60
8'
826 888
55
980
45 40 35
10
1156
2956
1212
15
1022
1352
20
1140
1386
2876
25
1112
30
1242
1456
3446
%Transmittance
50
5 1730
0 3800
3600
3400
3200
3000
2800
2600
2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1)
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
0.950 0.932 0.897 0.827 0.869
1.018 1.001
0.975
1.184 1.164
1.212
1.241
1.272 1.255
1.287
1.293
1.340
1.351
1.363
1.598
1.689 1.667 1.646
1.776 1.755 1.737 1.717
1.800
1.859
1.887
1.912
1.994
1.984 1.949 1.929 4.867
4.883 4.878
2.307 2.289 2.267 4.894
4.933 4.928
4.917
2.376 2.357 2.337 2.317 4.944
3.40 3.00 3.14
2.425 2.407 2.385
1.60
2.652
Figura 10: Espectro na região do IV do éster 9 (KBr).
1.00
4.950
4.900
4.850
4.800
ppm (t1)
2.00
3.36
3.97
1.10
1.90 2.50
1.50
1.00
ppm (t1)
Figura 11: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do composto 9 em CDCl3.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol A análise do espectro de RMN de
47
13
C e do subespectro DEPT135 (Figuras 76 e
77, pág. 125) indicou a presença de 12 sinais, sendo dois referentes à carbono metínico, quatro à carbono metilênico, três à carbono metílico e três à carbono não hidrogenado. O fato do espectro de RMN de
C apresentar apenas um sinal em C 172,4
13
permite sugerir que o éster 9 apresentou esterificação em ambas as carbonilas do ácido succínico, uma vez que não foi observado nenhum sinal de carbono carboxílico de ácido no RMN de 13C. A presença de apenas um sinal integrando para 2 hidrogênios em H 2,66 também confirma essa hipótese, uma vez que o produto dissubstituído leva à um composto simétrico, onde ambos hidrogênios (H12 e H12’) teriam um mesmo deslocamento (simpleto) no espectro de RMN de 1H. Para confirmação da estrutura do composto obtido foi importante a utilização da espectrometria de massas de alta resolução com ionização por electrospray (HRMSESI) em modo positivo. Este experimento mostrou a presença de um pico de massa sobre carga (m/z) para o íon [M + Na]+: 403,2700, que está bem próximo da massa exata teórica [M + Na]+: 403,2668, erro: 7,7 ppm, o que confirmou a estrutura proposta para 9 (Figura 12). Assim, após análise, verificamos que o espectro de RMN de 1H (Figura 11, pág. 46) para a substância 9 não estava com as integrais de acordo com a estrutura proposta. Portanto, os valores das integrais dos sinais foram dobrados (Figura 75, pág. 124), já que a molécula apresenta plano de simetria, e por isso, os sinais dos hidrogênios são equivalentes entre si. O composto 9 também foi obtido quando se utilizou o SOCl2, porém com rendimento inferior ao obtido com DIC/DMAP (Entrada 4, Tabela 3, pág. 45). 8
9 7
10 O
6
1 4
4'
2 O O
11
1'
12'
6'
2' O
10'
7' 9'
8'
Figura 12: Estrutura do composto 9.
Para avaliar o efeito da concentração do ácido na obtenção do éster, utilizou-se uma concentração maior deste em relação ao álcool (Condição 2, Tabela 3, pág. 45). A
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
48
reação também ficou por 26 horas à temperatura ambiente e obteve-se um produto (8) com 35% de rendimento. O produto 8 apresentou-se como sólido branco, com Rf menor que o borneol e faixa de fusão de 50-52 °C. No espectro no infravermelho (IV) (Figura 13) de 8 observou-se uma banda intensa em 1738 cm-1 característica do estiramento de ligação C=O de éster e uma banda também intensa em 1714, característica de estiramento de ligação C=O de ácido. Em 3448 cm-1 observou-se uma banda larga, característica de estiramento da ligação O-H. Em 1328 cm-1 foi observado uma banda intensa referente ao estiramento da ligação C-O.
65
8
9 7
60
10 O
55
6
2
1
50
O
4
11
OH
13
45
O 804 642
35 30
926
%Transmittance
40
1114
1018
3448
20
996
25
15 1422
3600
3400
3200
3000
2800
2600
2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1)
1800
1600
1400
1160 1182
3800
1328
5
1714 1738
2882 2928 2954 2988
10
1200
1000
800
600
Figura 13: Espectro na região do IV do éster 8 (KBr). A análise do espectro de RMN de 1H (Figura 14, pág. 49) de 8 mostrou a presença de um multipleto em H 4,93-4,89, integrando para um hidrogênio, o qual corresponde ao hidrogênio H2 do carbono carbinólico. Em H 2,67 observou-se a presença de um sinal largo, integrando para quatro hidrogênios, correspondendo aos hidrogênios H12 e H13.
0.996
0.897 0.000 0.822 0.871
1.157
1.012
1.208
1.176
1.260
1.231
1.351 1.286
1.672
1.653
1.738
1.692
1.842
1.757
1.896
1.872
1.931
1.914
2.268
49
1.974
2.315
2.288
2.355
2.337
2.406
2.383 2.377
2.672
2.423
8
4.886
4.934
4.934
4.886
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
9 7
10 O
6
2
1
O
4
11
OH
13 O
1.00
5.050 5.000 ppm (t1)
4.950
4.900
4.850
4.800
4.750
3.19 3.17 2.91 0.96
2.0
2.72
3.0
3.44
4.0
1.14
4.34
1.00 5.0 ppm (t1)
1.0
0.0
Figura 14: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 8 em CDCl3. O espectro de RMN de
13
C e subespectro DEPT135 (Figuras 73 e 74, págs. 123
e 124) indicou a presença de 14 sinais, sendo dois referentes à carbono metínico, cinco à carbono metilênico, três à carbono metílico e quatro à carbono não hidrogenado. Observou-se a presença de dois sinais de carbono carbonílico, em C 178,1 e 172,3, o que evidenciou a formação do éster em apenas uma carboxila do ácido succínico. A análise do espectro de massas de alta resolução com ionização por electrospray (HRMS-ESI) em modo negativo de 8 confirmou a estrutura proposta. O experimento mostrou a presença de um pico de massa sobre carga (m/z) para o íon [M - H]-: 253,1428, que está bem próximo da massa exata teórica [M - H]-: 253,1440, erro: 4,6 ppm. A síntese do éster derivado do ácido succínico através da metodologia utilizando DIC/DMAP com uso da IMO também forneceu compostos diferentes (Condições 6 e 7, Tabela 3, pág. 45). Quando a reação foi aquecida a 70 °C (Condição 5), não houve formação de nenhum produto e observamos decomposição do ácido, uma vez que a reação tornou-se escura e na placa cromatográfica visualizou-se a mancha
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
50
correspondente apenas ao borneol. Assim, a síntese foi novamente realizada, sob temperatura ambiente, variando-se apenas o tempo de reação. A irradiação usando apenas 3 minutos (Condição 6, Tabela 3, pág. 45) forneceu 2 produtos, com 20% e 2% de rendimento. O produto minoritário foi identificado através dos dados de RMN 1H e
13
C do como sendo o composto 9. O produto obtido em maior
quantidade (10), após a caracterização através de RMN de 1H,
13
C e DEPT-135,
apresentou sinais que não eram compatíveis com nenhum dos compostos esperadas (compostos 8 e 9). O composto 10 foi obtido como um óleo transparente e solúvel em clorofórmio. O espectro na região do IV (Figura 15, pág. 51) de 10 apresenta absorção em 3314 cm1
característica de estiramento de ligação NH de amida, em 2970 cm-1 característica de
estiramento assimétrico da ligação CH de grupos CH3, em 2878 cm-1 característica de estiramento simétrico da ligação CH de grupos CH2 de compostos alifáticos, em 1732 cm-1 característica de estiramento de ligação C=O de éster, em 1704 e 1662 cm-1 característica de estiramento da ligação C=O de amida e de deformação angular da ligação NH, em 1524 cm-1 características de deformação angular da ligação NH de grupo amida, em 1456 e 1386 cm-1 características de deformação angular de CH2 e CH3 (BARBOSA, 2007). No espectro de RMN de 1H de 10 (Figura 16 e 17, págs. 51 e 52) observou-se um sinal largo em H 7,62, integrando para 1H, um duplo dupleto duplo em H 4,94-4,86 (J1 = 2,2, J2 = 3,3, J3 = 10); integrando para 1H, característico de hidrogênio ligado a carbono carbinólico (H2); um hepteto em H 4,42 (J = 6,8), integrando para 1H, um octeto em H 3,98 (J = 7), integrando para 1H. Observou-se ainda, três simpletos em H 0,90, 0,87 e 0,82, correspondentes a três metilas e dois dupletos em H 1,38 (J = 6,6) e 1,19 (J = 6,6), integrando para seis hidrogênios cada, correspondentes a quatro metilas. Também verificou-se a presença de cinco multipletos em H 2,41-2,25, 1,931,84, 1,79-1,72, 1,69-1,65, 1,31-1,24, todos integrando para 1H; houve também, um duplo dupleto em H 1,02-0,95 (J1 = 3,3, J2 = 10,2), integrando para 1H.
6 4 1 O
11 12
9
13 O
10
14
18
N
O
15 20
2 N
1000
2.0
Figura 16: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 10 em CDCl3.
3.28 2.90 2.93 1.33
3.20 3.38 2.26 3.32 3.11
1.53 1.34
ppm (t1)
1.719 1.691 1.673 1.652 1.399 1.366 1.310 0.871 0.935 1.004 1.210 1.277 1.269 0.922 1.255 1.177 0.899 0.968 1.239 0.823 1.298 0.953 1.022 1.290
1200
1.758 1.741
1.792 1.779
1400
1.843
1.872
1600
1.24
3.0
1.933 1.913 1.896
1800
2.253
2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1)
1.12
4.0
2.371 2.361 2.342 2.322 2.302 2.293 2.275
2.410 2.393
2.730
3.864
2600
4.02
5.0
3.897
2800
3.930
3.964
3.999
4.032
4.065
3000
1.12
6.0
4.321 4.100
4.355
4.388
4.422
4.456
3200
1.11
1.00
1.09
7.0
3400 1162 1138 1170 1180 1252 1300 1366 1386 1456 1524
7
3600 1662 1704 1732
8 4.490
15
1022 1114
5 2878
0 2956 2970
3800
4.524
20 996
%Transmittance
40
800
17 18 H
16 19
O
19
1.0
600
Figura 15: Espectro na região do IV do éster 10 (NaCl). 444
640
30 814
25 982
10 3314
7.634 7.631 7.625 7.616 7.269 7.606 4.938 4.927 4.921 4.911 4.888 4.877 4.872 4.861
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 51
55
50
45
35
400
8
9 7
18 10
3.897
3.864
3.964
3.930
4.032
3.999
4.100
4.065
4.355
4.321
4.422
4.388
4.490
4.456
4.524
1
1.366
1.310 1.298 0.968 1.177 0.922 1.004 1.255 1.210 0.871 1.290 0.953 0.823 1.239 0.899 1.277 1.022 0.935 1.269
1.652
1.399
1.691
18 17
O
6
1.673
1.741
1.719
1.779
1.758
1.843 1.792
1.896
1.872
1.933
1.913
2.275
52
2.253
2.302 2.293
2.342
2.322
2.371 2.361
2.410
2.393
3.864
2.730
3.930
3.897
3.999
3.964
4.065
4.032
4.456 4.422 4.388 4.355 4.321 4.100
4.911 4.938 4.888 4.927 4.921 4.877 4.872 4.861 4.524 4.490
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
H
2 12 O
4
11
13
14
N
O
15
19
N
20
16
O
19
1.12
1.11
4.50
4.40
4.30
4.20
4.10
4.00
3.90
ppm (t1)
3.28 2.90 2.93 1.33
2.0
3.20 3.38 2.26 3.32 3.11
1.53 1.34
3.0
1.24
1.12
4.0
4.02
1.12
1.11
1.00 5.0 ppm (t1)
1.0
Figura 17: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 10 em CDCl3. A análise do espectro de RMN de
13
C (Figura 18, pág. 53) e do subespectro
DEPT-135 (Figura 19, pág. 53) de 10 indicou a presença de 18 sinais de carbono, sendo dois sinais com intensidades bem diferentes, isto fica nítido no espectro DEPT135. Destes, cinco sinais correspondem a carbono metílico, cinco a carbono metilênico, quatro a carbono metínico e quatro a carbono não hidrogenado. Os sinais em C 173,5 (CO), 172,2 (CO) e 154,0 (CO) foram atribuídos a carbono carbonílico e o sinal em C 80,5 foi atribuído a um carbono carbinólico. Os sinais mais intensos em C 22,4 e C 20,8 foram atribuídos a dois carbono metílico cada um. A observação no espectro de RMN de 1H dos sinais em H 7,62, 4,42 e 3,98 que não estão presentes no espectro dos compostos 8 e 9, aliado à presença de dois sinais de carbono metílico em C 22,4 e C 20,8, dois sinais de carbono metínico em C 42,8 e C 45 e três sinais de carbono carbonílico em C 173,5, 172,3 e 154 no espectro de RMN de
13
C, sugeriu um composto totalmente diferente dos compostos 8 e 9.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
53
Procedeu-se, então, a uma análise detalhada dos espectros de RMN 1D e 2D de 10 a
8
9 7
18 10
12 O
4
-0.00000
13.481
18.855
19.718
20.788
22.424
27.173
28.038
29.845
44.972 42.843 36.636 30.478
47.877
48.901
76.402
H
2
1
77.037
18 17
O
6
77.672
80.504
153.976
172.177
173.518
fim de se elucidar a estrutura química do composto obtido.
11
13
14
O
N
15
19
N
20
16
O
19
150
100
50
0
ppm (t1)
80 ppm (t1)
70
60
50
40
30
-0.00000
18.854 13.480
20.789 19.718
22.423
27.174
29.844 28.037
30.477
36.637
42.843
44.971
47.857
80.505
Figura 18: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 10 em CDCl3.
20
Figura 19: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 10 em CDCl3.
10
0
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
54
No mapa de correlações HSQC (Figura 20), o sinal em H 4,90 mostrou correlação com o sinal em C 80,5. Esses sinais foram atribuídos a H2 e C2. Os sinais de hidrogênio de H3 a H10 foram atribuídos aos seus respectivos átomos de carbono no mapa de contornos HSQC (Figuras 20 e 21, pág. 55), após comparação com dados de RMN de
13
C descritos na literatura (BRIGGS et al., 1971) para o borneol (Tabela 4,
pág. 59). As correlações feitas para os sinais de carbono do anel bicíclico foram: o sinal em C 36,6 (C3) mostrou correlação com sinal em H 2,32 e 0,98 (H3), sinal em C 45,0 (C4) mostrou correlação com sinal em H 1,67 (H4), sinal em C 28,0 (C5) mostrou correlação com sinal em H 1,74 e 1,23 (H5), sinal em C 27,2 (C6) mostrou correlação com sinal em H 1,90 e 1,29, sinal em C 18,8 (C8) mostrou correlação com sinal em H 0,90, sinal em C 19,7 (C9) mostrou correlação com sinal em H 0,87 e, por fim, sinal em C 13,5 (C10) mostrou correlação com sinal em H 0,82 (H10).
10
20
30 C-3/H-3
C-12/H-12 C-13/H-13
C-16/H-16
40
C-17/H-17 50
8
9 7
18 10
6
C-2/H-2
1 4
60
18 17
O
H
2 12 O
11
13
14
O
N
15
19
N
20
70
16
80
O
19
90 ppm (t1)
5.00 ppm (t2)
4.50
4.00
3.50
3.00
2.50
Figura 20: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
55
A partir dos sinais atribuídos de C1 a C10 procedeu-se a análise do mapa de contornos HMBC (Figuras 22 e 23 págs. 56 e 57) para atribuição dos sinais de carbono restantes na molécula. O sinal em H 4,90 (H2) apresentou correlação com os sinais em C 27,2 (C6) (Figura 22, pág. 56) e C 173,5 (C11) (Figura 23 pág. 57). No mapa de contornos HMBC o sinal em C 173,5 (C11) apresentou correlação com o sinal em H 2,73. O sinal de hidrogênio em H 2,73 também apresentou correlação com um carbono carbonílico em C 172,2 (C14) (Figura 22, pág. 56). No mapa de contornos HSQC foram atribuídos os sinais para os carbonos metilênicos C12 e C13 em H 2,73 (Figura 21).
8
9 7
18 10
18
6
1 4
10
17 O
H
2 12 O
11
13
14
O
N
15
19
N
20
C-10/H-10
16
C-8/H-8
O
19
20 C-9/H-9
C-18/H-18 C-19/H-19 C-6/H-6
C-5/H-5
C-6/H-6 C-5/H-5
30
C-12/H-12 C-13/H-13 C-3/H-3
C-3/H-3
40
C-4/H-4
50 ppm (t1) 2.50
2.00
1.50
1.00
ppm (t2)
Figura 21: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
56
No mapa de contornos HMBC, o sinal do carbono carbonílico em C 172,2 (C14) apresentou correlação com o sinal em H 4,42 (H17). O sinal de hidrogênio H17 também apresentou correlações com um carbono metílico em C 20,8 (C18) e com um carbono não hidrogenado em C 154,0 (C15) (Figura 22). No mapa de contornos HSQC foi atribuído o sinal para H18 em H 1,38 (Figura 21, pág. 55) e para o carbono metínico C17 em C 47,9. No mapa de contornos HMBC, o sinal em H 3,98 (H16) correlacionou-se com o sinal do carbono metílico em C 22,4 (C19) (Figura 22). No mapa de contornos HSQC foram atribuídos os sinais para H19 em H 1,19 e para o carbono metínico C16 em C 42,8 (Figura 21, pág. 55).
0 H-6/C-5 H-2/C-6
H-17/C-18 H-16/C-19 H-12/C-13
H-13/C-12 50 H-5/C-6
8
9 7
18 10
18
6
1 4
100
17 O
H
2 12 O
11
13
14
O
N
15
19
N
20
16
O
19
150 H-17/C-15 H-17/C-14
H-12 e H13/ C-11 e C-14 ppm (t1)
5.0 ppm (t2)
4.0
3.0
2.0
1.0
Figura 22: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
57
No mapa de contornos COSY (Figura 24, pág. 58), o sinal de hidrogênio em
H7,62 (H20) apresentou correlação com o sinal em H3,98 (H16). O sinal de hidrogênio em H4,90 (H2) apresentou correlação com os sinais de hidrogênio em
H2,32 (H3) e H0,98 (H3). O sinal em H4,42 (H17) apresentou correlação com o sinal em H1,38 (H18). O sinal de hidrogênio em H3,98 (H16) apresentou correlação com o hidrogênio em H1,19 (H19). O sinal de hidrogênio em H2,32 (H3) apresentou correlação com o sinal de hidrogênio em H1,67 (H4).
165.0
8
9 7
18 10
18 17
O
6
1 4
H
2 12 O
11
13
14
O
N
15
19
N
170.0
20
16
O
19
H-17/C-14 H-2/C-11 175.0
ppm (t1) 4.90
4.80
4.70
4.60
4.50
4.40
ppm (t2)
Figura 23: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
58
0.0 H-2/H-3
H-16/H-19
H-2/H-6
H-17/H-18
1.0 H-3/H-4
2.0
H-2/H-3 3.0
4.0 H-20/H-16 5.0
6.0
7.0
8.0 ppm (t1) 7.0
6.0
5.0
4.0
3.0
2.0
1.0
ppm (t2)
Figura 24: Mapa de contornos COSY (400 MHz) do composto 10 em CDCl3. Devido ao alto valor de deslocamento do hidrogênio H20 ( H7,62), ao desdobramento do seu sinal no espectro de RMN de 1H (sinal largo) e bem como o fato do seu sinal não apresentar correlação com nenhum carbono no mapa de contornos HSQC, pode-se inferir que H20 está ligado a um átomo de nitrogênio. Assim, após análise dos espectros de RMN 1D e 2D do composto 10, chegou-se nos seguintes fragmentos do produto: 8
9 7
H
10
18
O
6
1 4
18 17
2 O
11
12
13
14 ? O
Figura 25: Fragmentos do composto 10.
15
O
N 20
19 16 19
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
59
Através da análise dos fragmentos encontrados para o composto 10, observouse que os grupos isopropila presentes nessa molécula só poderiam ter se originado do reagente DIC. Sabendo-se que pode ocorrer o rearranjo do intermediário 1,3 O-acilisouréia, resultando na N-acil-isouréia (Esquema 2, pág. 37), foi proposta a estrutura abaixo para o composto 10 (Figura 26), que está de acordo com todos os dados de RMN encontrados. 8
9 7
18 10
18 17
O
6
1
H
2 O
4
11
12
13
14
O
N
15
19
N
20
O
16 19
Figura 26: Estrutura proposta para o composto 10.
Tabela 4: Dados de RMN 1D e 2D (400 MHz, CDCl3) do composto 10 e comparação com dados de RMN 13C do borneol Nº
Borneol
Composto 10
Tipo de carbono
1
47,8
47,9
C
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
77,3 38,7 44,9 28,1 25,7 49,3 18,5 20,0 13,1
80,5 36,6 45,0 28,0 27,2 48,9 18,8 19,7 13,5 173,5 29,8 30,5 172,2 154,0 42,8 47,9 20,8 22,4
CH CH2 CH CH2 CH2 C CH3 CH3 CH3 C CH2 CH2 C C CH CH 2CH3 2CH3
H
HMBC
COSY
4,94-4,86 2,41-2,25; 1,02-0,95 1,69-1,65 1,79-1,72; 1,31-1,24 1,93-1,84; 1,31-1,24
6
3
5
0,90 0,87 0,82 2,73 2,73
3,98 4,42 1,38 1,19
11, 13, 14 12, 14
19, 20 18, 15, 14 17
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
60
Foi observado que o aumento no tempo de irradiação para 5 minutos (Condição 7, Tabela 3, pág. 45) também forneceu 2 produtos, ambos com 17% de rendimento. Um dos produtos apresentou Rf maior que o borneol e, após a caracterização através de RMN de 1H,
13
C e DEPT135, pode-se concluir que se tratava do composto 9. O
segundo composto, apresentou Rf menor que o borneol e após comparação com dados de RMN de 1H,
13
C e DEPT-135 verificou-se que o produto era correspondente
ao composto 10. Portanto, um aumento no tempo de radiação aumentou a proporção do produto dissubstituído em relação ao produto obtido por rearranjo. Isto possivelmente ocorre, pois, o aumento no tempo de irradiação favorece uma maior dispersão do DMAP no meio reacional, o que diminui a ocorrência de reações paralelas.
1.2.3 Síntese e caracterização dos ésteres aromáticos
Na síntese dos ésteres aromáticos foram utilizados nove ácidos, sendo oito com anel arila, contendo diferentes substituintes doadores e retiradores de densidade eletrônica no anel, e um com anel piridímico. A partir destes ácidos sintetizou-se 10 compostos. Os rendimentos obtidos para os ésteres variaram de 10 a 84%, utilizandose DIC/DMAP sem IMO (Tabela 1, pág. 41). Quando foi utilizada a metodologia do cloreto de tionila, os rendimentos foram muito inferiores (3 a 35%). O Uso de DIC/DMAP com IMO forneceu bons rendimentos (6 a 81%) e menor tempo de reação (3 e 5 minutos) quando comparados com cloreto de tionila (17 a 100 horas) e DIC/DMAP sem IMO (1 a 96 horas). Os
ésteres
aromáticos
foram
caracterizados
por
espectroscopia 1
Infravermelho (IV), Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de H,
no
13
C, subspectro
DEPT135, ponto de fusão (quando aplicado) e espectrometria de massas de alta resolução. Os sinais característicos do espectro no IV e de RMN que comprovaram a formação dos produtos estão descritos na Tabela 5 (pág. 61) e se caracterizam por:
a) deslocamento do sinal do hidrogênio (H2) ligado ao carbono carbinólico do borneol para região mais desblindada do espectro;
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
61
b) aparecimento no espectro de RMN de 1H dos sinais correspondentes aos hidrogênios do anel aromático; c) aparecimento do espectro de RMN de
13
C dos sinais correspondentes ao
carbono carbonílico do éster (~166 ppm) e os sinais correspondentes aos carbonos aromáticos; d) presença de uma banda intensa no espectro no IV, referente ao estiramento da ligação C=O de éster (~1710 cm-1). Tabela 5: Dados de RMN e de IV dos ésteres 11 – 20 RMN de 1H
RMN de 13C
IV
H (ppm)
C (ppm)
(cm-1)
H-C-O
C=O
C=O
11
5,16-5,08 (ddd)
166,8
1714
12
5,13-5,05 (ddd)
166,6
1712
13
4,85-4,80 (m)
156,3
1708
14
5,13-5,06 (ddd)
166,6
1710
15
5,12-5,07 (m)
166,4
1708
16
5,27-5,20 (m)
162,7
1723
17
5,28-5,23 (m)
168,3
1710
18
5,19-5,12 (ddd)
165,5
1718
19
5,10-5,02 (ddd)
166,9
1681
20
5,11-5,03 (ddd)
164,5
1722
Composto
Na síntese dos ésteres aromáticos também foi verificada a formação de subproduto quando se utilizou irradiação de micro-ondas para obtenção do éster derivado do ácido p-metoxibenzoico. De acordo com a Tabela 6 (pág. 62), quando se utilizou a temperatura de 70 °C (Condição 4), foi verificada a formação de mais de um produto (Esquema 6, pág. 62).
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
62
8
+
HO 3
OH
OMe O
3 DIC DMAP (cat) 5 min IMO 70°C
9 7
6
10
O 13'
2
1
O
4
+
14'
11
15
13
12
14
13 13% de rendimento
OMe 16
15% de rendimento
Esquema 6: Reação de obtenção do derivado do ácido p-metoxibenzoico.
Tabela 6: Condições de reação usada na tentativa de obtenção do éster derivado do ácido p-metoxibenzoico Condição Solvente Tempo
Temp.
Metodologia
Borneol (mmol)
Ácido Rend. Produto (mmol) (%)
1
CH2Cl2
24 h
T. a.
DIC/DMAP
1
3
30
12
2
Tolueno
31 h
Refluxo
SOCl2
1
3
5
12
3
-
3 min
130 °C
1
3
56
12
4
-
5 min
70 °C
1
3
15 e 13
12 e 13
5
-
5 min
130 °C
1
3
50
12
DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO DIC/DMAP com MO
No espectro de RMN de 1H do produto majoritário (12) (Figura 27, pág. 63) verificou-se a presença de um duplo dupleto duplo em H 5,13-5,05 (J1 = 2,2, J2 = 3,2, J3 = 10), integrando para um hidrogênio, atribuído ao hidrogênio do carbono carbinólico (H2). Em H 8,02 (J = 9 Hz), observou-se um dupleto, integrando para dois hidrogênios, o qual corresponde aos hidrogênios do anel aromático (H13 e H13’). Em H 6,93 (J = 8,8 Hz), verificou-se a presença de um dupleto, integrando para dois hidrogênios, que foi atribuído aos hidrogênios H14 e H14’ do anel aromático. O simpleto em H 3,86, integrando para três hidrogênios, corresponde aos hidrogênios H16 do grupo metoxila. O espectro de RMN de
13
C (Figura 85, pág. 129) revelou a presença de
dezesseis sinais, sendo dois destes sinais com maior intensidade, e o subespectro de 13
C DEPT135 (Figura 86, pág. 130) mostrou a presença de onze sinais. Assim, a
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
63
molécula apresentou quatro sinais correspondentes a carbono metílico, três a carbono metilênico, quatro a carbono metínico e cinco a carbono não hidrogenado. Portanto, a análise dos espectros não deixaram dúvidas quanto a obtenção do produto desejado
1.388 1.349 1.317 1.308 1.288 1.256 1.222 1.152 1.134 1.083 1.066 0.907 0.964
1.453
1.442
1.725
1.635
5.052
1.774
1.747
5.078
5.068 5.063
1.813
1.795 5.102
5.128
5.117 5.112
1.849
1.834
2.057
1.880
2.112
2.086
2.150
7.261
6.950 6.906
1.00
2.10
2.13
8
2.130
2.404
2.383 2.193
2.432
2.422
2.472
2.452 8.039 7.994
2.500 2.491
2.540
2.522
3.862
12.
9 7
6
10 1
8.00
O
7.50
7.00
ppm (t1)
5.150
5.100
5.050
5.000
ppm (t1)
13'
2 O
14'
11
4 15
13 14
OMe
16
6.02 3.15
1.43
1.50
1.20
1.38
2.00
1.12
2.50
0.95
3.00
1.09
1.06
3.14 3.50
1.00
ppm (t1)
Figura 27: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 12 em CDCl3. Após a obtenção dos espectros de RMN de 1H, 13C e DEPT135 (Figuras 28, 29 e 30, págs. 64 e 65) do composto obtido com menor rendimento (13), observou-se que estes não apresentavam sinais correspondentes aos hidrogênios e carbono aromáticos; no entanto, apresentavam os sinais referentes ao borneol esterificado, indicando a formação de um subproduto. No espectro de RMN de 1H de 13 (Figura 28, pág. 64) observou-se a presença de um multipleto em H 3,91-3,68, integrando para um hidrogênio, cujo sinal não era compatível com a estrutura esperada de 12. Verificou-se um dupleto em H 1,16 (J = 6,4 Hz), integrando para seis hidrogênios, indicando a presença de duas metilas. Também se observou a presença um sinal largo em H 4,48, integrando para um hidrogênio e a ausência do sinal dos hidrogênios do anel aromático e da metoxila.
50
18.854 13.462
19.747
23.108
27.218
1.50
13'
H
1.819
1.887 1.849
1.945
2.258
2.278
2.305
2.326
2.344
2.372
2.395
2.411
3.683
3.714
3.747
3.781
3.815
3.848
3.881
3.908
4.489 4.483
4.851 4.813 4.803
1.035 0.981 0.966 0.902 0.863 0.845
1.051
1.146
1.178
1.228
1.256
1.634
1.654
1.674
1.707
1.728
2.70 3.00 2.88
2.00
1.33
100 2.50
6.15
3.00
2.37
3.50
12
28.113
N
36.886
14
45.015 43.080
2
1.795 1.791 1.748
13
1.26
4.00
11
47.770
4 O
48.798
1
76.365
O
0.85
150
9
1.18
4.50
10
77.000
7
77.635
8
1.01
Figura 29: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 13 em CDCl3.
ppm (t1)
79.932
6
1.02
0.98
1.00
156.332
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 64
ppm (t1) 1.00
Figura 28: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 13 em CDCl3.
0
13.450
19.740 18.847
23.104
28.108 27.214
36.882
45.013 8
65
43.076
79.932
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
9 7
10
13
O
6
1 4
2 O
11
14 N
12
13'
H
80 ppm (t1)
70
60
50
40
30
20
10
Figura 30: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 13 em CDCl3. A análise do espectro de RMN de
13
C (Figura 29, pág. 64) e do subespectro
DEPT135 (Figura 30) de 13 indicou a presença de apenas treze sinais de carbono. Destes, quatro sinais correspondem a carbono metílico, três a carbono metilênico, três a carbono metínico e três a carbono não hidrogenado. O sinal intenso em C 23,11 foi atribuído a dois carbonos metílicos. Como os dados dos espectros de RMN de 1H e de
13
C indicavam a formação de
um éster diferente do já obtido (composto 12), procedeu-se a uma análise detalhada dos espectros de RMN 1D e 2D de 13 a fim de se elucidar a estrutura química do composto. Os sinais de carbono de 1 a 10 foram atribuídos por comparação com o material de partida (borneol) e estão descritos na Tabela 7 (pág. 71). Observou-se que o composto 13 apresentou apenas 13 sinais de carbono, sendo dez correspondentes ao anel bicíclico. Os sinais de hidrogênio de H1 a H10 foram atribuídos aos seus respectivos átomos de carbono no mapa de contornos HSQC, uma vez que os sinais de carbono do borneol já eram conhecidos. No mapa de correlações HSQC (Figura 31 e 32, págs. 66 e 67), o sinal em H 4,82 mostrou correlação com o sinal em C 79,9. Esses sinais foram atribuídos a H2 e
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
66
C2. O sinal em C 36,9 (C3) mostrou correlação com sinal em H 2,32 e 1,01 (H3), sinal em C 45,0 (C4) mostrou correlação com sinal em H 1,65 (H4), sinal em C 28,1 (C5) mostrou correlação com sinal em H 1,75 e 1,24 (H5), sinal em C 27,2 (C6) mostrou correlação com sinal em H 1,88 e 1,24, sinal em C 18,8 (C8) mostrou correlação com sinal em H 0,90 (H8), sinal em C 19,7 (C9) mostrou correlação com sinal em H 0,86 e, por fim, sinal em C 13,5 (C10) mostrou correlação com sinal em H 0,84 (H10).
10
20
C-6/H-6
C-5/H-5
C-3/H-3
40
C-12/H-12
C-4/H-4
8
9 7
1 4
50
60
10
13
O
6
30
70
2 O
11
14 N
12
13' 80
C-2/H-2
H
ppm (t1) 4.50
4.00
3.50
3.00
2.50
2.00
1.50
ppm (t2)
Figura 31: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 13 em CDCl3.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
8
67
9 7
10
13
O
6
1 4
10.0
2 O
11
14 N
12
13'
C-10/H-10
15.0
H
20.0 C-5/H-5 C-6/H-6 C-13/H-13
25.0
C-6/H-6 30.0
C-5/H-5
35.0
C-3/H-3 40.0 ppm (t1) 1.30
1.20
1.10
1.00
0.90
0.80
0.70
ppm (t2)
Figura 32: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 13 em CDCl3. No mapa de contornos HMBC (Figuras 33 e 34, pág. 68), o sinal do carbono em C 156,3 (C11) apresentou correlação com o sinal em H 4,82 (H2). O sinal de hidrogênio H2 também apresentou correlações com um carbono metílico em C 13,5 (C10) e com um carbono metilênico em C 27,2 (C6), conforme esperado. O sinal em H 1,16 (H13 e H13’) correlacionou-se com o sinal do carbono metílico em C 23,1 (C13 e C13’) e com o sinal do carbono metínico em C 43,1 (C12).
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
68
H-2/C-10
H-2/C-6
50
8
9 7
10
13
O
6
H-10/C-2
2
1
11
O
4
14 N
100
12
13'
H
150 H-2/C-11
ppm (t1)
5.0 ppm (t2)
4.0
3.0
2.0
1.0
Figura 33: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 13 em CDCl3.
10
H-9/C-8
20
H-10/C-8
H-13'/C-13 H-13/C-13' 30
40
H-13/C-12
H-8/C-1
50
H-10/C-1
ppm (t1) H-10/C-2 1.30 ppm (t2)
1.20
1.10
1.00
0.90
0.80
0.70
Figura 34: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 13 em CDCl3.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
69
No mapa de contornos COSY (Figura 35), o sinal de hidrogênio em H4,48 (H14) apresentou correlação com o sinal em H3,80 (H12) e este último por sua vez, correlacionou-se com os sinais da metila H13 e H13’ (H 1,16). O sinal de hidrogênio em H4,82 (H2) apresentou correlação com os sinais de hidrogênio em H 2,32 (H3) e 1,01 (H3). O sinal de hidrogênio em H2,32 (H3) apresentou correlação com o hidrogênio em H1,65 (H4).
0.0
H-2/H-3
1.0 H-12/H-13 e H-13' H-3/H-4
2.0
H-2/H-3 8
9 7
10
6
1
2 O
4
3.0
13
O
11
14 N
12
13'
4.0
H-14/H-12
H
5.0
ppm (t1) 5.0 ppm (t2)
4.0
3.0
2.0
1.0
0.0
Figura 35: Mapa de contornos COSY (400 MHz) do composto 13 em CDCl3. O sinal largo em H 4,48 (H14) corresponde a hidrogênio ligado a átomo de nitrogênio, uma vez que este sinal não apresenta correlação com nenhum carbono no mapa de contornos HSQC.
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
70
Após a análise dos mapas de contornos HSQC, HMBC e COSY foi possível definir a estrutura abaixo, do composto 13. 8
9 7
10
13
O
6
2
1 4
14
11
O
N
12
13'
H
Figura 36: Estrutura proposta para o composto 13.
A formação deste produto só pode ser justificada pela presença de água residual na reação. O intermediário 6 pode ter sofrido um ataque nucleofílico pelo borneol no carbono nitrogenado (altamente eletrofílico), originado o composto A (Esquema 7). Em seguida, há prototropismo e eliminação do ácido, conduzindo a formação do composto B, que por sua vez sofre hidrólise, levando a formação do composto C. Após a transferência de próton (prototropismo) neste intermediário, ocorre eliminação de isopropilamônio D e formação do éster 13. H
R 1
R
OH O
O
NH
N C
O
R
NH
C
NH NH
pt R
O
6
C
NH
O
R1
H
O
O
O
R1
RCOOH
-RCOOH
A H
NH O
C
1
R
pt
O
H H
C
R1
NH
NH
NH O
O
H2O N H
O 1
R
O R
C HN
Composto 13
HN
H H
C
O
1
C
+ H3N D
Esquema 7: Proposta de mecanismo para formação do composto 13.
B
Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol
71
O composto 13 também foi obtido na reação com ácido 3,5-dinitrobenzoico com 17% de rendimento e com o ácido 2-hidroxi-3,5-dinitrobenzoico, com 12% de rendimento (Tabela 1, pág. 41).
Tabela 7: Dados de RMN 1D e 2D (400 MHz, CDCl3) do composto 13 e comparação com dados de RMN 13C do borneol Nº
Borneol
Composto 13
Tipo de carbono
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
47,8 77,3 38,7 44,9 28,1 25,7 49,3 18,5 20,0 13,1
47,8 79,9 36,9 45,0 28,1 27,2 48,8 18,8 19,7 13,5 156,3 43,1 23,1
C CH CH2 CH CH2 CH2 C CH3 CH3 CH3 C CH 2CH3
H
HMBC
COSY
4,85-4,80 2,41-2,26; 1,01 1,67-1,63 1,79-1,71; 1,25-1,23 1,88; 1,25-1,23
6, 10, 11
3 4
0,90 0,86 0,84
1 8 1, 8
3,91-3,68 1,16
13, 13’, 12
13, 13’ 14
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
72
2 ESTUDO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA 2.1 Introdução Geral Os ésteres derivados do borneol foram submetidos aos seguintes estudos de atividade biológica:
atividade antimicrobiana (antibacteriana e antifúngica);
atividade antiproliferativa;
atividade anti-inflamatória;
atividade leishmanicida.
Para os testes realizados, não foram avaliadas as atividades de todos os ésteres, uma vez que os ensaios foram realizados de acordo com a disponibilidade dos laboratórios parceiros. Assim, muitas substâncias ainda não haviam sido sintetizadas e/ou caracterizadas, e por isso não foram enviadas para os estudos de atividade biológica. As estruturas, os rendimentos e as metodologias utilizadas para a obtenção dos compostos testados estão descritos na Parte Experimental, item 1.1.3, pág. 16.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
73
2.2 Atividade Antimicrobiana 2.2.1 Introdução
As infecções bacterianas e fúngicas são responsáveis por um enorme número de doenças e encargos sociais. Há milhões de pessoas afetadas por doenças infecciosas atribuídas a bactérias e fungos em todo o mundo (DANISHUDDIN et al., 2012). O grande marco no tratamento das infecções bacterianas ocorreu com a descoberta da penicilina, em 1928, por Alexander Fleming. Entretanto, o seu uso como agente terapêutico somente foi introduzido nos anos 1940. Após o processo de industrialização da penicilina, especialmente em consequência da Segunda Guerra Mundial, foi observado um rápido crescimento na descoberta e desenvolvimento de novos antibióticos (sintéticos e naturais) (WHO, 2013c; GUIMARÃES et al., 2010). Diversos antibióticos foram descobertos no período de 1940 a 1960. A maior parte foi obtida a partir de triagens de produtos naturais, como os -lactâmicos (cefalosporina),
aminoglicosídeos
(estreptomicina),
tetraciclinas
(clortetraciclina),
macrolídeos (eritromicina), entre outros. Neste mesmo período, apenas três derivados sintéticos foram introduzidos no mercado: isoniazida, trimetropim e metronidazol (GUIMARÃES et al., 2010). O período de 1960 a 1980 foi marcado pela entrada no mercado dos antibióticos semi-sintéticos, análogos aos antibióticos naturais já existentes. A maioria deles foram obtidos a partir de protótipos naturais microbianos, como derivados -lactâmicos (análogos de penicilina e cefalosporina, ácido clavulânico, aztreonam), análogos da tetraciclina e derivados aminoglicosídicos (gentamicina, tobramicina, amicacina). (FERNANDES, 2006; GUIMARÃES et al., 2010). A partir dos anos 1980 houve uma redução na identificação de novos protótipos antibióticos. Muitas publicações recentes têm documentado o fato de que, apesar dos problemas crescentes relacionados à resistência dos agentes patogênicos aos antimicrobianos, o número de novos antibióticos introduzidos no mercado tem mostrado uma queda acentuada ao longo das últimas décadas, com apenas cinco
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
74
novos agentes antibacterianos aprovados para uso clínico nos EUA entre 2003 e 2007 (MOELLERING JR, 2011). A falta de interesse dos grandes laboratórios farmacêuticos em agentes antibacterianos está relacionada a inúmeros fatores, incluindo a diversidade de antimicrobianos genéricos disponível no mercado, que ainda são considerados primeira opção de terapia por muitas autoridades de saúde pública. Além disso, a duração do tratamento com agentes antibacterianos é limitada, quando comparado a drogas utilizadas para o tratamento do câncer, doenças neurológicas ou cardiovasculares; o que significa uma menor rentabilidade para a indústria farmacêutica. Além disso, algumas doenças, em geral, apresentam medicamentos com preços mais elevados, como é o caso daqueles utilizados no tratamento do câncer (MOELLERING JR, 2011; BUSH et al., 2011). Além do declínio na descoberta de novos fármacos, outro grande problema associado à terapia antimicrobiana é o aumento crescente da resistência dos patógenos. Prescrições de antibióticos inadequados ou desnecessários, o uso excessivo de antibióticos na pecuária e na agricultura e a falta de adesão dos pacientes ao período de tratamento são os principais contribuintes para o surgimento de resistência a antibióticos (GLICKMAN E SAWYERS, 2012; BOLOGA et al., 2013). Devido à crescente ameaça de patógenos multirresistentes há uma necessidade cada vez maior de desenvolver novas terapias para o tratamento de doenças microbianas. Assim, buscando a identificação de novas substâncias com atividade antimicrobiana, os ésteres derivados do borneol foram submetidos a testes frente a diferentes micro-organismos.
2.2.2 Teste antimicrobiano
O teste foi realizado pelo grupo da Professora Drª Jacqueline Aparecida Takahashi no Laboratório Biotecnologia e Bioensaios, do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais. Para a realização dos experimentos foram utilizadas culturas das bactérias Gram-negativas Escherichia coli (ATCC 25922) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e bactérias Gram-positivas Staphylococcus
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
75
aureus (ATCC 25923) e Streptococcus sanguinis (ATCC 49456), e do fungo leveduriforme Candida albicans (ATCC 18804) (Figura 37).
Escherichia coli1
Staphylococcus aureus3
Pseudomonas aeruginosa2
Streptococcus sanguinis4
Candida albicans5
Figura 37: Fotos dos micro-organismos avaliados. Fonte:, acesso: 17/01/2014 1 http://www.wired.co.uk/news/archive/2013-04/23/e-coli-fuel 2 http://globalmedicaldiscovery.com/key-scientific-articles/the-effects-of-hyperosmosis-or-high-ph-on-adual-species-biofilm-of-enterococcus-faecalis-and-pseudomonas-aeruginosa-an-in-vitrostudy/attachment/pseudomonas-aeruginosa-bacteria-sem/ 3 http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=11181 4 http://stepha.myweb.uga.edu/strepsanguisjpg.jpg 5 http://albicans-candida.blogspot.com.br/2008/11/oi.html
2.2.2.1 Avaliação da atividade antimicrobiana em ensaio de CIM (Concentração Inibitória Mínima)
Os testes foram realizados em meio de cultura caldo BHI (Broth Heart Infusion) utilizando placas de 96 micropoços e um leitor de placa de Elisa (492 nm). Avaliou-se a inibição do crescimento dos micro-organismos desafiados comparando a turbidez do
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
76
meio com aquela obtida no meio em que não houve adição dos compostos (controle positivo: inóculo + meio BHI). Utilizou-se concentrações crescentes de cada uma das amostras testadas.
2.2.2.2 Metodologia As amostras foram pesadas e solubilizadas em dimetilsulfóxido (DMSO), resultando em uma solução com concentração de 12,5 mg/mL. Pipetaram-se 40 µL desta solução para um frasco contendo 960 µL de meio de cultura BHI (solução de trabalho). Foi preparado um pré-inóculo no qual as bactérias (leveduras) estocadas em tubos de ensaio foram transferidas com alça de platina e inoculadas em tubos de ensaios contendo 3,0 mL de meio de cultura BHI (Brain Heart Infusion, Infuso de cérebro e coração). Em seguida, os tubos foram incubados em estufa a 37 ºC por 18 h. Com o auxílio de uma micropipeta, 500 µL do pré-inóculo bacteriano foram transferidos para tubos de ensaio contendo 4,5 mL de água destilada estéril. Os tubos foram homogeneizados e a concentração ajustada comparando-se com o tubo 0,5 da escala de McFarland de turbidez padrão (108 UFC/mL), obtendo-se assim, os inóculos bacterianos utilizados no teste. Os testes foram realizados em placas de 96 micropoços, em triplicata. Em cada poço foram adicionados 100 µL do meio de cultura BHI. No poço 1 foram adicionados também 100 µL da solução de trabalho. Homogeneizou-se a solução e 100 µL foram transferidos para o próximo poço e assim sucessivamente. Desprezaram-se os 100 µL finais. Foram testadas 8 concentrações de cada amostra (500 g, 250g, 125 g, 62,5g, 31,2g, 15,6g, 7,8g, 3,9g). A seguir, 100 µL do inóculo do microorganismo a ser testado foram adicionados a cada poço. Foram realizados dois controles, um para controle de crescimento do micro-organismo, no qual não houve adição da solução de trabalho (para verificar a viabilidade celular) e o branco, em que não se adicionou o inóculo bacteriano (para se eliminar o efeito da coloração da solução de trabalho). Uma placa controle contendo 100 µL de meio de cultura BHI e 100 µL de água destilada estéril foi adicionada ao experimento como de controle de esterilidade do meio de cultura BHI.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
77
As microplacas foram submetidas à primeira leitura em leitor de placa de Elisa (492 nm) imediatamente após a execução do experimento (leitura a 0h). Posteriormente, foram incubadas em estufa a 37 ºC e após 24 h foi realizada nova leitura das mesmas, encerrando o teste. Tabela 8: Amostras utilizadas no teste antimicrobiano Composto
Identificação
1
Hexanoato de bornila
2
Octanoato de bornila
3
Decanoato de bornila
4
Dodecanoato de bornila
5
Tetradecanoato de bornila
6
Hexadecanoato de bornila
7
Octadecanoato de bornila
8
Monossuccinato de bornila
9
Succinato de bis-bornila
10
4-{Isopropil[isopropilamino)carbonil]amino}-4-oxobutanoato de bornila
11
Benzoato de bornila
12
4’-Metoxibenzoato de bornila
14
3’,4’-Dimetoxibenzoato de bornila
15
3’,4’,5’-Trimetoxibenzoato de bornila
16
3’,5’-Dinitrobenzoato de bornila
17
3’,5’-Dinitrosalicilato de bornila
18
Nicotinato de bornila
21
Borneol
O grau de resistência ou sensibilidade das bactérias e da levedura frente às amostras testadas foi determinado pela presença ou ausência de inibição; quanto maior a inibição, menor a turbidez do meio. Os resultados encontrados para as amostras testadas na leitura de 24 h estão apresentados na forma de Tabela (Tabela 9 pág. 79) onde está descrito os valores de CIM50 (concentração da amostra necessária para inibir 50% do crescimento dos micro-organismos). Os testes foram realizados em triplicata e a percentagem de inibição dos compostos foi calculada a partir da comparação das médias de absorção das amostras com o branco.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
78
2.2.2.3 Resultados e discussão
No resultado do teste biológico foi observada a menor concentração dos compostos que inibiu 50% do crescimento do microrganismo (CIM50). Eles estão descritos na Tabela 9 (pág. 79), onde é possível verificar que os melhores resultados (com CIM50 menor) são dos compostos 12, 14 e 15, que correspondem aos ésteres contendo anel benzênico com substituinte doador de densidade eletrônica (grupo metoxila). Logo, pressupõe-se que esse grupo deve ser o responsável pela eficácia do composto contra o micro-organismo. Da série dos ésteres graxos, apenas o composto 4 apresentou atividade, com uma CIM50 igual a 500 g/mL contra Pseudomonas aeruginosa. O composto 10 manifestou CIM50 igual a 500 g/mL para Candida albicans, não mostrando atividade significativa para nenhuma das bactérias testadas. Os compostos 12, 14 e 15 foram os que apresentaram os resultados mais significativos. Para o composto 12 foi observado baixo valor de CIM contra todos os micro-organismos testados. A substância 12 mostrou ter menor valor de CIM contra Streptococcus sanguinis, onde apresentou mesmo valor que a droga de referência (CIM = 62,5 g/mL). Contra Staphylococcus aureus (CIM = 125 g/mL), Escherichia coli (CIM = 250 g/mL) e Candida albicans (CIM = 250 g/mL), também foi observado atividade do composto 12. O composto 14 manifestou mesmo valor de CIM que o controle positivo contra Escherichia coli (CIM = 62,5 g/mL). Para este composto também foi observado atividade contra Candida albicans, Staphylococcus aureus, Streptococcus sanguinis e Pseudomonas aeruginosa (CIM = 125 g/mL). O composto 15 apresentou resultado promissor contra Escherichia coli (CIM = 250 g/mL). Contra Staphylococcus aureus (CIM = 62,5 g/mL) e Streptococcus sanguinis (CIM = 62,5 g/mL) o composto 15 apresentou o mesmo valor de inibição que a droga de referência. De acordo com os resultados obtidos, foi possível observar que o tamanho na cadeia graxa não exerce influência na atividade biológica, uma vez que os ésteres de cadeia graxa não tiveram resultados satisfatórios no teste realizado.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
79
Tabela 9: Avaliação biológica do borneol e seus ésteres Valores de CIM50 (μg/mL)
Amostra S. aureus
E. coli
P. aeruginosa
S. sanguinis
C. albicans
1
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
2
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
3
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
4
> 500
> 500
500
> 500
> 500
5
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
6
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
7
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
8
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
9
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
10
> 500
> 500
> 500
> 500
500
11
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
12
125
250
500
62,5
250
14
125
62,5
125
125
125
15
62,5
250
> 500
62,5
> 500
16
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
17
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
18
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
21
> 500
> 500
> 500
> 500
> 500
AMP
62,5
62,5
> 500
62,5
-
CIM
-
-
-
-
62,5
S. aureus = Staphylococcus aureus (ATCC 25923), E. coli = Escherichia coli (ATCC 25922), P. aeruginosa = Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), S. sanguinis = Streptococcus sanguinis (ATCC 49456), C. albicans = Candida albicans (ATCC 18804). AMP = ampicilina (controle positivo para bactérias, exceto P. aeruginosa, pois apresenta resistência), MIC = miconazol (controle positive para C. albicans).
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
80
2.3 Atividade Antiproliferativa 2.3.1 Introdução
O câncer é uma doença que se caracteriza pelo crescimento desordenado das células do corpo. Quando estas células sofrem mutações que afetam na regulação da divisão celular, elas passam a se multiplicar de maneira ilimitada, levando a formação de tumores. Essas células em proliferação, consequentemente, se transformam em células malignas, que invadem outros tecidos (metástase) (SAHA E KHUDA-BUKHSH, 2013). Apesar dos avanços significativos na pesquisa biomédica durante as últimas décadas, o câncer continua a ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, com uma probabilidade de prevalência crescente. Estima-se que a incidência de 12,7 milhões de novos casos em 2008 (FERLAY et al., 2010) vai subir para 21,4 milhões de casos em 2030 (WHO, 2011). Assim, é necessário encontrar novos medicamentos e tratamentos para ultrapassar esta projeção. O investimento do Ministério da Saúde na assistência aos pacientes com câncer no Brasil foi de R$ 2,1 bilhões no ano de 2012, crescimento de 26% em relação a 2010. A previsão é que, até 2014, o valor alocado no fortalecimento do atendimento em oncologia chegue a R$ 4,5 bilhões (INCA, 2013a). No Brasil, estima-se que em 2014 haverá 576 mil novos casos de câncer. Destes, a região onde há maior previsão de incidência é a Sudeste, representada por cerca de 300 mil casos (Figura 38, pág. 81). São esperados que 70% dos casos descritos para homens sejam correspondentes a câncer de próstata e 56% dos casos nas mulheres seja de câncer de mama (INCA, 2013b). Por causa dos efeitos secundários observados com múltiplos quimioterápicos de origem sintética, pesquisadores estão se concentrando cada vez mais em medicamentos derivados de produtos naturais. De 1981 a 2010, produtos naturais e seus derivados foram a fonte de 41% de novos medicamentos, destes 79,8% correspondem a drogas aprovadas para o tratamento do câncer (NEWMAN E CRAGG, 2012).
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
81
Entre as substâncias derivadas de produtos naturais aprovadas para o tratamento do câncer está o paclitaxel (Taxol®, Figura 39), um derivado terpenoide obtido a partir das cascas do caule de espécies de Taxus (LI E VEDERAS, 2009). O paclitaxel é empregado em tratamentos de neoplasias como o câncer de mama e de ovário (AJIKUMAR et al., 2008). Outra substância utilizada é a vincristina (Oncovin®), um alcaloide obtido da planta Catharanthus roseus que, atualmente, é de grande utilidade no tratamento de linfoma de Hodgkin, sarcoma de Kaposi, câncer de ovário, testículos e leucemia (BRANDÃO et al. 2010)
Incidência em homens Incidência em mulheres
Figura 38: Estimativa de incidência de câncer no Brasil em 2014 por região. Fonte: MS/INCA/ Estimativa de Câncer no Brasil, 2013.
Figura 39: Medicamento Taxol® (Paclitaxel). Fonte: https://ttc.nci.nih.gov/about/success_taxol.php. Acesso em: 18/01/2014.
Muitos estudos mostram que vários monoterpenos são eficazes na prevenção e tratamento de câncer. Entre estes, os monoterpenos monocíclicos D-limoneno e o
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
82
álcool perílico são conhecidos por inibir o desenvolvimento do câncer de mama, fígado, pele, pulmão e cólon. Monoterpenos, tais como carveol, uroterpenol, e sobrerol mostraram atividade contra carcinomas mamários. (AJIKUMAR, et al. 2008). Devido à relativa semelhança entre as células malignas e as células normais do corpo, o grande desafio para o tratamento do câncer é a busca de medicamentos que apresentem seletividade para células tumorais. Assim, como não existem estudos que relatem o efeito de ésteres de borneol contra células cancerígenas, decidiu-se testar estas moléculas e avaliar o seu potencial.
2.3.2 Teste antiproliferativo
Os testes de atividade antiproliferativa foram realizados pelo grupo de pesquisa da Dra. Ana Lúcia Tasca Gois Ruiz, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp. Foram avaliados nove compostos frente a seis linhagens de células cancerígenas: MCF-7 (mama), NCI-ADR/RES (ovário resistente a múltiplos fármacos), 786-0 (rim), OVCAR-3 (ovário), HT29 (colorretal), K562 (medula óssea) e uma linhagem de célula humana normal: HaCaT (queratinócito). Os compostos foram testados em quatro concentrações distintas (0,25; 2,5; 25 e 250 g/mL) e a doxorrubicina (DOX) foi empregada como controle positivo (DOX 0.25– 250 μg/mL). A proliferação celular foi determinada através da quantificação do conteúdo protéico das amostras através de um teste com sulforrodamina B (MONKS et al., 1991). Em cada avaliação foram realizadas medidas espectrofotométricas no tempo zero (T0; início da incubação) e 48 horas após a incubação, tanto das células-controle (C; não-tratadas) quanto das células expostas aos compostos-teste (T). A proliferação celular foi determinada empregando-se a equação 100x[(T-T0)/(C-T0)]. Os resultados do teste são apresentados em forma de gráfico de porcentagem de crescimento em função da concentração da amostra testada, para cada uma das linhagens de células testadas. As concentrações efetivas denominadas GI50 (do inglês growth inhibition, concentração necessária para interromper em 50% o crescimento celular), foram calculadas para todas as amostras através da regressão não linear, utilizando-se software Origin (SHOEMAKER, 2006).
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
83
2.3.2.1 Resultados e discussão
O ensaio antiproliferativo permite avaliar a atividade antitumoral através da exposição de células tumorais humanas, em fase exponencial de crescimento, a diferentes concentrações da amostra e verificar se essa exposição induziu uma interrupção na taxa de crescimento sem morte celular (atividade citostática, valores positivos no gráfico) ou se provocou a morte celular (atividade citotóxica, valores negativos no gráfico). São considerados seletivos os compostos que apresentarem comportamento diferenciado sobre uma determinada linhagem celular em detrimento das demais testadas. Na Tabela 10 (pág. 84) estão descritos os valores de GI50 determinados para os compostos testados. Os compostos 5, 6, 7 e 16 não apresentaram efeito relevante contra nenhuma das linhagens de células testadas (GI 50 > 250 μg/mL). Os derivados 2, 11 e 15 foram mais seletivos contra K562. O composto 11 foi 9 vezes mais potente para linhagem de célula
cancerígena (K562) do que para célula humana normal
(HaCaT). O éster 15 foi o derivado mais potente para todas as linhagens de células avaliadas. Como pode ser observado na Tabela 10, ele foi 2,4 vezes mais potente do que a droga de referencia DOX em inibir o crescimento de células NCI-ADR/RES e 120 vezes menos seletivo do que a DOX para a linhagem de células humanas normais (HaCat). Isto mostra uma maior seletividade do composto 15 para a célula cancerígena. Uma comparação entre o composto 11 e o borneol contra as células NCIADR/RES e 786-0 mostra que o composto não esterificado (borneol) foi inativo, porém a introdução de anel aromático na sua estrutura resultou em um aumento de 4 vezes na sua atividade antiproliferativa. Quando comparamos o composto 11 com o composto 15, que apresenta grupos doadores de densidade eletrônica no anel aromático (-OMe), verificamos um aumento de 9 vezes na atividade contra as células cancerígenas. Na Figura 40 (págs. 84 e 85) são mostrados os gráficos da porcentagem de crescimento celular após 48 horas de incubação das células cancerígenas com os compostos-teste. Os compostos 1, 5, 6, 7 e 16 apresentaram somente efeito citostático
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
84
contra todas as linhagens de células em todas as concentrações empregadas. Diferentemente, os ésteres 2, 11 e 15 apresentaram efeitos citotóxicos na concentração de 250 mg/mL para algumas linhagens estudadas (Figuras 39; págs. 8485). Tabela 10: Valores de concentração (GI50 em μg/mL) necessários para inibir a proliferação de células em 50% Linhagem a Celular
DOX
b
Borneol
Éster 1
Éster 2
Éster 5
Éster 6
Éster 7
Éster 11
Éster 15
Éster 16
MCF-7
0,044
>250
7,4
29,2
>250
>250
>250
25,3
18,1
>250
NCIADR/RES
6,7
>250
250
25,7
>250
>250
>250
26,1
2,8
>250
786-0
0,092
>250
>250
29,4
>250
>250
>250
25,3
3,1
>250
OVCAR-3
0,27
5,3
19,7
25,4
>250
>250
>250
26,6
3,0
>250
HT29
0,26
111,5
>250
108,4
>250
>250
>250
12,1
8,5
>250
K562
0,31
83,7
10,2
9,5
>250
>250
>250
2,8
2,6
>250
HaCat
0,040
>250
17,0
26,6
>250
>250
>250
25,9
4,8
>250
a
Células tumorais: MCF-7 (mama); NCI-ADR/RES (ovário com fenótipo de resistência a múltiplos fármacos); 786-0 (rim); OVCAR-3 (ovário); HT-29 (colorretal); K562 (medula óssea). Célula normal: HaCat (queratinócitos); b Controle positivo. A2
A3
100
100 75
50
Growth Percentage
Growth Percentage
75
25 0
MCF7 NCI/ADR-RES 786-0 OVCAR-3 HT29 K-562 HaCaT
-25 -50 -75 -100 10
-3
10
-2
10
Composto 1
50 25 0
MCF7 NCI/ADR-RES 786-0 OVCAR-3 HT29 K-562 HaCaT
-25 -50 -75 -100
-1 0,25
10
0
2,5
10
1
25
Concentration (g/mL)
10
2
250
10
-3
10
-2
10
Composto 2
-1 0,25
10
0
2,5
10
1
Concentration (g/mL)
25
10
2
250
85
A5
A4
100
100
75
75
50
50
Growth Percentage
Growth Percentage
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
25 0
MCF7 NCI/ADR-RES 786-0 OVCAR-3 HT29 K-562 HaCaT
-25 -50 -75 -100 10
-3
10
-2
10
Composto 5
25 0
MCF7 NCI/ADR-RES 786-0 OVCAR-3 HT29 K-562 HaCaT
-25 -50 -75 -100
-1 0,25
10
0
2,5
10
1
25
10
2
250
10
-3
10
-2
Composto 6
10
Concentration (g/mL)
-1 0,25
10
0
2,5
10
1
25
10
2
250
Concentration (g/mL)
A1 A7
100
100 75
50
Growth Percentage
Growth Percentage
75
25 0
MCF7 NCI/ADR-RES 786-0 OVCAR-3 HT29 K-562 HaCaT
-25 -50 -75 -100 10
-3
10
-2
10
Composto 7
50 25 0
MCF7 NCI/ADR-RES 786-0 OVCAR-3 HT29 K-562 HaCaT
-25 -50 -75 -100
-1 0,25
10
0
2,5
10
1
25
10
2
250
10
-3
10
-2
10
A6
A8
100
100
75
75
50
50
25 0
MCF7 NCI/ADR-RES 786-0 OVCAR-3 HT29 K-562 HaCaT
-25 -50 -75 -100 10
-3
10
-2
10
Composto 15
0
MCF7 NCI/ADR-RES 786-0 OVCAR-3 HT29 K-562 HaCaT
-25 -50
-100
10
0
2,5
10
1
Concentration (g/mL)
25
10
0
2,5
10
1
25
10
2
250
25
-75
-1 0,25
-1 0,25
Concentration (g/mL)
Growth Percentage
Growth Percentage
Concentration (g/mL)
Composto 11
10
2
250
10
-3
10
-2
10
Composto 16
-1 0,25
10
0
2,5
10
1
25
10
2
250
Concentration (g/mL)
Figura 40: Efeito do borneol e seus ésteres na proliferação de células tumorais humanas.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
86
2.4 Atividade Anti-inflamatória 2.4.1 Introdução
A inflamação é uma reação do organismo a infecções e danos teciduais. Quando não há um equilíbrio entre os efeitos benéficos da cascata inflamatória e o seu potencial para destruição de tecidos, pode ocorrer o desenvolvimento de doenças, tais como: a asma crônica, artrite reumatóide, esclerose múltipla e psoríase (SIMMONS, 2006). As principais drogas utilizadas clinicamente são os fármacos anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) e os corticóides. Mesmo sendo as drogas mais comumente utilizadas em doenças inflamatórias, os AINEs podem causar efeitos adversos graves no trato gastrointestinal, além de insuficiência renal e broncoespasmos (RANG et al., 2007). Na maior parte, eles atuam inibindo a atividade de ciclo-oxigenases (COX-1 e COX-2), inibindo assim a síntese de prostaglandinas (PG) e tromboxano (TX) (VASCONCELOS, et al., 2012). Na literatura são descritos diversos monoterpenos com atividade antiinflamatória, como linalol e seu éster acetato de linalila (PEANA et al., 2002). Recentemente, Vasconcelos e colaboradores (2012) descreveram a atividade antiinflamatória de um éster derivado do borneol (salicilato de bornila). Foi mostrado que o éster sintetizado apresentou propriedades anti-inflamatórias, como: redução na produção de mediadores eicosanoides, inibição da via da bradicinina e redução dos níveis de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β e IL-6), sem interferir nos níveis de IL-10. O éster também reduziu a migração dos neutrófilos para o foco inflamatório, através de redução da síntese de NO (óxido nítrico) pelos macrófagos. Contudo, não existem relatos da atividade anti-inflamatória de outros ésteres do borneol. Assim, decidiu-se investigar a atividade do borneol e de 10 derivados como potenciais agentes anti-inflamatórios. Para avaliar a atividade dos ésteres foi realizado o estudo de edema de pata em camundongos, que utiliza como agente inflamatório a carragenina. A resposta edematogênica é um dos sinais do processo inflamatório decorrente do aumento da
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
87
permeabilidade vascular, que ocorre na microcirculação, devido à ação dos mediadores liberados (RANG et al., 2007). A carragenina é um polissacarídeo extraído de algas, que induz resposta inflamatória local mensurável. É o modelo de edema de pata mais utilizado para se avaliar o efeito anti-inflamatório de drogas. Apresenta duas fases inflamatórias e uma terceira não característica. Na primeira hora, logo após injeção da carragenina, há aumento da permeabilidade vascular mediada por histamina e serotonina. Na segunda hora, o aumento da permeabilidade é resultado da liberação de cininas. Na terceira hora, o aumento da permeabilidade vascular ocorre devido à ação das prostaglandinas (DI ROSA, GIROUD e WILLOUGHBY, 1971).
2.4.2 Teste anti-inflamatório
Inicialmente, avaliou-se a atividade anti-inflamatória de 10 ésteres sintetizados e do borneol. A indometacina, um conhecido anti-inflamatório, foi empregado como controle positivo. Esses experimentos foram realizados no Laboratório de Fitoquímica e Química Medicinal da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Alfenas, em colaboração com o Professor Dr. Marcelo Henrique dos Santos.
2.4.2.1 Metodologia
Para realização do teste foram utilizados camundongos Swiss (25-35g) obtidos no biotério da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) e concedidos após aprovação do trabalho pelo Comitê de Ética dessa Instituição (Protocolo 488/2013). Os animais foram tratados com ração comercial e água “ad libitum”, garantida sua adaptação por 7 dias em sala climatizada a 23 2 ºC, com ciclo claro-escuro de 12 h, e em caixas de polipropileno adequadas à sua manutenção. Foram privados de comida durante cerca de 12 horas antes do experimento. Ao término dos experimentos, os animais foram sacrificados por inalação de halotano.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
88
As substâncias testadas foram suspensas em solução de carboximetilcelulose (CMC; 0,5% p/V). A indometacina foi solubilizada em tampão TRIS e solução salina na proporção 1:1.
2.4.2.1.1 Avaliação da atividade anti-inflamatória: edema de pata induzido por carragenina
O edema de pata dos animais foi induzido pela injeção de 40 µL de carragenina (2% p/v) em salina estéril e administrada na região subplantar da pata direita de camundongos swiss machos (n = 8). Uma hora antes da injeção de carragenina os animais receberam tratamento com o borneol e seus ésteres (1, 2, 5, 6, 7, 8, 11, 15, 16 e 18). As substâncias testadas foram administrados (v.o.) na dose de 20 mg/kg, ou indometacina (10 mg/kg, v.o.), ou veículo (10 mL/kg de CMC). O volume da pata direita do animal foi determinado antes da administração da carragenina, e após uma, duas, três e quatro horas da administração da carragenina, pela imersão da pata até a região tíbio-társica com o uso de um pletismômetro. Os resultados foram demonstrados através da média e erro padrão da média. Análise de variância (ANOVA) seguida do teste Scott-Knott foi utilizada para medir o grau de significância (p < 0,05).
2.4.2.2 Resultados e discussão
Na Tabela 11 (pág. 89) está apresentado o resultado do edema induzido por carragenina. Na primeira hora os compostos 1, 2, 5, 6, 7, 11 e 18 foram capazes de inibir o edema de pata. Na hora 2 os ésteres 1, 2, 11, 16 e a indometacina (controle positivo) reduziram o edema da pata. Já na terceira hora, os ésteres 5, 6, 11 e 18 e a indometacina foram capazes de inibir o edema. Na última hora testada, apenas os compostos 6, 11 e a indometacina apresentaram inibição no edema de pata.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
89
Tabela 11: Média, erro padrão da média e percentual de inibição do edema de pata em relação ao controle negativo (P<0,05) Volume da pata (mL) Tratamento 1h
2h
3h
4h
Veículo
0,049±0,004a
0,058±0,007b
0,067±0,006b
0,065±0,010a
Borneol
0,038±0,005a (23)
0,051±0,005a (12)
0.055±0,006a (18)
0,055±0,004a (15)
Composto 1
0,026±0,006a (47)
0,029±0,006a (49)
0,041±0,005a (39)
0,043±0,05a (33)
Composto 2
0,026±0,005a (47)
0,034±0,006a (41)
0,051±0,003a (24)
0,046±0,005a (29)
Composto 5
0,028±0,010a (43)
0,052±0,010b (9)
0,038±0,008a (43)
0,053±0,009a (18)
Composto 6
0,029±0,007a (41)
0,038±0,007a (34)
0,037±0,009a (44)
0,034±0,010a (47)
Composto 7
0,027±0,007a (45)
0,046±0,007b (20)
0,049±0,006a (28)
0,053±0,007a (18)
Composto 8
0,037±0,004a (25)
0,062±0,006b (0)
0,057±0,008b (16)
0,053±0,005a (18)
Composto 11
0,025±0,007a (49)
0,022±0,005a (63)
0,040±0,007a (41)
0,024±0,004a (63)
Composto 15
0,032±0,004a (34)
0,058±0,008b (0)
0,065±0,009b (4)
0,049±0,010a (25)
Composto 16
0,031±0,005a (36)
0,033±0,006a (43)
0,048±0,006a (29)
0,042±0,008a (35)
Composto 18
0,021±0,006a (57)
0,036±0,004a (37)
0,40±0,005a (41)
0,039±0,009a (39)
Indometacina
0,030±0,006a (39)
0,031±0,005 (46)
0,041±0,004a (39)
0,031±0,008a (53)
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de significância de 5%. O número entre parênteses indica o percentual de inibição do aumento do volume em relação ao veículo (controle negativo).
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
90
O borneol e os compostos 8 e 15 não foram capazes de inibir o edema em nenhuma das horas testadas. Já os ésteres de cadeia graxa apresentaram porcentagens de redução do edema bem parecidas nas horas avaliadas, o que indica que o tamanho da cadeia não influenciou na atividade biológica destes compostos. Dentre todos os compostos testados, o composto 11 (benzoato de bornila) foi o éster mais promissor, apresentando porcentagem de inibição do edema maior que a droga referência em todas as horas avaliadas.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
91
2.5 Atividade Leishmanicida 2.5.1 Introdução
As leishmanioses são um grupo de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania.
Existem três tipos principais de leishmaniose: visceral, muitas
vezes conhecida como calazar, que representa a forma mais grave da doença, com aproximadamente 100% de taxa de mortalidade em indivíduos não tratados; leishmaniose cutânea, a forma mais comum, sendo caracterizada por lesões ulcerativas em áreas expostas (braços, pernas, entre outras) e a mucocutânea, compreendendo lesões que destroem parcial ou totalmente a mucosa nasal e oral, gerando deformidades (SOARES-BEZERRA et al., 2004). A doença afeta principalmente pessoas na África, Ásia e América Latina e está associada à desnutrição, deslocamento da população, condições precárias de habitação, sistema imunológico fraco e falta de recursos (WHO, 2013a). Uma análise recente mostra que mais de 98 países e territórios são endêmicos para leishmaniose. Os dez países com as maiores contagens de casos de leishmaniose cutânea são: Afeganistão, Argélia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Etiópia, Irã, Peru, Sudão e Síria, e, juntos, representam 70 a 75% da incidência global estimada. No Brasil, apenas no ano de 2012, foram reportados 23.793 novos casos de leishmaniose cutânea (WHO, 2013b). A transmissão da doença para o homem (e também a outros mamíferos) ocorre através da picada de um mosquito-palha, que pertence ao gênero Lutzomia. Parasitas da Leishmania sp. existem sob duas fases morfológicas: uma forma amastigota intracelular, dentro dos fagócitos mononucleares dos hospedeiros mamíferos e uma forma promastigota extracelular, no trato digestivo de seu inseto vetor (MITROPOULOS et al. 2010; ZUCCA E SAVOIA, 2011). Por mais de 60 anos os antimoniais pentavalentes (Sb5+) tem sido os fármacos de primeira escolha no tratamento da leishmaniose, mas o surgimento de cepas resistentes tem limitado a sua utilidade. Alternativamente, a anfotericina B lipossomal, pentamidina, miltefosina e paromomicina (CROFT E COOMBS, 2003) estão
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
92
disponíveis, mas a sua utilização é limitada devido à toxicidade e alto custo do tratamento (CHAWLA E MADHUBALA, 2010). A procura por novas drogas com atividade elevada e específica é muito importante, especialmente nos países onde essa doença constitui um grave problema de saúde pública (DA SILVA MOTA et al., 2009). Assim, buscando a identificação de novas substâncias com atividade leishmanicida, o borneol e seus ésteres foram submetidos a testes frente ao parasita causador da doença.
2.5.2 Teste leishmanicida
O teste foi realizado pelo grupo da Professora Drª. Ana Lúcia Teles Rabello do Laboratório de Pesquisas Clínicas do Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na realização dos experimentos foram testados o borneol e 10 ésteres na concentração de 20 μg/mL contra formas amastigotas de Leishmania (L.) amazonensis.
2.5.2.1 Metodologia
Formas amastigotas de L. amazonensis (cepa IFLA/BR/196/PH-8) foram obtidas a partir de lesões de hamsters experimentalmente infectados. Os parasitas foram incubados durante 9 dias a 26 °C em meio Schneider, tamponado a pH 7,2. As formas promastigotas foram estimuladas a se diferenciarem em formas amastigotas com o aumento da temperatura de incubação para 32 °C e a redução do pH do meio para 6,0. Após 7 dias, sob estas condições, mais de 90% dos parasitas encontravam-se na forma amastigota. A concentração dos parasitas foi ajustada para 1×108 cells mL-1. Em placas de 96 poços foram adicionados 90 L da solução contendo os parasitas e 10 L das soluções contendo as amostras e a droga padrão (0.2 g mL-1 Anfotericina B Fungisone Bristol-Myers Squibb, Brasil). As placas foram incubadas a 32 °C durante 72 h e o número de parasitas foi estimado utilizando o método colorimétrico do MTT (brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazólio) (TEIXEIRA et al., 2002). Os resultados foram calculados a partir das Absorvância medidas, usando a fórmula [1-
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
93
(Absexp/Abscontr)]×100, que expressa a porcentagem de morte do parasita em relação ao grupo controle (sem droga). Todas as amostras foram testadas em duplicata.
2.5.2.1.1 Método colorimétrico empregando o reagente MTT
O ensaio de MTT é utilizado para determinar a viabilidade celular, quantificando o quanto o MTT (um sal de coloração amarela) presente no meio foi reduzido pela atividade metabólica celular de enzimas desidrogenases mitocondriais, levando a formação de cristais de formazan de cor azul-púrpura, que se acumulam no citoplasma celular (Figura 41) (DENIZOT E LANG, 1986). Dessa maneira, a quantidade de formazan medida por espectrofotometria é diretamente proporcional ao número de células viáveis.
Desidrogenase Mitocondrial
N N
N
Br
N
NH
N
N
N N
N
S S
MTT amarelo
Figura 41: Reação de redução do MTT a Formazan.
Formazan azul-púrpura
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
94
2.5.2.2 Resultados e Discussão
O dados mostraram que nenhum dos ésteres testados apresentou resultados satisfatórios. Os ésteres testados e as porcentagens de morte dos parasitas estão listados na Tabela 12 (pág. 95). As substâncias avaliadas não apresentaram porcentagens elevadas de morte do parasita. Todos os resultados estão abaixo do obtido para a droga padrão (AMB, 85% de morte). O éster que obteve maior porcentagem de morte foi o 11, com resultado igual a 18%. O ensaio trata-se de uma triagem, feito com dose única de 20 μg/mL das amostras. Assim, como nenhuma das amostras mostrou atividade maior que 70%, não foi realizado outro teste para avaliar o CE50 (Concentração Efetiva que causa a morte de 50% dos parasitas) das amostras.
Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica
95
Tabela 12: Atividade biológica do borneol e seus ésteres testados em dose única 20 g mL-1 Composto
Absorvância 1
Absorvância 2
Média
Morte Parasita (%)
Borneol
0,821
0,850
0,836
8
1
0,811
0,808
0,810
11
2
0,787
0,786
0,787
14
5
0,769
0,808
0,788
13
6
0,765
0,756
0,760
16
7
0,801
0,799
0,800
12
8
0,853
0,827
0,840
8
11
0,729
0,765
0,747
18
15
0,825
0,799
0,812
11
16
0,808
0,864
0,836
8
18
0,823
0,825
0,824
10
0,135
85
ANF a a
Anfotericina B: controle positivo do teste (20 g mL-1)
Conclusão
96
CONCLUSÃO Neste trabalho foram sintetizados 20 ésteres derivados do borneol, sendo 18 inéditos. Dentre essas substâncias, 10 foram obtidas a partir de ácidos graxos e 10 a partir de ácidos aromáticos. Duas metodologias (SOCl2 e DIC/DMAP) foram utilizadas na obtenção dos derivados do borneol. Além disso, para as reações conduzidas utilizando-se DIC/DMAP, foi avaliado o efeito do uso da irradiação de micro-ondas, na ausência de solvente, na obtenção dos ésteres. Foram observados melhores rendimentos e menor tempo de reação quando se utilizou o reagente DIC/DMAP com irradiação de microondas. As sínteses conduzidas com SOCl2 apresentaram menores rendimentos e maior tempo de reação. Todos os ésteres obtidos foram caracterizados utilizando métodos espectrométricos e espectroscópicos. Para as reações feitas na ausência de solvente, foi observada a formação de produtos obtidos por rearranjo, cujas estruturas foram elucidadas através das técnicas de RMN de 1H e 13C, HMBC, HSQC e COSY. Alguns produtos obtidos foram submetidos a teste de atividade antimicrobiana, antiproliferativa, anti-inflamatória e leishmanicida. No teste antimicrobiano foram avaliadas 18 substâncias frente a 5 micro-organismos (S. aureus, E. coli, P. aeruginosa, S. sanguinis, C. albicans).
Os ésteres 4’-metoxibenzoato de bornila e
3’,4’,5’-trimetoxibenzoato de bornila apresentaram atividade promissora contra S. aureus e S. sanguinis.
O éster 3’,4’-dimetoxibenzoato de bornila mostrou bons
resultados contra todos os micro-organismos testados. Para o teste leishmanicida (contra formas amastigotas de L. amazonensis) nenhuma das substâncias avaliadas apresentou porcentagens elevadas de morte do parasita. No teste anti-inflamatório, dos 11 compostos testados, aqueles que apresentaram atividade foram os ésteres: hexanoato de bornila, octanoato de bornila, tetradecanoato de bornila, hexadecanoato de bornila, octadecanoato de bornila, benzoato de bornila, 3’,5’-dinitrobenzoato de bornila e nicotinato de bornila. Dentre estes, o composto benzoato de bornila foi o mais eficiente em inibir o processo edematogênico, apresentando resultados mais satisfatórios que a droga de referência (indometacina). Para atividade antiproliferativa,
Conclusão
97
foram avaliadas nove substâncias frente a seis linhagens de células tumorais humanas e uma linhagem de célula humana normal. As substâncias hexanoato de bornila, tetradecanoato de bornila, hexadecanoato de bornila, octadecanoato de bornila e 3’,5’dinitrobenzoato de bornila apresentaram somente efeito citostático contra todas as linhagens de células. Já os ésteres octanoato de bornila, benzoato de bornila e 3’,4’,5’trimetoxibenzoato de bornila apresentaram efeitos citotóxicos para as linhagens de células de câncer de ovário (OVCAR-3), ovário-resistente (NCI-ADR/RES), mama (MCF-7), medula óssea (K562) e rim (786-0). De modo geral observou-se que o aumento da cadeia carbônica nos ésteres graxos não influenciou a atividade biológica. Já na série dos ésteres aromáticos, a presença de grupo doador de elétrons favoreceu a atividade biológica. Como os testes de atividade biológica não foram realizados com todas as substâncias sintetizadas, pretende-se posteriormente avaliar a atividade destes derivados.
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and
pharmacokinetics
Anexos
107
ANEXO: ESPECTROS
Anexos
108
101,0
2356
95
915 886 823
90
733
956 940
85 1377
981 1306
80
2873
1140 994 1454
75
1096 1021
%T 70
1112 1245 2954
65
8
9 7
60
10 O 1160
6
55
2
1
1175
11
O
4
50
13
15 1732
46,0 4000,0
3600
3200
2800
2400
2000
1800 cm-1
1600
1400
1200
1000
800
650,0
1.00
4.950 ppm (t1)
4.900
4.850
2.0
Figura 43: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 1 em CDCl3.
3.04 3.31 5.99 1.00
6.45
3.0
1
4.42
4.0
1.13
3.00
1.00
5.0 ppm (t1)
1.0
0.0
0.927 0.873 0.906 0.827
0.978
1.160 0.995
1.181
1.214
1.238 1.227
1.255
1.268
1.280
1.298 1.293
1.315
1.336
1.351
1.565
1.601
1.623
1.641
1.668
1.688
1.741
1.759
1.780
1.874
1.903
1.927
1.944
1.965
1.998
2.010
2.275
2.313
2.349
4.847
2.393 2.383
4.858
2.433
2.416 2.410
4.864
4.875
4.897
4.908
4.914
4.925
4.875 4.864 4.858 4.847
4.925 4.914 4.908 4.897
Figura 42: Espectro na região do IV do éster 1 (ATR).
100
50
0
-0.00000
13.893 13.491
18.890
19.750
22.347
27.236 24.873
28.127
1.50
O
15
1.227
1.255 1.238
1.268
1.280
1.293
1.315 1.298
1.336
1.351
1.601 1.565
1.641 1.623
1.688 1.668
1.780 1.759 1.741
1.874
1.903
1.998 1.965 1.944 1.927
2.010
2.275
2.383 2.349 2.313
2.410 2.393
2.433 2.416
Figura 44: Expansão do espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 1 em CDCl3. 1
0.827
1.160 0.995 0.978 0.927 0.906 0.873
2
1.214 1.181
3.04
2.00
3.31
ppm (t1)
31.379
13
36.931 34.749
11
45.081
O
47.849
4
48.832
10
5.99
9
0.80
150
1
76.406
6
77.041
7
6.45
79.633 77.676
8
4.42
Figura 45: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 1 em CDCl3.
ppm (t1)
1.13
3.00
174.136
Anexos 109
1.00
0.000
13.492
18.891
13.894
22.348
19.750
24.875
28.130 27.239
31.381
36.933
45.084
8
34.750
110
79.634
Anexos
9 7
10 O
6
2
1
11
O
4
80 ppm (t1)
70
13
15
60
50
40
30
20
10
0
Figura 46: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 1 em CDCl3. 101,0
95
90
1418
915
1820
824
887
85
733
940 1306 1378
981 1140
80
2873 1455
%T
995 1097
75 2933
1246
1113
70 2954
65
8
9 7
1160
10
1024
O
60
6
1 4
1175
2 O
11
13
15
17 1732
55 53,0 4000,0
3600
3200
2800
2400
2000
1800 cm-1
1600
Figura 47: Espectro na região do IV do éster 2 (ATR).
1400
1200
1000
800
650,0
6 4 1 O
150
11 13 15
100
50
9 10
2 O
17
0
4.922
4.848
4.863
4.873
4.897
4.907
4.912
0.873
0.977 0.906
0.994
1.290
1.603
1.645 1.631
1.668
1.688
1.740
1.874 1.759
1.902
1.927
1.945
1.962
2.008 1.998
2.275
2.313
2.414 2.349
2.431
4.873 4.863 4.848
4.922 4.912 4.907 4.897
0.00000
0.000
Figura 48: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 2 em CDCl3.
13.503
0.0
0.827
4.800
14.065
18.861
1.0
19.722
22.611
27.148 25.178
28.071
29.133 28.961
2.0
31.715
36.865 34.753
44.942
47.792
48.754
3.0
76.391
4.0
3.07 9.06 1.07
7 4.850
10.51
8 4.900
4.63
5.0 ppm (t1) 4.950
77.025
5.000 ppm (t1)
1.19
Figura 49: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 2 em CDCl3.
ppm (t1)
3.13
79.570 77.660
1.00
1.00
174.222
Anexos 111
14.064
13.502
19.722 18.860
25.179 22.612
31.715 29.132 28.960 28.070 27.149
36.866
44.942
8
34.752
112
79.570
Anexos
9 7
10 O
6
1
2 O
4
80 ppm (t1)
70
11
13
15
60
17
50
40
30
20
10
Figura 50: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 2 em CDCl3.
40
35 996
25
2856
15
1114 1160 1178 1248
1456
20
1026
1306 1376
%Transmittance
30
10 9 7
1736
2928 2956
8
10 O
5 6
1 4
3500
3000
2 O
11
13
2500 2000 Wavenumber (cm-1)
Figura 51: Espectro na região do IV do éster 3 (KBr).
15
1500
17
19
1000
500
1
4 O
150
11 13 15 17
100
50
1.0
Figura 52: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 3 em CDCl3.
9 10
2 O
19
0
2.432
0.827
0.873
0.906
0.977
0.994
1.269
1.594
1.619
1.645
1.667
1.688
1.719
1.741
1.759
1.874
1.902
1.927
1.945
1.964
2.009 1.998
2.274
2.311
2.363 2.347
0.906
2.392 2.382
2.414
0.873
0.977
0.994
4.874 4.863 4.857 4.846
4.923 4.913 4.906 4.896
4.874 4.863 4.857 4.846
4.923 4.913 4.906 4.896
0.000
0.827
0.0
0.000
1
13.509
0.750
18.864 14.104
19.725
22.676
27.155 25.188
28.075
29.470 29.302 29.279 29.179
2.0
31.875
34.758
36.872
3.0
44.947
0.800
47.795
0.850
48.757
0.900
76.394
0.950
77.029
79.573 77.664
4.0 1.000 ppm (t1)
3.08 9.13 1.05
6 4.750
14.43
5.0 ppm (t1) 4.800
4.40
7 4.850
1.24
3.16
8 4.900 3.08
Figura 53: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 3 em CDCl3.
ppm (t1) 4.950 9.13
5.000 ppm (t1) 1.05
1.00
1.00
174.222
Anexos 113
-0.00000
13.508
18.862
14.103
22.675
19.723
29.467 29.301 29.276 29.176 28.073 27.153 25.186
36.870
44.943
8
34.756 31.873
114
79.572
Anexos
9 7
10 O
6
1
2 O
4
80 ppm (t1)
11
13
70
60
15
17
19
50
40
30
20
10
0
Figura 54: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 3 em CDCl3. d 19
100
90
80
995.1
60
1455.4
30
8
400 0
350 0
300 0
1736.3
-0
6
200 0
W av enu mber s ( c m- 1)
Figura 55: Espectro na região do IV do éster 4.
11
13
10 1
2 O
4
250 0
O
9 7
2854.3
2925.4
10
1180.0
1159.7
20
1113.4
1377.1
40
1025.5
1305.1
50
1252.2
% Trans mittance
70
150 0
15
100 0
17
19
21
500
1
4 O
11 13 15 17
ppm (t1)
Figura 57: Espectro de RMN de 19
150
13
100
9 10
2 O
21
50
C (50 MHz) do éster 4 em CDCl3. 1.0
22.649 19.704 18.843 14.018 13.448
25.179
27.204
28.088
29.584 29.484 29.288 29.180
2.0
34.744 31.899
36.890
45.050
47.805
48.792
76.366
77.000
2.77 8.74 1.10
7 3.0 17.78
6 4.0 4.38
5.0 ppm (t1) 4.900
77.635
4.950 ppm (t1)
1.31
8 3.00
79.571
0.84
0.84
174.046
4.925
4.848
4.859
4.865
4.875
4.897
4.908
4.914
0.873 0.827 0.000
0.906
0.978
0.995
1.262
1.593
1.628
1.645
1.670
1.688
1.720
1.741
1.759
1.875 1.779
1.904
1.929
1.947
1.966
2.011 2.000
2.273
2.310
2.346
2.364
2.392 2.382
2.415
2.432
4.875 4.865 4.859 4.848
4.925 4.914 4.908 4.897
Anexos 115
4.850
0.0
Figura 56: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 4 em CDCl3.
13.445
19.703
18.844
28.090
27.210 25.180
29.291 29.175
29.584 29.480
34.744
36.892
45.056
8
31.897
116
79.571
Anexos
9 7
10 O
6
1
2 O
4
80 ppm (t1)
11
13
15
70
17
60
19
21
50
40
30
20
Figura 58: Expansão do subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 4 em CDCl3. 101,0
95
916 886 956
824
90 1081
981
721
1376 1305
85
80
1455
994
1247
1024
%T 1113
75
2953
2853
8
70
1177 1159
9 7
10 O
6
65 2923 1734
1
2 O
4
13
11
15
17
19
60 58,0 4000,0
3600
3200
2800
2400
2000
1800 cm-1
1600
Figura 59: Espectro na região do IV do éster 5 (ATR).
1400
1200
1000
800
650,0
21
23
4 11 13 15 17 19 21 0.827
0.873
0.906
1.0
3.07
8.84
Figura 61: Expansão do espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 5 em CDCl3.
1
0.92
1.50
0.977
2.0
0.994
1.259
1.615
1.687 1.667
1.874
1.903
1.928 3.0
22.08
2.00
1.945
1.964
1.999
2.009
2.273
2.310 4.0
4.20
1.12
3.15
2.50 ppm (t1) O
2.346
5.0 ppm (t1) 4.850
3.07 8.84 0.92
1 4.900
22.08
6 4.950
4.20
7 2.381
5.000 ppm (t1)
1.12
8 3.15
2.413 2.410 2.391
1.00
1.00
2.431
4.923 4.913
4.864 4.848
4.874
4.907 4.897
0.000
0.827
0.873
0.994 0.977 0.906
1.615 1.259
1.667
1.874 1.687
1.903
1.928
1.945
1.964
2.009 1.999
2.273
2.310
2.346
2.391 2.381
2.413 2.410
2.431
4.874 4.864 4.848
4.923 4.913 4.907 4.897
Anexos 117
4.800
Figura 60: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 5 em CDCl3. 1 0.0
9 10
2 O
23
1.00
80 ppm (t1)
8
7
6
1
4
O
70
11
13
15
60
17
50
19
21
40
30
20
Figura 63: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 5 em CDCl3. 13.499
19.749 18.890 14.080
25.227 22.705
28.132 27.247
100
29.673 29.530 29.372 29.323 29.220
Figura 62: Espectro de RMN de
31.961
150
34.795
ppm (t1)
36.933
45.084
79.619
50
13 0
C (50 MHz) do éster 5 em CDCl3.
9
10
2
O
23
10
-0.00000
13.501
18.892 14.082
19.751
22.705
27.244 25.226
28.131
29.674 29.536 29.365 29.224
31.961
34.795
45.080 36.932
47.849
48.832
76.403
77.038
79.619 77.673
174.132
Anexos 118
Anexos
119
101,0
95
886 956
823
90 981 1305 1377
994
721
85 1250 1455
80
1024
%T
1113
75
1177 1159
70
8
9 7
2853
10 O
1
O
4
60
2922
11
13
19
21
1000
800
650,0
0.993 0.976 0.905
65
2
1.256
6
15
17
1734
57,0 4000,0
3600
3200
2800
2400
2000
1800 cm-1
1600
1400
1200
1.00
4.950 ppm (t1)
4.900
4.850
4.800
3.15 9.32 0.91
2.0
26.66
3.0
4.36
4.0
1.16
3.12
1.00 5.0 ppm (t1)
1.0
Figura 65: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 6 em CDCl3.
0.0
0.826 0.000
0.872
1.603
1.626
1.646
1.666
1.873 1.687
1.901
1.943 1.926
1.963
1.997
2.273
2.310
2.346
2.392 2.383
2.430 2.413 2.410 4.846
4.857
4.862
4.872
4.906 4.896
4.911
4.921
4.872 4.862 4.857 4.846
4.921 4.911 4.906 4.896
Figura 64: Espectro na região do IV do éster 6 (ATR).
23
25
8
7
6
1
4
80 ppm (t1)
O
11
70
13
15
60
17
19
50
21
23
40
30
20
10
Figura 67: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 6 em CDCl3. 0.004
13.512
18.863 14.127
100
22.708 19.723
Figura 66: Espectro de RMN de
29.692 29.621 29.513 29.377 29.305 29.180 28.076 27.154 25.188
150
34.760 31.944
ppm (t1)
36.870
44.942
79.572
13 50 0
C (50 MHz) do éster 6 em CDCl3.
9
10
2
O
25
0
13.510 0.00000
18.862 14.125
22.705 19.721
25.187
27.152
28.073
29.675 29.620 29.512 29.375 29.304 29.179
31.943
34.760
36.869
44.941
47.793
48.755
76.390
77.025
77.660
79.572
174.234
Anexos 120
Anexos
121
101,0
95 885 957
824
90 981 994
1376 1305
720
85 1249 1023 1455
80
1113
%T
1176 1159
75
70 2852
8
65
9 7
10 O
6
60
1
2922
1734
2 11
O
4
13
15
17
21
19
25
23
27
56,0 4000,0
3600
3200
2800
2400
2000
1800 cm-1
1600
1400
1200
1000
800
1.00
4.950
4.900
4.850
4.800
ppm (t1)
3.22 9.28 1.01
2.0
1
30.10
3.0
4.39
4.0
1.12
3.14
1.00 5.0 ppm (t1)
1.0
Figura 69: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 7 em CDCl3.
0.0
0.000 0.826
0.873
0.906
0.977
0.994
1.256
1.592
1.628
1.666
1.687
1.719
1.740
1.875 1.758
1.903
1.928
1.945
1.965
2.010 1.999
2.272
2.309
2.345
2.363
2.391 2.382
2.414
2.431 4.848
4.859
4.864
4.875
4.897
4.914 4.908
4.925
4.875 4.864 4.859 4.848
4.925 4.914 4.908 4.897
Figura 68: Espectro na região do IV do éster 7 (ATR).
650,0
Figura 71: Espectro de RMN de
13
50
C (50 MHz) do éster 7 em CDCl3.
0
13.500 0.00000
14.074
18.895
22.708 19.754
25.232
1.50
3.22
2.00
9.28
100
25
1.01
ppm (t1) 23
27.259
21
28.140
19
29.714 29.540 29.377 29.231
17
30.10
150 15
4.39
2.50 ppm (t1) 13
34.796 31.971
11
47.857 45.105 36.942
O
48.844
4
76.404
1
77.039
6
77.673
7
79.621
8
1.12
3.14
174.097
2.431
0.826
0.873
0.906
0.977
0.994
1.256
1.592
1.687 1.666 1.628
1.758 1.740 1.719
1.875
1.903
1.928
1.965 1.945
1.999
2.010
2.345 2.309 2.272
2.382 2.363
2.414 2.391
Anexos 122
9 10
2 O
27
Figura 70: Expansão do espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 7 em CDCl3. 1 1.00
9 7
10 O
6
2
1
11
O
4
80 ppm (t1)
13
15
70
17
21
19
60
25
23
50
27
40
30
20
8
13.407
18.798
19.664
27.044
27.965
29.249 29.062
44.812 36.589
47.782
48.760
76.365
77.000
77.635
80.491
172.338
178.145
Figura 72: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 7 em CDCl3.
9 7
10 O
6
1
2 O
4
11
OH
13 O
150 ppm (t1)
Figura 73: Espectro de RMN de
100
13
50
C (50 MHz) do éster 8 em CDCl3.
0
14.071
13.495
25.232
22.707 19.753 18.893
28.141 27.263
31.970 29.724 29.535 29.382 29.326 29.229
36.944
45.110
8
34.796
123
79.621
Anexos
8 7
6 1
4 O
11
2 O O
12' O
10' 1'
9' 7' 2.00
4.944 4.933
4.950 4.900 4.867
4.878
4.883
1.0
9 10
4'
2' 6'
8'
ppm (t1) 4.850
0.0
0.975 0.950 0.932 0.897 0.827 0.869 0.000
1.001
1.164 1.018
1.184
20
1.212
1.241
1.255
1.272
1.646 1.598 1.363 1.351 1.340 1.293 1.287
1.667
1.689
1.717
1.737
1.755
1.776
30
6.78 5.97 6.26 2.90
2.0 4.894
4.917
4.928
1.859 1.800 40
6.43
3.0
7.92
Figura 75: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 9 em CDCl3.
1 1.887
50
2.19
4.0
1.912
60
1.929
13
1.949
2.267 1.994 1.984
70
2.289
11
2.317 2.307
80 ppm (t1)
2.337
4 O
2.357
1
2.385 2.376
7
2.407
6
2.652 2.425
8
3.78
2.00
5.0 ppm (t1)
4.894 4.883 4.878 4.867
4.944 4.933 4.928 4.917
13.406
19.665 18.796
27.963 27.042
29.248 29.061
36.587
44.812
80.491
Anexos 124
9 10
2 O
OH
O
10
Figura 74: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 8 em CDCl3.
-0.00000
18.860
13.497
27.204
19.727
29.667
28.065
44.986 36.756
48.849
47.851
77.032
76.397
80.281
8
77.666
125
172.448
Anexos
9 7
10 O
1'
12'
6'
2' 10'
7' 9'
100
80 ppm (t1)
70
60
50
0
C (50 MHz) do éster 9 em CDCl3.
44.987
80.280
Figura 76: Espectro de RMN de
50
13
40
30
20
-0.00000
ppm (t1)
13.498
150
8'
18.860
O
19.726
11
27.205
O
28.066
4
4' O
29.668
1
2
36.756
6
10
Figura 77: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 9 em CDCl3.
0
Anexos
126
100,0 95
3064 1585 1602
90
1479 1390 1377 1367
2879
85
1045
916 780 956 857 937 825 888 805
80 1175
75
987 1016 978
2953 1300 1313
1451
675
70 1069
%T
686
65 1026
60 55 50 1112
45 1714
40
1270
34,5 4000,0
3600
3200
2800
2400
2000
1800 cm-1
1600
1400
1200
1000
800
650,0
8
1.325 1.317 1.296 1.267 1.149 0.971 0.000 1.098 1.256 1.166 1.081 0.918
1.359
1.402
1.467 1.457
1.611
1.758 1.738
1.858 1.843 1.823 1.804 1.783
2.071
2.101
2.164 2.145 2.128
2.206
5.158 5.148 5.143 5.132 5.109 5.099 5.094 5.083 2.559 2.542 2.520 2.511 2.492 2.472 2.451 2.443 2.424 2.402
7.259
7.412
7.446
7.484
7.527
7.563
7.600 7.593
8.050 8.084 8.042
Figura 78: Espectro na região do IV do éster 11 (ATR).
9 7
6
10 1
O
13'
2
14`
11
O
4 13
15 14
3.0
6.14 2.92 1.13
4.0
2.42
1
0.43
5.0
2.07
6.0
1.07
7.0
1.05
1.00
3.11
2.01 8.0 ppm (t1)
2.0
Figura 79: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 11 em CDCl3.
1.0
0.0
1 O
2 11 13
100
1.50
50
0.000
18.937 13.622
19.740
27.419
28.111
36.931
2.00
45.024
ppm (t1) 5.050
47.900
5.100
49.114
5.150
76.391
2.50 5.200
77.026
7.40
77.661
80.540
128.333
129.521
132.741 130.932
7.50
6.14
10 7.60
2.92
7 7.70
1.13
8 7.80
2.36
150 7.90
2.19
6 1.07
1.05
Figura 81: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 11 em CDCl3.
ppm (t1) 8.00
1.00
8.20 8.10 ppm (t1)
3.11
2.01
166.828
5.083
5.094
5.099
5.132 5.109
5.143
5.148
5.158
7.412
7.446
7.527 7.484
7.563
7.593
7.600
8.042
8.050
8.084
2.559
Figura 80: Expansão do espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 11 em CDCl3. 1
9 O
13'
4 14`
14 15
0
0.918
0.971
1.081
1.098
1.149
1.166
1.256
1.267
1.317 1.296
1.325
1.402 1.359
1.457
1.467
1.804 1.783 1.758 1.738 1.611
1.823
1.843
1.858
2.071
2.128 2.101
2.145
2.206 2.164
2.424 2.402
2.443
2.472 2.451
2.492
2.511
2.542 2.520
Anexos 127
ppm (t1) 5.000
1.00
0.000
13.619
19.739
18.933
28.108
36.928
45.020
80.537
8
27.416
128 128.330
132.739 129.518
Anexos
9 7
6
10 1
O
13'
2 O
14`
11
4 13
15 14
100
50
0
ppm (t1)
Figura 82: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 11 em CDCl3. 60 55 50 45
9 7
25
6
10 1
O
13'
2 O
14'
11
4 15
13 14
O
16
1582
15
616 696 770 848 980 1032 988 1102 1118 1168 1234 1258 1280 1302 1420 1376 1456 1316 1510 1606
20
512
798
8
30
634
35
2838
%Transmittance
582
888
40
2880
10 5
3500
3000
1712
2954
0
2500 2000 Wavenumber (cm-1)
Figura 83: Espectro na região do IV do éster 12 (NaCl).
1500
1000
500
1 2 O
150
11 13 14 O
100
50
0.000
18.955 13.619
2.0
19.764
27.479
28.150
36.988
45.113
47.898
49.129
55.435
76.402
77.037
77.672
80.169
113.621
123.512
131.517
163.294
3.0
6.02 3.15 1.43 1.20 1.38
6 10 4.0
1.12 0.95
7 5.0
1.09
8 6.0
1.06
7.0
3.14
8.0 ppm (t1)
1.00
Figura 85: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 12 em CDCl3.
ppm (t1)
2.10
2.13
166.586
8.039
Figura 84: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 12 em CDCl3. 1 1.0
9 O
13'
4 14'
15 16
0
1.317 1.308 1.288 1.256 1.222 0.907 1.066 1.134 0.964 1.083 1.152
1.349
1.388
1.747 1.725 1.635 1.453 1.442
1.849 1.834 1.813 1.795 1.774
2.057 1.880
2.086
2.150 2.130 2.112
2.193
2.540 2.522 2.500 2.491 2.472 2.452 2.432 2.422 2.404 2.383
3.862
5.128 5.117 5.112 5.102 5.078 5.068 5.063 5.052
6.906
6.950
7.994 7.261
Anexos 129
0.0
-0.00000
13.618
19.766
18.956
28.152
27.484
45.116
55.436
80.169
113.623
8
36.990
130
131.515
Anexos
9 7
6
10 1
O
13'
2
14'
11
O
4 15
13
O
14
16
100
50
0
ppm (t1)
Figura 86: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 12 em CDCl3. * d7 b s ol 2
100
95
1344.8
3297.8
2875.9
85
1454.5
90
1259.2
8
9 7
10
65
13
O
6
60
1
2 O
4
55
11
14 N
12
13'
H
1708.5
50
1683.0
70
45 400 0
1087.5
1546.4
75 2954.3
% Trans mittance
80
350 0
300 0
250 0
200 0
W av enu mber s ( c m- 1)
Figura 87: Espectro na região do IV do éster 13 (ATR).
150 0
100 0
500
7
86
6 10
1 O
2
O
300 0
11
13
4
14
17
16
O
15
1223.7
8
O
82
250 0
Figura 89: Espectro na região do IV do éster 14.
1301.7 1290.3 1271.4
88 9 18
W av enu mber s ( c m- 1)
200 0
150 0 1025.5
763.2
1133.5
991.3
2.0
1177.5 1114.2
92 2.70 3.00 2.88 1.33
94 6.15
350 0 3.0 2.37
90 4.50
1.26 0.85
4.0 1.02
5.00 ppm (t1)
1.18
84
12
1345.4
N
1.01
400 0
14
0.98
1.00
5.0 ppm (t1)
11
1415.8
O
1462.1 1452.6
O
1513.7
4
1601.1
1
1.02
100
10
1709.9
7
2878.1
8
2953.6
6
0.98
1.00
% Trans mittance
3.683
3.714
3.747
3.781
3.815
3.848
3.881
3.908
4.483
4.489
4.803
4.851 4.813
100 0
1.0
0.863 0.000 0.845
0.902
0.966
1.035 0.981
1.146 1.051
1.228 1.178
1.256
1.634
1.654
1.674
1.707
1.728
1.748
1.795 1.791
1.819
1.849
1.887
1.945
2.258
2.278
2.305
2.326
2.344
2.372
2.395
2.411
3.683
3.714
3.747
3.781
3.815
3.848
3.881
3.908
4.489 4.483
4.813 4.803
4.851
Anexos 131
9 13
2 13'
H
4.00
Figura 88: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 13 em CDCl3. 1 0.0
* A 41 so l
98
96
19
500
7.50 7.00
1.150 1.100
1.50
1.0
1.358 1.325 1.316 1.296 1.257 1.227 1.162 1.145 0.916 0.972 1.093 1.076
1.436 1.400
1.453
1.464
2.0
1.475
1.485
1.659
1.714
1.735
5.050
5.92 3.08
2.00 1.076
1.093
3.0
1.756
1.783
1.803
5.100
1.18
Figura 91: Expansão do espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 14 em CDCl3
1 1.822
5.150
2.73
2.50
1.842
4.0
1.145
2.048
2.079
2.105
2.123
O
2.13
1.05
3.00
2.142
5.0
1.10
ppm (t1)
2.184
ppm (t1)
2.390
16
2.412
15
1.162
6.922 6.880
6.0
2.430
2.439
2.460
17
5.92 3.08 1.10
2.480
14
2.73
7.271
11
2.13
2.499
5.058
5.068
5.074
5.084
5.107
5.117
5.124
5.134
9
1.05
7.0
2.508
13
1.03
1.03
3.50
2.530
2
1.00
2.548
O
7.569
O
6.15
7.689
10
1.01
0.98
0.99
6.15
4.00 ppm (t1)
1
7.680 7.579
6
1.00
7.731
7
7.722
8
1.02
0.98 0.99
3.941
1.400 1.358 1.325 1.316 1.076 0.916 1.227 1.145 1.296 0.972 0.000 1.257 1.093 1.162
1.659 1.485 1.475 1.464 1.453 1.436
1.756 1.735 1.714
1.842 1.822 1.803 1.783
2.048
2.079
2.142 2.123 2.105
2.184
2.548 2.530 2.508 2.499 2.480 2.460 2.439 2.430 2.412 2.390
5.134 5.124 5.117 5.107 5.084 5.074 5.068 5.058 3.941
6.880
6.922
7.271
7.722 7.689 7.731 7.680 7.579 7.569
Anexos 132
18 O
4 19
ppm (t1) 5.000
Figura 90: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 14 em CDCl3. 1 0.0
ppm (t1) 1.050
1.00
100
15
16
150 100
ppm (t1)
50
Figura 93: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 14 em CDCl3. -0.00000
17
13.631
14
18.981
11
19.778
O
27.549
13
28.184
2
37.015
1 O
45.188
10
56.092
7
80.386
8
110.557
6
112.481
123.451
-0.00000
18.981 13.634
19.777
27.546
28.182
37.012
45.184
47.937
49.202
56.090
76.424
77.059
77.694
80.385
112.470 110.548
123.743 123.448
148.892
153.112
166.606
Anexos 133
9 18 O
4 O
19
ppm (t1)
50 0
Figura 92: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 14 em CDCl3.
0
Anexos
134
98,0 95 1991
90 2836 1280
85 1433
826 887 919 847 958 944
80
75
2952
8 70
9 7
10
%T 65
6
O
14'
11
1174
1586
13'
2
1
745
1044
1456 1504 1465
O
O
60
1377 1366
676
1188
873
726
16
4 1020
15
13
55
17
O
14
1415
767
1708 997
O
50
1333
18 45
1122 1228
40,0 4000,0
3600
3200
2800
2400
2000
1800 cm-1
1600
1400
1200
1000
800
1.084 0.922 0.976 0.000
1.152
1.259
1.320
1.363
1.407
1.474
1.652
1.748
2.048 1.809
2.156
2.422
2.482 2.474 2.468
2.538 2.533
3.918
2.096 2.0
5.69 3.07 1.45
3.0
2.44
4.0
2.21
5.0
1.00
6.0
8.87
0.92
1.94 7.0
ppm (t1)
5.077
5.120
7.268
7.325
Figura 94: Espectro na região do IV do éster 15 (ATR).
1.0
Figura 95: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 15 em CDCl3.
0.0
650,0
0.000
19.734
18.947 13.660
28.109
27.470
44.992
36.924
49.120
47.884
60.933
56.239
77.037
76.401
80.702
106.792
125.970
142.167
152.939
8
77.672
135
166.424
Anexos
9 7
6
10 1
O
13'
2 O
14'
11
O
16
4 15
13
O
14
17
O
18
150
100
50
0
ppm (t1)
100
13.657
18.948
19.736
27.478
28.112
36.928
45.007
56.250
60.931
80.702
106.836
Figura 96: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 15 em CDCl3.
50
ppm (t1)
Figura 97: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 15 em CDCl3.
0
Anexos
136
98,9 98 96 1599
94 3108 2879
92
842 1628
886
90
1045 773 1455
88
1113
2956
822 926 1013 988 975
86
8 %T
9
84
7
10
1071
O
913
1172
82
6
1
80
1302
13'
2 O
14'
11
NO2 1286
4 78
15
13 76
729
14 1723
NO2
74
1541
1343
72
69,5 4000,0
3600
3200
2800
2400
2000
1800 cm-1
1600
1400
1200
1000
800
4.0
1.371 1.361 1.210 1.193 1.141 0.951 1.124 0.995 0.000
1.416
1.581 1.489
1.826 1.805
1.883 1.864
2.138 2.121 2.117 2.093 2.073 2.055 2.029 2.011 3.0
9.06 1.06
5.0
1
2.70
6.0
2.02
7.0
1.06
8.0
1.04
1.00
1.74 0.91 9.0 ppm (t1)
2.616 2.599 2.577 2.568 2.548 2.529 2.508 2.499 2.480 2.459
5.271 5.262 5.257 5.246 5.223 5.213 5.198
7.267
9.153 9.143
9.245 9.235 9.224
Figura 98: Espectro na região do IV do éster 16 (ATR).
2.0
Figura 99: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 16 em CDCl3.
1.0
0.0
650,0
100
Figura 101: Espectro de RMN de
13 8 7
6 1 10
O
2 11 13
1.50
13' 14'
-0.00000
13.665
18.895
27.444 19.713
28.100
36.793
44.905
2.00
48.148
49.309
76.398
1.150
9.06
ppm (t1)
77.033
9.100
1.06
2.50
83.206 77.668
9.150
2.70
122.229
9.200 1.06
129.299
1.124
1.141
1.193
1.210
9.143
9.153
9.224
9.235
50
C (50 MHz) do éster 16 em CDCl3.
0.951
0.995
1.124
1.141
1.193
1.210
1.361
1.371
1.416
1.489
1.581
2.011 1.883 1.864 1.826 1.805
2.029
2.055
2.093 2.073
2.121 2.117
2.138
2.499 2.480 2.459
9.250
2.02
1.06
150
134.561
2.568 2.548 2.529 2.508 9.245
2.616 9.300 ppm (t1)
1.74
148.713
1.200
2.599 2.577
0.91
1.04
162.757
Anexos 137
ppm (t1) 1.100
ppm (t1) 1.00
Figura 100: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 16 em CDCl3.
9 O NO2
4 14 15
NO2
0
-0.00000
13.663
19.709
18.893
28.096
36.790
44.901
83.203
8
27.440
138 122.224
129.293
Anexos
9 7
6
10 1
O
13'
2 O
NO2
14'
11
4 15
13 14 NO2
100
50
0
ppm (t1)
Figura 102: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 16 em CDCl3. 70 65 60
524
2360
55 50
40
6
10 1
O
OH
2
13 14
11
NO2
3400
3200
3000
2800
2600
2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1)
1800
Figura 103: Espectro na região do IV do éster 17 (KBr).
1600
1178
3600
1262 1338 1352
3800
1546
NO2
0
1454
16
1622 1682 1710
15
17
2958
5
1086
10
1390
4
742 806
O
710 720
2884
15
9 7
920 936
8
20
1232
3098
25
694
30
976
1140
35 1768
%Transmittance
45
1400
1200
1000
800
600
10
1 O
150
2 O
13
11 14
17
ppm (t1)
100
Figura 105: Espectro de RMN de
13
9 OH
NO2
4 16 15
NO2
50
C (50 MHz) do éster 17 em CDCl3. 18.811 13.622
19.636
27.312
27.979
36.572
48.157 44.738
49.302
76.365
77.000
77.635
84.598
116.246
126.510
129.726
138.180 137.787 10.0
5.87 2.79 1.01
7 8.90
2.44
8 9.00
2.30 1.29
6 9.10
1.00
1.08 1.16
159.895 9.20
1.08
1.16
1.00
168.308
8.884
8.970
9.031
9.116
1.450 1.423 1.407 1.398 1.373 1.370 1.237 1.140 0.988 -0.00000 0.961
1.551 1.518
1.829
1.892 1.878
2.041 2.024 1.996 1.979
2.095
2.482 2.480
2.599 2.582 2.576 2.571 2.547 2.535
5.232
7.268 5.279
8.884
8.970
9.031
9.116
12.927
Anexos 139
ppm (t1) 8.80
ppm (t1) 5.0 0.0
Figura 104: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 17 em CDCl3.
8
13.619
19.634
18.807
27.976
27.308
36.569
44.735
84.598
129.730
140
126.514
Anexos
9 7
6
10 1
O
OH
2
13 O
NO2
14
11
4 15
17 16 NO2
100
50
ppm (t1)
Figura 106: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 17 em CDCl3.
45
40
30 826 888
25
1574
3040 3054
%Transmittance
620
782
35
8
9 7
13 O
11
N
14
4 15
17 16
1718
2880 2954
10
1
O
2
740
6
702
15
10
978 1014 1024 1088 1124 1194 1234 1286 1326 1302 1420 1454 1476 1590
20
5
3500
3000
2500 2000 Wavenumber (cm-1)
Figura 107: Espectro na região do IV do éster 18 (NaCl).
1500
1000
500
O
150
2 11 N
17
ppm (t1)
100
Figura 109: Espectro de RMN de
13 18.877 13.562
19.691
3.0
27.416
5.194
5.119
5.128
5.134
5.145
5.168
5.178
5.184
7.400
28.075
36.897
45.032
4.0
47.967
5.0
49.192
76.371
77.000
81.256 77.639
126.793 123.225
136.900
150.894
6.0
7.450
5.95 3.03 1.23
10 5.150
8.300
2.47
1 7.0 8.350 ppm (t1)
2.38
153.256
5.200
8.750
1.13
6 8.800
1.09
8.0
1.00
7 ppm (t1) 0.99
9.300 9.290 9.280 9.270 9.260 9.250 9.240 9.230 9.220 ppm (t1)
0.96
1.00
8 1.03
1.01
9.0 ppm (t1) 0.92
0.91
1.01
0.99
165.472
9.264 9.261
7.374
7.398
7.414
7.438
8.281
8.292
8.301
8.321
8.331
8.340
8.765
8.773
8.789
8.798
9.254
2.0 1.0
Figura 108: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 18 em CDCl3.
9 O
13
4 14
16 15
50
C (50 MHz) do éster 18 em CDCl3.
1.446 1.427 1.422 0.926 1.111 1.093 1.370 1.273 1.180 1.256 1.162 0.977 1.331 1.322 1.301 0.000
1.498 1.487 1.476
1.805 1.779 1.757 1.737
2.030 1.839
2.172 2.145 2.128 2.109 2.090 2.064
2.574 2.556 2.533 2.524 2.505 2.486 2.464 2.455 2.437 2.415
5.194 5.184 5.178 5.168 5.145 5.134 5.128 5.119
9.264 8.798 9.261 9.254 8.789 8.773 8.765 8.340 8.331 8.321 8.301 8.292 8.281 7.438 7.414 7.398 7.374 7.272
Anexos 141
ppm (t1)
7.350
ppm (t1) 5.100
0.0
19.697
18.889 13.554
28.089
36.897
45.054
81.254
123.222
136.903
8
27.420
142
150.904
153.251
Anexos
9 7
6
10
O
13
2
1
O
11
N
14
4 15
17 16
150
100
50
ppm (t1)
Figura 110: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 18 em CDCl3. 100
* A 13 so l
95
80
2954.0
75
1519.1
3478.3
60
6
35
1
O
13'
2 O
30
14'
11
4 13
NH2
14
20 350 0
300 0
250 0
1321.1 1300.5 1286.4
15
25
400 0
1311.2
10
40
1630.4
9 7
1172.2
8
1598.5
45
1681.2
50
1120.1
55 3369.0
% Trans mittance
70 65
1379.9
1453.6
1571.3
85
773.6
90
200 0
W av enu mber s ( c m- 1)
Figura 111: Espectro na região do IV do éster 19.
150 0
100 0
500
1
150
2 O
11 13 14
ppm (t1)
100
Figura 113: Espectro de RMN de
13
50
C (50 MHz) do éster 19 em CDCl3. -0.00000
2.0
13.612
18.966
19.778
27.506
3.0
28.165
37.016
45.155
47.877
49.119
76.404
77.038
79.781 77.673
113.845
120.758
131.559
4.0
6.04 2.93 1.22
10 5.0 1.100
2.51
6 6.0 1.150 ppm (t1)
2.35
7 4.950
1.07
7.0 5.000
1.06
8 5.050
1.94
8.0 ppm (t1) 5.100
1.00
2.09
150.713
5.150 ppm (t1)
1.22
1.00
2.09
166.895
5.101
1.052
1.069
1.121
1.138
5.025
5.035
5.041
5.074 5.052
5.084
5.090
1.362 1.341 1.325 1.309 1.299 1.279 1.254 1.233 1.138 1.121 1.069 0.905 0.896 1.052 0.000 0.956
1.396
1.448 1.437 1.426
1.734 1.712
2.058 1.802 1.783 1.763
2.087
2.150 2.131 2.113
6.629 5.101 5.090 5.084 5.074 5.052 5.041 5.035 5.025 4.057 2.523 2.505 2.483 2.474 2.455 2.435 2.414 2.405 2.387 2.365 2.195 2.186
6.672
7.262
7.852
7.895
Anexos 143
1.050
1.0 0.0
Figura 112: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 19 em CDCl3.
9 O
13'
4 14'
15 NH2
0
13.614
19.779
27.509
28.167
37.019
45.157
79.781
113.846 8
18.967
144
131.558
Anexos
9 7
6
10 1
O
13'
2 O
14'
11
4 15 13
NH2
14
100
50
ppm (t1)
Figura 114: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 19 em CDCl3. 102
a 11
101
14
11
94
15
17
1767.1
16 93
400 0
350 0
300 0
250 0
200 0
W av enu mber s ( c m- 1)
Figura 115: Espectro na região do IV do éster 20.
703.7 751.6
1011.5 1134.5
1722.4
4
669.0
13 O
677.9
19
1080.9
2
18
1160.5
1304.6
O
1114.1
1
O
1262.7
10
1193.7
6
O
1712.1
7
96
95
9
1776.6
8
1367.4
1483.8
97
1043.3
1451.2
1606.9
2881.7
98
2955.2
% Trans mittance
99
914.4
100
150 0
100 0
500
O
O O
2 11 17 18
ppm (t1)
150
Figura 117: Espectro de RMN de
13
100
9 O
13 19
14
4 16 15
50
C (50 MHz) do éster 20 em CDCl3. 1.0
18.889 13.560
19.714
21.088
27.447
2.0
28.108
36.840
45.027
47.942
3.0
49.075
4.0
76.365
77.000
77.635
80.770
133.433 131.418 125.868 124.044 123.809
150.786
164.541
7.20
5.92 2.98 1.25
10 5.0 7.30
2.52
1 6.0 7.40
2.17
7.0 7.50
1.11
7 7.60 ppm (t1)
3.00 1.08
8 8.000 1.00
8.050 1.00
6 1.00
8.0 ppm (t1) 1.02
0.96
1.00
1.00
1.02
0.96
169.516
7.082
7.087
7.122
7.127
7.260
7.275
7.281
7.313
7.319
7.351
7.357
7.510
7.549 7.518
7.587 7.557
7.596
8.009 8.001
8.048 8.040
8.048 8.040 8.009 8.001
1.302 1.051 0.904 1.120 1.256 0.952 0.000 1.068 1.137
1.336
1.379
1.610 1.443 1.433
1.725
1.746
1.808 1.790 1.769
2.001
2.032
2.094 2.076 2.057
2.361 2.138
2.422 2.413 2.395
2.464 2.444
2.531 2.514
5.060 5.050 5.044 5.034
7.087 7.082 5.110 5.100 5.094 5.083
7.127 7.122
7.281 7.275 7.260
7.319 7.313
7.518 7.510 7.357 7.351
7.557 7.549
7.596 7.587
Anexos 145
ppm (t1) 7.10
Figura 116: Espectro de RMN de H (200 MHz) do éster 20 em CDCl3. 1 0.0
O
8
9 7
6
10 1
O
O
2
18
19
13 O
14
11
4 15
17 16 100
50
ppm (t1)
Figura 118: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 20 em CDCl3.
18.888 13.562
21.089 19.716
28.108
27.447
36.841
80.770
45.027
125.869
146 123.809
133.435
131.419
Anexos